PUBLICIDADE

Quase metade do eleitorado não votaria em Lula “de jeito nenhum”

“Estamos sozinhos nessa guerra”, afirmou o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), nesta terça-feira (28). De acordo com ele, o governo federal negou apoio em três ocasiões para operações de segurança pública no estado.

O governador afirma que o Rio de Janeiro enfrentou sozinho a maior operação policial desde 2010, realizada nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte da capital.

“Tivemos pedidos negados três vezes. Para emprestar o blindado, diziam que precisava de GLO, e o presidente é contra a GLO (Garantia da Lei e da Ordem). Cada dia uma razão para não estar colaborando”, declarou Castro em coletiva de imprensa.
“O Rio de Janeiro está completamente sozinho nessa luta hoje”, completou.

A maior operação em 15 anos

A ação, deflagrada nas primeiras horas da manhã, mobilizou cerca de 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar, com apoio do Ministério Público Estadual. Teve como alvo chefes do Comando Vermelho (CV) que comandavam o tráfico dentro e fora do estado.

De acordo com o governo, até o momento, 81 pessoas foram presas e pelo menos 22 morreram nos confrontos, entre elas, lideranças da facção vindas de outros estados. Nove pessoas ficaram feridas, incluindo seis agentes de segurança e três civis.

O governador afirmou que a operação, batizada de Contenção, foi planejada para reduzir os riscos à população.

“Os confrontos estão acontecendo majoritariamente em áreas de mata. Foi pensado para encurralá-los lá, para que a população sentisse o mínimo possível”, explicou.

Edgard Alves de Andrade, conhecido como Doca, é considerado um dos traficantes mais perigosos e influentes do Rio de Janeiro. Ele é apontado pela Polícia Civil como uma das principais lideranças do Comando Vermelho (CV) no Complexo da Penha.

Ele também exerce controle em áreas da Zona Oeste, como Gardênia Azul, César Maia e Juramento, regiões que recentemente foram retomadas da milícia pela facção.

Doca é investigado há mais de duas décadas e aparece em 329 inquéritos policiais desde 2003.

De acordo com as autoridades, ele é suspeito de envolvimento em mais de 100 assassinatos, incluindo execuções de crianças e desaparecimento de moradores em comunidades dominadas pelo tráfico.

Em outubro de 2023, o criminoso ganhou projeção nacional ao ser apontado como o mandante da execução de três médicos e da tentativa de homicídio de uma quarta vítima na Barra da Tijuca.

As vítimas participavam de um congresso de medicina e foram mortas após serem confundidas com milicianos de Rio das Pedras.

Além de comandar o tráfico em diversas regiões, Doca mantinha ligações com criminosos de outros estados e, segundo investigações da Polícia Federal, recebia apoio logístico de militares e agentes públicos corrompidos.

Seu nome também surgiu em áudios interceptados pela PF, que mostraram negociações sobre drones adaptados para lançar granadas, tecnologia usada pela facção em confrontos recentes.

Doca foi preso durante a operação deflagrada na manhã desta terça-feira (28).

Castro classificou a situação do estado como um “estado de defesa” e cobrou integração com as forças federais.

“O que está acontecendo vai além da segurança pública. O estado está fazendo sua parte, mas já era para haver um trabalho conjunto com as forças federais, o que não está acontecendo”, afirmou.
De acordo com o governador, o governo Lula vem mantendo uma política de não cooperação em operações dessa escala.

“Já entendemos que a política é não ceder. Cada dia há uma nova justificativa para não colaborar. Então vamos continuar trabalhando sozinhos”.

Fonte: No Centro do Poder

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e Instagram. Você também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9155-5555.

Leia mais

PUBLICIDADE