Conecte-se Conosco

Política

PSDB e MDB dividem palanques com Lula ou Bolsonaro em 16 Estados e DF

O MDB de Simone está com o PT de Lula em Alagoas, Ceará, Paraíba, Pará, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Piauí e Amazonas.

Publicado

em

[responsivevoice_button voice=”Brazilian Portuguese Female”]

A aliança entre MDB e PSDB, com Simone Tebet (MDB) pré-candidata à Presidência e Tasso Jereissati (PSDB) como vice, quer apresentar uma alternativa ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao presidente Jair Bolsonaro (PL), mas isso não encontra eco em acordos negociados pelos dois partidos nos palanques estaduais. Levantamento feito pelo Estadão identificou 16 Estados, além do Distrito Federal, em que os diretórios de MDB e PSDB já apoiam ou negociam alianças com pré-candidatos a governador alinhados a Lula ou Bolsonaro.

O MDB de Simone está com o PT de Lula em Alagoas, Ceará, Paraíba, Pará, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Piauí e Amazonas. Emedebistas se aliaram a pré-candidatos ligados ao presidente em Roraima, Acre, Rio, Paraná e Distrito Federal.

Embora nenhum pré-candidato tucano declare apoio a Lula, o PSDB está no mesmo grupo do PT ou caminha para isso em Alagoas, Maranhão, Pará e Rio. Em Mato Grosso do Sul, terra de Simone, o candidato do PSDB, Eduardo Riedel, disse estar “fechado com Bolsonaro”. Os tucanos ainda apoiam pré-candidatos bolsonaristas no Acre e em Santa Catarina.

Fazer parte do mesmo grupo político nos Estados não significa que os diretórios do PSDB e do MDB apoiam o atual ou o ex-presidente formalmente, mas dificulta a penetração regional da chapa Simone-Tasso. A mais recente pesquisa nacional FSB/BTG aponta que a senadora tem 2% das intenções de voto, atrás de Ciro Gomes (PDT), com 9%, Bolsonaro, com 32%, e Lula, com 44%.

De acordo com o analista político Bruno Carazza, professor da Fundação Dom Cabral, a demora da chamada terceira via em definir uma chapa para o Planalto antecipou um movimento de voto útil nos quadros das próprias legendas. “De um lado, levou a uma definição precoce de boa parte do eleitorado entre Lula e Bolsonaro”, afirmou. “De outro, (a demora) precipitou um movimento da própria classe política em se posicionar entre esses dois polos, principalmente nos Estados.”

Novidade

O presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, afirmou que “Simone vai crescer e será a grande novidade da eleição”. Segundo ele, as alianças nos Estados não têm relação com a eleição presidencial. “Essa não é a realidade do partido. Estão confundindo alianças regionais com apoio para presidente. Só ajuda e alimenta essa polarização que atrapalha a população brasileira.”

Adversário tradicional do PT, o PSDB estará com a sigla nos palanques de Helder Barbalho (MDB) no Pará e de Carlos Brandão (PSB) no Maranhão. Tucanos ainda negociam apoio a lulistas no Rio, com Marcelo Freixo (PSB), e em Alagoas, com Paulo Dantas (MDB).

Freixo confirmou ter convidado o ex-prefeito do Rio César Maia (PSDB) para ser seu vice. Presidente da sigla no Rio, Rodrigo Maia, filho de César, já foi adversário do PT e se aproximou de Lula no último ano.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), aliado da família Maia, não rejeita aproximação com Lula, mas quer os tucanos com Felipe Santa Cruz (PSD), seu pré-candidato a governador. Ainda que estejam avançadas as negociações, Paes disse acreditar que Santa Cruz pode ter o PSDB. “Convenção é só em julho. Especulações são normais”, disse. Ele se reúne com Lula na próxima semana.

Para o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, as desconexões entre as eleições para governador e presidente não são inéditas. “A leitura não é tão simples. As realidades locais são mais poderosas do que alianças nacionais, e respeito os fatos. Não é exclusividade desse pleito, muito menos do PSDB”, disse o dirigente. “Infelizmente, até atingirmos uma maturidade do nosso sistema político-partidário, vamos continuar assistindo a desconexões.”

Já em Alagoas, o PSDB caminhava para apoiar a pré-candidatura a governador do senador Rodrigo Cunha (União Brasil), que saiu da legenda em abril. A ideia era que a deputada estadual Jó Pereira (PSDB), prima do presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), fosse a candidata a vice. Apesar disso, uma articulação do senador Renan Calheiros (MDB-AL), rival de Lira e apoiador de Lula, pode levar os tucanos alagoanos para o mesmo palanque do PT no Estado.

Traição

“O cara traiu o PSDB. Esse Rodrigo Cunha desfez o partido no Estado: foi para o União Brasil por dinheiro e filiou a prima do Arthur Lira ao PSDB para levar o tempo de televisão. Isso deixou o PSDB muito mal”, disse Renan. Cunha respondeu via redes sociais. “Os Calheiros estão incomodados com o time que estamos formando para destroná-los do poder em Alagoas.”

Liderada pelo deputado Pedro Vilela, presidente do PSDB-AL, a legenda foi convidada para compor chapa com o pré-candidato do MDB, Paulo Dantas, o que segue em aberto.

De acordo com a direção nacional do MDB, a pré-candidatura de Simone tem o apoio de 22 diretórios da legenda. Em Estados como Pernambuco, Pará e Piauí há a defesa do nome dela mesmo que, localmente, o partido opte por apoiar postulantes lulistas a governador. Em Roraima, o PL de Bolsonaro vai indicar o deputado Édio Lopes para vice de Teresa Surita (MDB).

“Meu entendimento com o MDB é que o palanque será pró-Bolsonaro aqui”, disse Lopes. Ainda assim, Romero Jucá, presidente do MDB no Estado, afirma que o diretório está com Simone Tebet.

No Acre, o MDB lançou a deputada bolsonarista Mara Rocha para o governo. Os emedebistas também apoiam a reeleição de Ratinho Júnior (PSD) no Paraná e de Cláudio Castro (PL) no Rio de Janeiro, ambos aliados do presidente.

Tendência

“Há uma tendência clara de apoio do MDB a chapas de Lula no Nordeste, assim como vários diretórios do PSDB declararam estar ao lado de pré-candidatos bolsonaristas em Estados do Sul e do Centro-Oeste”, afirmou Bruno Carazza. “Isso fragiliza bastante Tebet, que entra na disputa tardiamente e com os palanques rachados em muitos Estados.”

Pré-candidato à reeleição no Pará, Helder, do MDB, tem o apoio do PSDB e do PT. Ainda que diga que estará com Simone, o governador também afirmou que não vai fechar seu palanque a Lula: “Temos outras agremiações que devem colaborar conosco e que têm opções nacionais distintas”.

Já o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), trabalha para que o PL de Bolsonaro seja seu aliado. A deputada Flávia Arruda (PL) deve disputar o Senado na mesma chapa. “É natural (abrir palanque para Simone e Bolsonaro) pelas composições que estamos fazendo em Brasília”, disse Ibaneis.

Em Santa Catarina, o senador Esperidião Amin (Progressistas) negocia o apoio do PSDB na disputa pelo governo. “Apoiamos Bolsonaro. Tenho posição já firmada e anunciada de acordo com meu partido”, afirmou o senador. Bolsonaro tem no Estado um palanque fragmentado: além de Amin, Jorginho Melo (PL) e Gean Loureiro (União Brasil) também tentam representá-lo.

Hoje, o MDB tem Antídio Lunelli, defensor de Bolsonaro, como pré-candidato a governador. Mas a legenda ainda negocia apoiar a reeleição do governador Carlos Moisés (Republicanos), que tem se mantido neutro na disputa presidencial.

No Ceará e no Amazonas, onde o MDB tem tendências lulistas, o palanque presidencial ainda está indefinido. Lula chegou a pedir diretamente para que o PT abrisse mão da pré-candidatura do ex-senador petista João Pedro ao governo amazonense. A ideia é que os petistas apoiem o senador Eduardo Braga (MDB-AM) para o governo, mas ainda não há acordo.

Presidente da sigla no Ceará, Eunício Oliveira já definiu que vai apoiar Lula, mas ainda não decidiu a qual cargo vai concorrer. O PT local também não definiu qual será seu caminho, e uma aliança com o PDT do presidenciável Ciro Gomes não está descartada.

Por Estadão Conteúdo

 

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9101-6973.

 

Política

Cleitinho declara voto contra a indicação de Flávio Dino para o STF

Publicado

em

Em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (28), o senador Cleitinho (Republicanos–MG) declarou posição contrária à aprovação do nome de Flávio Dino, atual ministro da Justiça, para a vaga deixada por Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF). O senador criticou a indicação, alegando que existe uma “motivação política”. Cleitinho também criticou o atual modelo de definição de nomes para o STF, destacando que é necessário alterar a forma de escolha.

— O próprio presidente indicando o Flávio Dino! Depois, se tiver alguma ação contra o presidente, quem vai julgar é o Flávio Dino, é o advogado do presidente. […]. Se fosse o Bolsonaro, como presidente, que tivesse indicando o advogado dele ou o ministro dele, eu votaria contra. Para mim, é uma questão de transparência.

O parlamentar fez um apelo aos senadores para barrar essa nomeação para a Suprema Corte. Ele enfatizou que tem recebido pedidos da população para votar contra a indicação.

— Eu quero chamar a atenção aqui, principalmente para os senadores que foram eleitos com pautas conservadoras, de direita: a gente precisa de 40 senadores para barrar o Flávio Dino. Para quem fala que é de direita conservadora, tem que votar contra […]. Eu já recebi mais de mil mensagens de ontem para hoje pedindo para não votar nele. Eu sou empregado de vocês — disse.

Fonte: Agência Senado

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo

Política

Única mulher no STF, Cármen diz que chegada de Dino ‘honra’ Judiciário

Publicado

em

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia se manifestou após a indicação de Flávio Dino, atual ministro da Justiça e Segurança Pública, a uma das cadeiras da Suprema Corte. “Chegada de Dino “honra o Poder Judiciário e o Brasil”, diz nota assinada pela ministra.

“É um homem com notável saber jurídico e que dispõe de comprovada dedicação à causa pública. Todos do tribunal e eu mesma, que convivo há muitos anos com o Ministro Dino, nos sentimos honrados com sua chegada.”

Cármen se tornou a única mulher na Corte após a saída de Rosa Weber, que abriu a vaga a ser ocupada por Dino, caso ele seja aprovado pelo Senado. A situação deve se manter assim até o fim de 2026, considerando-se apenas os critérios de aposentadoria compulsória aos 75 anos, imposta aos magistrados da Corte.

O presidente Lula (PT) foi cobrado para indicar uma mulher negra para a Corte, o que nunca aconteceu em 132 anos de história. O petista chegou a dizer que “raça e gênero” não o influenciavam em sua escolha. Antes de Dino, ele indicou o atual ministro Cristiano Zanin para ocupar a cadeira de Ricardo Lewandowski.

Considerando todos os mandatos de Lula, o presidente indicou uma mulher para o Supremo uma única vez: foi Cármen Lúcia, que chegou à Corte em 2006.

Antes da escolha de Dino, a ministra chegou a dizer que era “imprescindível” ter uma mulher negra no Supremo. “Talvez já tenha passado muito da hora. Você vê que vem desde muito o preconceito cortando vidas profissionais que poderiam trazer um enorme benefício para a sociedade brasileira”, declarou em entrevista à revista Marie Claire em agosto de 2023.

SABATINA

Dino e Paulo Gonet -indicado de Lula para a PGR- serão sabatinados na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, onde precisam conquistar maioria dos 27 senadores da comissão. Depois, os nomes seguirão para análise do plenário. Dos 81 senadores, são necessários ao menos 41 votos favoráveis.

A sessão de Dino na CCJ foi marcada para o dia 13 de dezembro. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse querer aprovar os nomes no Plenário até o dia 15.

Fonte:FOLHAPRESS

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

 

Continue lendo

Política

Polícia Federal, PGR e até Abin apuram rachadinha de Janones

Publicado

em

A Polícia Federal (PF), a Procuradoria-Geral da República e até a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) já se mobilizaram para apurar a prática de rachadinha no gabinete do deputado federal André Janones.

A coluna apurou que, em setembro do ano passado, um mês antes das eleições, integrantes da Abin chegaram a se reunir com o denunciante em Brasília. E gravaram o relato de diferentes maracutaias que teriam ocorrido no gabinete de Janones, que assumiu fazer uso de fake news nas redes sociais durante o processo eleitoral de 2022.

A denúncia é baseada em um áudio no qual um aliado de Janones, sem saber que estava sendo gravado pelo denunciante, afirma ter repassado valores ao deputado e à atual prefeita de Ituiutaba, Leandra Guedes, oriundos do esquema de rachadinha.

O relato aponta que os servidores do gabinete eram obrigados a fazer saques em espécie, ocasionalmente até duas vezes por dia, logo que recebiam seus salários. O dinheiro vivo seria repassado em mãos a Leandra, então assessora de Janones. Ela nega qualquer irregularidade.

Na denúncia, o ex-assessor afirma que a quebra do sigilo bancário dos servidores do gabinete comprovariam o padrão dos saques feitos em caixa eletrônico.

O ex-assessor também acusou Janones de receber propina, de 20%, por obras em Ituiutaba. E afirmou que a prefeitura praticaria superfaturamento ao contratar artistas para realizarem shows na cidade.

Nesta semana, a coluna revelou que o deputado cobrou parte do salário dos assessores para pagar despesas pessoais com casa, carro e para botar dinheiro na poupança e na previdência privada.

E, também, que Janones pediu R$ 200 mil aos assessores para fazer caixa para campanhas eleitorais.

Fonte: Metrópoles

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo
Propaganda

Trending

Fale conosco!!