O Governo Federal, através dos ministérios da Saúde e das Mulheres, inaugurou o Fórum de Mulheres na Saúde em Brasília, nesta terça-feira (28). A iniciativa visa promover a colaboração entre as diversas instâncias de gestão, movimentos sociais, entidades e especialistas, com o objetivo de fortalecer e aprimorar as políticas públicas de saúde direcionadas às mulheres.
O fórum, de caráter permanente e consultivo, realizará encontros trimestrais, a partir de janeiro e março de 2026, para debater e avaliar ações governamentais em áreas cruciais como saúde sexual e reprodutiva, atenção ao parto e pós-parto, menopausa, saúde menstrual, saúde mental, combate à violência de gênero e prevenção de cânceres femininos. A expectativa é que o espaço também receba avaliações e propostas dos membros, contribuindo para a formulação de relatórios e recomendações estratégicas, além de ampliar a transparência e a participação social.
O Ministério da Saúde planeja incentivar a criação de fóruns estaduais e municipais, buscando aperfeiçoar a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM), ampliar a representatividade feminina na elaboração de políticas públicas e consolidar uma governança participativa.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a saúde da mulher é uma prioridade do governo, e a criação do fórum é essencial para o desenvolvimento e a coesão das políticas. Padilha destacou a importância do diálogo para o aprimoramento das propostas governamentais e a expansão de programas de saúde da mulher, citando o enfrentamento ao câncer de mama como exemplo. O ministro mencionou ainda a análise de temas como a menopausa e o fortalecimento de ações em saúde mental, incluindo o apoio a projetos de telessaúde.
Em 2025, a PNAISM completa 21 anos e o Programa de Atenção Integral à Saúde das Mulheres, 41 anos. A secretária de Atenção Primária à Saúde, Ana Luiza Caldas, ressaltou a maturidade das ações de gênero do Ministério da Saúde e a necessidade de garantir sua sustentabilidade por meio do controle social. Ela enfatizou a importância das mulheres como usuárias e força de trabalho no SUS, reforçando a responsabilidade do governo em oferecer e conduzir programas voltados para elas.
Adicionalmente, o Ministério da Saúde anunciou melhorias no Programa Dignidade Menstrual, expandindo o acesso a absorventes para mulheres em situação de vulnerabilidade. As Unidades Básicas de Saúde (UBS) em todo o país agora emitem autorizações para a retirada dos produtos, facilitando o acesso e eliminando a necessidade do aplicativo Meu SUS Digital. Adolescentes entre 12 e 16 anos podem retirar os absorventes sem a necessidade de acompanhamento dos pais ou responsáveis. A autorização é válida por 180 dias e garante o direito a 40 unidades de absorventes a cada 56 dias. Desde 2024, o programa já atendeu mais de 2,5 milhões de pessoas, distribuindo mais de 376 milhões de absorventes menstruais.
