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Esporte

Prodígio, João Fonseca causa comoção no mundo do tênis

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João Fonseca, 18, não viu quando Fernando Meligeni alcançou o melhor ranking de toda a carreira -a 25ª posição em 1999.
Também ainda não havia nascido quando Fininho se despediu do tênis com a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, em 2003, ou mesmo no último título da carreira de Gustavo Kuerten, o Brasil Open de 2004.

Nascido em agosto de 2006, o carioca precisou de menos de um ano como jogador profissional para impressionar uma legião de nomes de sucesso do país e causar frisson no esporte, com elogios de craques como Rafael Nadal e Boris Becker.

“A verdade é que o João nos emociona mesmo”, disse Meligeni à Folha de S.Paulo. “Hoje já não sabemos mais até onde pode chegar. Sempre há um cuidado, porque sabemos que acontecem muitas coisas no circuito. Mas, pela ambição, podemos sonhar alto.”

Vitorioso na segunda rodada do “qualifying” do Australian Open, Fonseca acumula uma sequência de 12 vitórias e dois títulos em menos de um mês -na madrugada desta quinta (9), enfrenta o argentino Thiago Agustín Tirante para chegar pela primeira vez à chave principal de um Grand Slam.

Em dezembro, venceu o Next Gen ATP Finals, que reúne os oito melhores atletas de até 20 anos na temporada e jamais havia sido conquistado por um sul-americano. Nos primeiros dias deste ano, faturou o Challenger de Camberra.

“É claro que os números podem nos dizer muita coisa, mas existem termômetros e parâmetros para entendermos o potencial de um jogador. Dou risada com as comparações, daqui a pouco vão dizer que ele se parece com o Rod Laver [histórico tenista australiano, que conquistou na década de 1960 por duas vezes os quatro Grand Slams em um ano]. Você vê o potencial pela pegada, a melhora física aos 18 anos”, disse Ricardo Acioly, ex-tenista, que foi treinador de Fernando Meligeni e Marcelo Ríos e capitão do time brasileiro na Copa Davis.

“Ele já pinta para ser um dos grandes. Agora, aonde vai chegar? Só o tempo vai dizer. A direita dele está assustando muita gente hoje, ele saca constantemente a 220 km/h e no Next Gen, em um dos jogos, fez mais ataques na paralela do que cruzados, o que não é comum. Venceu top 100 com muita facilidade. São coisas que nos confirmam que está em outro patamar.”

A equipe do garoto é encabeçada pelo técnico Guilherme Teixeira, com quem ele começou a treinar aos 12 anos, no Country Club do Rio de Janeiro. Conta também com o fisioterapeuta Egídio Magalhães Júnior e o preparador físico Emmanuel Jimenez, presenças constantes durante quase todo o calendário.

“Gosto muito do trabalho do Teixeira. É estudioso, esforçado, e compensa muito a falta de maturidade no circuito com dedicação. Gosta de trabalhar silenciosamente, nem mídia social tem. O pacote extraquadra do João, aliado a um controle mental incomum, mostra um jogador pronto para qualquer situação”, observou o ex-tenista Bruno Soares.

É incomum no tênis, durante a profissionalização, a presença maciça de profissionais em viagens para a Europa e outros pontos do mundo pelo alto custo. Os pais, Christiano Fonseca Filho e Roberta Fonseca, cuidam de perto da gestão de carreira. O jovem ainda conta com a assessora de imprensa Diana Gabanyi, que trabalhou com Guga por 13 anos.

“Ele é absolutamente interessado em tudo: falar um bom inglês, entender de maneira melhor aspectos de sua carreira e outros pontos. Isso acontece muito para um perfil de jogador europeu, mas é incomum em um brasileiro”, disse a ex-tenista Andrea Vieira, a Dadá, que foi a primeira jogadora do Brasil a vencer uma das cinco melhores do mundo.

Fonseca já havia provado potencial no cenário internacional com a conquista do US Open juvenil, em 2023.

“É o melhor tenista de 18 anos do Brasil da história. Isso não quer dizer que vai ser melhor que este ou aquele, mas hoje é o mais preparado mentalmente, tecnicamente e taticamente”, afirmou Fernando Meligeni.

“Não convivi com ele, mas vejo um tênis muito contundente e solto. O que mais impressiona é a maturidade com tão pouca idade. Tudo dele está bem encaminhando para continuar evoluindo, mas o caminho do tênis é longo. Precisará fazer por bastante tempo as coisas bem, ter consistência”, acrescentou a tenista Carol Meligeni, ex-110 do ranking e atual 663ª colocada.

Após a participação no Australian Open, Fonseca jogará o Challenger de Quimper, na França, e terá compromisso pelo Brasil na Copa Davis, em Orleans, também na França. Posteriormente, em fevereiro, retornará ao Brasil para o Rio Open, no Rio de Janeiro, com expectativa alta.

“Acho que agora haverá também fatores externos para prová-lo. O Rio Open, por exemplo. Ele chega à cidade dele, no auge… É outra história”, disse Dadá.

O ex-tenista Jaime Oncins, que hoje atua como capitão do Brasil na Davis e convocou o garoto para enfrentar a França, está otimista.

“Tenho tido muitos contatos com ele, sentimos coisas boas. Tem uma estrutura ótima e tem feito os processos de maneira bem-feita, respeitando o desenvolvimento do corpo dele. Não ficou jogando um monte de torneios antes, foi bem escolhido”, afirmou.

A última lista da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) tem João na 113ª posição. Os brasileiros mais bem colocados no ranking são Thiago Wild, 76º, e Thiago Monteiro, 106º.

Foto Getty

Por Folhapress

           

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Esporte

Ramon quase foi demitido, mas sobreviveu para ganhar com a sub-20 de novo

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 Ramon Menezes é um caso curioso na CBF. O técnico sobreviveu a uma quase demissão, ganhou mais tempo no comando da seleção sub-20 e de novo foi campeão do Sul-Americano, mesmo levando 6 a 0 na estreia.

A trajetória de Ramon na base do Brasil é uma montanha-russa. Por pouco ele não foi ejetado do assento, ao não levar o Brasil aos Jogos Olímpicos de Paris -já com o time sub-23. Antes, Ramon já tinha caído nas quartas do Mundial Sub-20 diante de Israel e ganhou o ouro no Pan-Americano- este, menos valioso.

Ramon ficou um tempo longe da CBF. Mas como ele mesmo diz, seguia “funcionário da entidade”. Enquanto isso, a CBF reformulava a seleção principal, com Dorival Júnior de técnico e Rodrigo Caetano na diretoria de seleções.

A base seria assunto posterior. Ednaldo estava convencido de que precisaria demitir o treinador da sub-20. Mas a troca de comando da sub-20 não aconteceu. Ainda mais depois que os jogos preparatórios para o Sul-Americano foram se aproximando.

nesta segunda-feira (17), Ramon está em um relativo viés de alta. A seleção não deu espetáculo, mas ganhou o título e conquistou vaga para o Mundial Sub-20. Repetiu o que fez em 2023.

É como se Ramon tivesse chance de mais uma volta na montanha-russa. A diferença é que ele, nesta segunda-feira (17), já tem mais experiência e sabe as curvas do caminho. Dependendo do trabalho, ele pode tornar a experiência mais agradável com a geração atual.

CHEFE VIU TUDO DE PERTO

A goleada histórica sofrida na estreia do Sul-Americano foi um percalço que poderia ter colocado o trabalho todo a perder. Foi um solavanco imenso.

“Tivemos uma derrota que não é só perder de 6 a 0 para a Argentina. É uma coisa que ninguém acredita, ninguém espera. Todo mundo se sentiu muito decepcionado com aquilo. Por mais experiência que eu tenha na competição, eu não consegui passar ou foi o momento dos atletas vivenciarem a competição. Foi o primeiro jogo de vários deles”, disse Ramon, já após o título.

O trabalho de Ramon neste Sul-Americano foi acompanhado de perto pela diretoria de seleções. O gerente Cícero Souza passou a preparação inteira junto com a delegação.

Antes do hexagonal, quem se juntou ao grupo na Venezuela foi Rodrigo Caetano. O UOL apurou que a CBF queria sinalizar que se importa com a base.
De longe, Caetano viu um time que não só tinha levado 6 a 0, mas só se classificou em terceiro na primeira fase.

Em choque, o Brasil de Ramon adotou uma postura mais segura defensivamente. Um jogo mais pragmático, para evitar deslize. Tanto que Rodrigo Caetano não assistiu às derrotas in loco. No hexagonal, o Brasil não perdeu mais.

Sem brilhar, foram duas vitórias no hexagonal por 1 a 0 e um empate de 1 a 1 com a Argentina. Placares mais folgados só contra Paraguai e Chile (3 a 1 e 3 a 0). Foi o suficiente para chegar à última rodada com vantagem do saldo, colocar a pressão sobre os argentinos e ser campeão de novo.

NOVO MUNDIAL ADIANTE

Ramon foi o primeiro nome contratado por Ednaldo Rodrigues para a estrutura das seleções, em 2022, quando o dirigente sentou-se na cadeira de presidente da CBF. Veio de um trabalho no Vitória, da mesma Bahia de Ednaldo, para comandar a garotada do sub-20.

O que marca a rotina de quem treina a base do Brasil é convocar um grupo de jogadores durante a preparação (data Fifa), sem prever 100% se terá esse mesmo time na hora das competições oficiais. Os clubes não liberam.

A sub-20 atual, por exemplo, poderia ter Endrick, Victor Roque, Vitor Reis e outros expoentes da geração. Recai sobre o treinador a responsabilidade de ter que dar algum padrão ao jogo da seleção, mesmo com o imponderável da lista.
Ramon não conseguiu fazer um time que joga tão bonito. Recorreu a um viés mais pragmático e agora deve ter mais um Mundial Sub-20 à frente da seleção. O torneiro começa em setembro.

Por enquanto, não há sinais de reformulação na base, ainda mais agora que Ramon foi campeão de novo.

Foto Getty

Por Folhapress

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Esporte

Corinthians tem rota na Pré-Libertadores definida

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O El Nacional (Equador) despachou o Blooming (Bolívia) na primeira fase da Pré-Libertadores, nesta quinta-feira (13), e entrou na rota do Corinthians rumo à fase de grupos.

O El Nacional venceu o Blooming por 2 a 1. Como os bolivianos haviam vencido o jogo de ida por 3 a 2, a decisão do classificado foi para os pênaltis. Melhor para os equatorianos, que converteram quatro cobranças contra três dos adversários.

O El Nacional vai encarar o Barcelona, também do Equador, na segunda fase preliminar. Quem vencer vai pegar Corinthians ou Universidad Central (Venezuela) na terceira e última etapa classificatória.

A segunda fase marca a entrada de Corinthians e Bahia na Pré-Libertadores. O Bahia também já sabe todo o seu caminho: se passar do The Strongest (Bolívia), irá encarar o vencedor de Ñublense (Chile) e Boston River (Uruguai) na última etapa.

O Corinthians visita a Universidad Central (Venezuela) na próxima quarta-feira (19). Uma semana depois, recebe os venezuelanos em Itaquera.

Os jogos da segunda fase de Pré-Libertadores ocorrerão entre 19 e 26 de fevereiro. A terceira etapa se dará entre 5 e 12 de março -os jogos de ambas as fases são disputados no sistema de ida e volta. O sorteio dos grupos será realizado no dia 17 de março.

VEJA O CHAVEAMENTO*

Deportes Iquique (CHI) x Independiente Santa Fé (COL)
Alianza Lima (PER) x Boca Juniors (ARG)
The Strongest (BOL) x Bahia
Boston River (URU) x Ñublense (CHI)
Monagas (VEN) x Cerro Porteño (PAR)
Tolima (COL) x Melgar (PER)
El Nacional (EQU) x Barcelona (EQU)
Universidad Central (VEN) x Corinthians

*quem vencer o jogo de cima, encara o vencedor do jogo logo abaixo na terceira fase.

Por Folhapress

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Esporte

Zubeldía pede calma com defesa do São Paulo e exime Jandrei de culpa

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Luis Zubeldía, técnico do São Paulo, minimizou os problemas defensivos da equipe após o empate do Tricolor por 3 a 3 com o Velo Clube nesta quinta-feira (13).

Para o comandante são-paulino, com mais dias de treino será possível o São Paulo “recuperar a confiança” e parar de sofrer tantos gols. De quebra, Zubeldía ainda eximiu o goleiro Jandrei de qualquer culpa nos gols marcados pelo Velo.

FALA, ZUBELDÍA!

O técnico do São Paulo comentou o mau momento da equipe, que soma duas derrotas, dois empates e apenas uma vitória nos últimos cinco jogos.

“Era importante a vitória hoje para buscarmos a classificação em primeiro. Simplesmente não fomos capazes de conseguir mais pontos aqui em Brasília. Agora temos que seguir competindo e lutando e classificar, e entrar nas quartas de final”, disse Luis Zubeldía, técnico do São Paulo.

Questionado sobre as falhas na zaga do São Paulo, o técnico minimizou os problemas e lembrou o calendário apertado do futebol brasileiro.

“Estamos fazendo algo errado, isso é claro. Facilitamos no segundo e terceiro gols. Mas não tenho dúvida de que vamos defender melhor, encontrar o equilibro ofensivo e defensivo. Ultimamente temos tido poucos dias de treinos, que não te permitem de trabalhar e resolver essa questão. É difícil corrigir isso agora, no meio da competição”, disse Luis Zubeldía.

Para o técnico são-paulino, assim que terminar a “maratona” de jogos, será possível fazer os ajustes necessários. “Teremos mais equilíbrio, precisamos de mais dias de trabalho. Os gols que tomamos é mais insegurança que qualquer outra coisa. Com dias de trabalho e calma recuperaremos nossa confiança”, disse o argentino.

O comandante do Tricolor também eximiu o goleiro Jandrei, titular na vaga de Rafael, de qualquer culpa nos gols sofridos. “O resultado não passa por Jandrei. Ele não teve culpa nos gols”, disse o técnico, lembrando que Jandrei fez boas partidas quando assumiu o gol do São Paulo na temporada passada, quando Rafael ficou fora.

Ao final da coletiva, o técnico lembrou que todos os clubes passam pelos problemas do calendário. “O mais importante é que é assim para todos. Está difícil, como sabíamos que seria difícil, e é assim para todo mundo. O futebol é assim, temos que seguir, temos que jogar, se classificar, e se possível ganhar o título. Precisamos virar a página”, finalizou Zubeldía.

Foto Getty

Por Folhapress

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