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Regime Maduro faz caçada a jornalistas estrangeiros na Venezuela

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“É assombroso e irresponsável”, diz o chanceler venezuelano Jorge Arreaza, “que meios estrangeiros entrem no país sem pedir permissão”

“É assombroso e irresponsável”, diz o chanceler venezuelano Jorge Arreaza, “que meios estrangeiros entrem no país sem pedir permissão”.

De todas as coisas assombrosas e irresponsáveis que vêm ocorrendo na Venezuela -morte de crianças desnutridas, assassinatos de opositores, filas onde só se distribui benefícios a quem jura lealdade ao governo ou enterros caseiros, sem falar da corrupção-, a única que parece revoltar Arreaza é esta.

Assim foi sua justificativa para a caça a correspondentes estrangeiros ocorrida na última semana, em que 11 foram detidos, vários deles deportados.

Os jornalistas locais estão mais que acostumados com pressões, ameaças e intimidações. Também elas assombrosas. Três dias depois de ter dado entrevista à Folha num café de Caracas, Luisa Amelia Maracara, editora do site Cronica Uno, telefona para a reportagem. “Aqueles caras que estavam armados no café, eu acho que não eram seguranças da irmã do Maduro, porque na vizinhança ninguém os conhece. Creio que estavam nos seguindo.”

Jornalistas cobrem a soltura de cinco correspondentes internacionais detidos pelas autoridades venezuelanas na quinta (31) Juan Barreto/AFP jornalistas e fotógrafos    De fato, durante o papo da Folha com a jornalista, entraram homens vestidos de civis e armados no bar. Algo que assustaria qualquer um numa metrópole qualquer, em Caracas isso é normal.

Na hora, Maracara disse acreditar que estavam ali por conta da irmã do ditador Nicolás Maduro, que mora no mesmo quarteirão e que, de fato, minutos depois saiu escoltada por oficiais da Guarda Nacional Bolivariana. “Mas os sujeitos armados continuaram no bar, lembra? Tome cuidado”, me avisa Maracara.Como eu já tinha deixado o país, não me preocupei, mas foram várias as histórias que ouvi, na última semana, sobre o assédio a jornalistas nacionais e estrangeiros.

Na segunda (28), conversando com uma das mais renomadas jornalistas da Venezuela, Luz Mely Reyes, na escadaria do prédio onde está localizada a sede do Efecto Cocuyo, felicitei-a pelos prêmios ganhos por ela e pelo site, que a fizeram viajar para recebê-los pela América Latina, Europa e EUA. “Sim, mas eu acabei esticando a viagem o máximo que pude. Em cada destino a que ia por um prêmio, achava a casa de um amigo, ficava um pouco mais, porque sabia que aqui na Venezuela estavam atrás de mim”, contou.Pouco antes da viagem, Reyes tinha publicado uma investigação sobre a morte de um político que supostamente caiu do edifício em que vivia.

“A gente não sabe o que vai vir depois de expor algo. Pode ser ameaça telefônica, pode ser o Sebin (serviço de inteligência) te seguindo só pra te dar um susto, ou pode ser a prisão”, diz Maracara.

Mesmo os jornalistas venezuelanos, acostumados a ver estrangeiros assediados no país, se surpreenderam com o número dos que foram constrangidos em uma semana.

Desde 2014, quando começaram as manifestações de rua mais graves, os avanços contra a imprensa estrangeira se intensificaram. A CNN já havia sido expulsa (hoje possui um serviço de streaming só para a Venezuela, que o governo vive tentando derrubar), depois foi o correspondente do New York Times que teve seu visto não renovado, e o da BBC, que foi deportado (preservo o nome dos colegas).

O problema não tem sido tanto passar pelo aeroporto de Maiquetía, embora este seja um dos obstáculos. Entrar aí sem uma boa explicação e com qualquer gadget, computador ou câmera já pode levar à sala de interrogatórios.

Colegas espanhóis que levaram câmera, mas compraram como “disfarce” passagens para as paradisíacas ilhas de Los Roques, não conseguiram entrar. Levados a mostrar equipamentos, foram descobertos e deportados.

Mas o maior risco surge depois de passar por Maiquetía. Entrevistar gente na rua com bloco ou gravador chama a atenção, e um oficial pode prendê-lo ali mesmo. Tirar fotos ou filmar qualquer coisa, também.Um colega do jornal El País (cujo nome também preservo) foi pego entrevistando vítimas de uma explosão de gás numa padaria. Levaram-no dali para o aeroporto.

Mas imaginemos que o argumento de Arreaza faça sentido. Conseguir um visto de jornalista na Venezuela é uma faca de dois gumes. Primeiro, podem recusar de cara. Segundo, o mais comum, é que te deem, desde que você apresente uma série tão grande de documentos que pode fazer você perder seu voo: antecedentes médicos, penais, certificados mil, além de lista detalhada de entrevistas que fará.

E ter o visto não oferece garantias se você fugir do roteiro que declarou fazer. E mais, o regime estará sempre perguntando onde você está, dando “incertas” no hotel para saber de você e, o mais penoso, te “convidando” para atos chavistas que são pura propaganda.

Com isso, a maioria dos veículos grandes desistiram de ter base no país. O El País tem colaboradores venezuelanos e uma Redação em Bogotá. Quando o noticiário esquenta em Caracas, um correspondente da sucursal viaja para lá.

O New York Times manteve seu escritório, mas sem correspondente fixo, mandam enviado quando necessário. O mesmo fazem outros jornais norte-americanos. Há freelancers ingleses e norte-americanos que trabalham para vários meios, como Financial Times, The Economist e Washington Post.A Al Jazeera transmite a partir da cidade colombiana de Cúcuta, na fronteira, e a atravessa quando é o caso.

As agências de notícias estão lá, mas grande parte das equipes em Caracas é venezuelana e recebe apoio do escritório em Bogotá. Também para Bogotá emigraram equipes inteiras de sites venezuelanos ameaçados em seu país.

(Por Folhapress)

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Indianos vão às urnas em eleição nacional

O primeiro-ministro Narendra Modi busca um terceiro mandato.

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Um número substancial de indianos vai às urnas nesta sexta-feira (19), na primeira fase da maior eleição do mundo, de acordo com autoridades. O primeiro-ministro Narendra Modi busca um terceiro mandato histórico com base em questões como crescimento econômico, bem-estar e nacionalismo hindu.

O pleito coloca o Partido Bharatiya Janata (PBJ), de Modi, contra uma aliança de duas dúzias de partidos de oposição que prometem maior ação afirmativa e mais ajuda, ao mesmo tempo em que enfatizam o que chamam de necessidade de salvar as instituições democráticas.

Três horas antes do fechamento das urnas, os números da Comissão Eleitoral mostraram que o comparecimento dos eleitores variou entre 40% no extenso estado de Bihar, no Norte do país, e 68% no pequeno estado de Tripura, no Nordeste.

“Os eleitores demonstram grande entusiasmo à medida que a votação atinge a metade do caminho”, disse um porta-voz do painel eleitoral na rede X. “Foi registrada participação substancial de eleitores.”

A primeira de sete fases, a votação desta sexta-feira abrangeu 166 milhões de eleitores em 102 distritos eleitorais em 21 Estados e territórios, de Tamil Nadu, no sul, a Arunachal Pradesh, na fronteira do Himalaia com a China.

Quase1 bilhão de pessoas no país mais populoso do mundo estão aptas a votar na eleição, que vai até 1º de junho, com os resultados previstos para 4 de junho.

“Modi voltará ao poder porque, além do impulso religioso, seu outro trabalho, em áreas como segurança e proteção, é bom”, disse Abdul Sattar, de 32 anos, um eleitor muçulmano da cidade de Kairana, no estado de Uttar Pradesh.

As pesquisas sugerem que o PBJ conquistará facilmente a maioria, embora os eleitores se preocupem com o desemprego, a inflação e as dificuldades rurais na economia de crescimento mais rápido do mundo.

Os críticos acusam o governo e o partido de Modi de mirar os 200 milhões de muçulmanos minoritários da Índia para agradar sua base hindu – acusações que ambos negam.

Modi pretende conquistar 370 das 543 cadeiras do Parlamento, ante 303 em 2019, na esperança de obter maioria de dois terços, que alguns analistas e membros da oposição temem que possa permitir que seu partido promova mudanças constitucionais de longo alcance.

A campanha do PBJ se concentra na garantia de Modi de cumprir as promessas feitas aos eleitores.

“Esta eleição não é apenas para escolher um membro do Parlamento”, disse Modi nesta sexta-feira. “É para garantir o futuro das gerações que virão depois de vocês.”

A Índia precisava de um governo “forte”, em um momento em que “nuvens de guerra pairam sobre o mundo”, acrescentou.

A vitória de Modi o tornaria apenas o segundo primeiro-ministro indiano a ser eleito três vezes consecutivas, depois do líder pós-independência Jawaharlal Nehru.

Foto Reuters / Jayanta Dey

Por Agência Brasil

           

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Adolescente de 12 anos sofre infarto e morre após ficar isolada em escola na França

Escola foi isolada após um ataque com faca numa outra escola nas redondezas.

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Uma jovem de 12 anos sofreu uma ataque cardíaco e morreu depois de a sua escola ter sido isolada, devido a um ataque com faca.

Nesta quinta-feira (18), duas meninas, de 6 e 11 anos, foram esfaqueadas em Souffelweyersheim, na França, junto a uma escola.

Depois de tomar conhecimento dos fatos, a diretora da escola emitiu um alerta para proceder ao fechamento, que foi simultaneamente efetuado por uma outra escola localizada nas proximidades.

“Os professores fizeram isso com extrema precisão e rigor e, infelizmente, esta estudante sofreu um episódio de pânico crítico que lhe provocou uma parada cardíaca”, explicou um diretor da escola, Olivier Faron.

A menina foi transportada para uma unidade hospitalar “em estado grave”. O Le Monde revelou que ela não resistiu e morreu.

“Foi socorrida por professores, que rapidamente chamaram os bombeiros. Morreu ao fim da tarde”, declarou Olivier Faron, reitor da autoridade educativa, à Agence France-Presse (AFP).

O agressor, que fontes de investigação identificam como um homem de 30 anos com problemas psiquiátricos, foi detido após o ataque.

A polícia francesa declarou que o suspeito não tem antecedentes criminais e a Procuradoria de Estrasburgo informou que os motivos do ataque permanecem desconhecidos e que não há razão para suspeitar de intenções terroristas.

Foto Getty Images/MATHILDE CYBULSKI/

Por Notícias ao Minuto

           

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Guerra Mundial: entenda riscos de um conflito entre Israel e Irã

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O risco de uma nova guerra mundial existe caso Israel revide o último ataque do Irã, o que pode arrastar o planeta para uma crise econômica de grandes proporções, segundo especialistas entrevistados pela Agência Brasil.

O mundo aguarda qual será a resposta militar de Israel ao ataque sofrido do Irã que, por sua vez, estava revidando o ataque à sua embaixada em Damasco, na Síria. Os aliados de Tel Aviv apelam, publicamente, para que o país não amplie a guerra no Oriente Médio, Já o Irã promete uma “resposta feroz”, rápida e “ainda mais dura” caso Israel revide o ataque.

O doutor em história pela Universidade de São Paulo (USP), José Arbex Junior, avalia que estamos caminhando para um cenário que, se não for contido, pode levar a uma guerra mundial.

“Quando você engaja o Irã no conflito, você está mexendo com toda a estrutura geopolítica de poder e, historicamente, os Estados Unidos mantém uma relação bastante hostil com o Irã desde pelo menos 1979, quando teve a Revolução Iraniana”, comentou.

Para o especialista, os Estados Unidos (EUA) e seus aliados vivem agora um novo impasse. “Eles não têm como entrar com tudo em uma guerra contra o Irã. Afinal, isso arruinaria a economia mundial e arruinaria as chances do [Joe] Biden se reeleger presidente dos EUA”, destacou.

Arbex lembrou que o Irã controla o Estreito de Hormuz, pequeno pedaço de oceano por onde passa boa parte do comércio mundial de petróleo. “Imagina se o Irã, em uma situação de conflito, resolve fechar o Estreito de Hormuz? O preço do barril do petróleo sobe, tranquilamente, para 150 dólares ou mais. Isso explode a economia europeia. Por isso que os europeus estão em pânico”, completou.

O professor de jornalismo da USP, que foi correspondente internacional em Moscou e Nova Iorque, citou ainda que o Irã é fundamental para economia chinesa.

“[O petróleo do Irã] é o sangue da economia chinesa. Então, se for interrompido o fornecimento de petróleo para a China, por força da guerra, não tenho dúvida nenhuma de que a China vai se alinhar com o Irã”, completou José, acrescentando que, diplomaticamente, Pequim já é próximo de Teerã.

A professora de Relações Internacionais do Ibmec de São Paulo, Natalia Fingermann, também avaliou que a guerra, hoje regional, pode escalar para uma guerra global devido ao cenário de grande instabilidade, que vem se agravando desde a Guerra na Ucrânia.

“O risco existe. Não é uma coisa totalmente distante, louca ou sem sentido nenhum. O risco existe e acho que ele nunca foi tão possível, pelo menos nos últimos 40 anos”, destacou a professora, acrescentando que há ainda o risco do uso de armas nucleares.

Fingermann lembrou que a escalada do conflito pode aumentar a inflação global, afetando todo o mundo. “[Se o conflito aumentar], vamos ter um aumento do preço do petróleo e, consequentemente, um processo de inflação global porque, querendo ou não, o petróleo ainda é a principal fonte de energia e de transporte do alimento do mundo”, acrescentou

O professor José Arbex avaliou que Israel atacou a Embaixada do Irã, em Damasco, com objetivo de envolver Teerã no conflito para, com isso, tentar trazer os EUA para mais perto de Tel Aviv.

O especialista argumentou que Israel estava isolado internacionalmente e, internamente, o governo vinha sofrendo pressões pela saída do primeiro-ministro, Benjamim Netanyahu, que corre o risco ser preso se deixar o poder. Além disso, citou a econômica do país, parcialmente paralisada pela guerra, como outro fator preocupante para Israel.

“Netanyahu jogou todas as fichas no agravamento do conflito com o Irã para puxar apoio dos Estados Unidos, que ele estava perdendo por causa das eleições nos EUA.” Ele acrescentou que Gaza tem afetado a perspectiva eleitoral de Biden.

A professora Natalia Fingermann lembrou que, oficialmente, Israel justificou o ataque contra a embaixada do Irã para desarticular o apoio que do país ao Hezbollah, grupo do Líbano em conflito na fronteira Norte de Israel. Porém, ela avaliou que Netanyahu teve outros ganhos com o envolvimento direto do Irã.

“Primeiro, ele tira o foco sobre Gaza, que sai da pauta internacional, e ele volta a ter apoio internacional e doméstico. Então, em certa medida, ele consegue fazer a sua manutenção de poder”, resssaltou.

Fingermann disse ainda que a entrada do Irã pode ter consequências negativas para causa palestina. Para a especialista, Netanyahu foi quem mais tirou vantagem na nova situação.

“Quando todos os grandes aliados de Israel, como Estados Unidos, França e Inglaterra, param de olhar para Gaza e focam mais no Irã, a gente tem, assim, o receio de que aquela população fique abandonada.”

Para o professor José Urbex, a questão palestina se fortalece, pois mostra que eles não estariam sozinhos contra Israel. Ele citou ainda a manifestação da presidente da União Europeia, Ursula von der Leyen, que, apesar de condenar o Irã, pediu que a questão palestina seja resolvida.

“Não é por acaso que ela faz uma declaração dessa. O Irã demonstrou que, se essa coisa prosseguir e a guerra prevalecer, a coisa vai ficar muito feia”, disse. Além disso, Arbex avaliou que o ataque do Irã revelou certa fragilidade de Israel, que precisou dos aliados para conter os drones de Teerã.

“[Ajudaram Israel] os Estados Unidos, Inglaterra, Jordânia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e a fragata francesa, que está estacionada lá perto. O que sobrou para Israel fazer? Sobrou pouquíssima coisa. Israel é integralmente dependente desses aliados externos”, acrescentou.

Fonte: Agência Brasil.

 

           

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