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Seguro popular de carros ainda não saiu do papel, apesar de alta procura

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Endereço do motorista pode interferir no preço do seguro de carro (Foto: Alexandre Sá/EPTV)

Endereço do motorista pode interferir no preço do seguro de carro (Foto: Alexandre Sá/EPTV)

As regras para o “Seguro Auto Popular”, que seria até 30% mais barato, entraram em vigor em 1º de abril último, mas nenhuma seguradora oferece o produto ainda, mesmo com corretores relatando alta procura pela alternativa mais barata.

É que as empresas não gostaram de algumas normas editadas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).

As regras dizem que as seguradoras deveriam usar peças originais usadas ou seminovas nos reparos, com o conhecimento do cliente, entre outras determinações que deveriam baratear o custo.

Mas as seguradoras entendem que as regras não dão o subsídio necessário para reduzir os valores e querem que seja liberado também o uso de peças de fabricação independente. Mesmo assim, estimam que o desconto em relação ao seguro tradicional poderia ficar em apenas 15%, dependendo das coberturas inclusas.

A Susep diz considerar mudar a determinação do uso somente de peças de “segunda mão” no seguro, mas adianta que isso só deve acontecer depois de julho, pois depende de aval do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP).

Conheça abaixo mais sobre o “seguro popular” e quais pontos geram discussão

Seguro Auto Popular  (Foto: Arte/G1)

O que é o Seguro Auto Popular?
Lançado há quase 3 meses, ele é a segunda tentativa de criar um seguro mais barato de veículos no Brasil, com objetivo de ampliar o número de proprietários cobertos.

De acordo com a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais (CNseg), atualmente circulam cerca de 60 milhões de veículos no país, mas apenas 17,5 milhões estão segurados, cerca de 30% da frota.

Em 2005, a Susep já tinha feito uma tentativa de “seguro popular”, mas ela despertou pouco interesse. A regra permitia apólices com indenização integral por valor determinado na hora da contratação, sem garantias para colisões (apenas para furto ou roubo), e a contratação de cobertura apenas para danos materiais a terceiros.

Seguro Auto Popular  (Foto: Arte/G1)

Como é a nova regra?
Em vez de retirar as coberturas para baratear o valor do seguro, a nova edição tenta aliviar os custos na parte dos consertos e peças de reposição.

Diferente dos seguros tradicionais, no “popular” é permitido fazer o conserto com peças usadas ou recondicionadas, vindas de empresas de desmontagem credenciadas, conforme a lei 12.977, que regulamentou os desmontes de veículos em todo o país em 2014.

Só não pode recorrrer a peça usada em  consertos que envolvem itens de segurança, como o sistema de freios, suspensão e cintos de segurança.

Além disso, a cobertura mínima deverá ter indenização por danos causados ao veículo por colisão, mas deve incluir também danos parciais. Não serão permitidos pacotes apenas com indenização integral.

Assim como no modelo de 2005, é possível escolher uma indenização por valor determinado, ou seja, um número estipulado na hora do contrato. Mas também pode ser oferecida a modalidade mais comum nos seguros normais, que é o valor de mercado, por exemplo a Tabela Fipe.

O que as seguradoras questionam:

Seguro Auto Popular  (Foto: Arte/G1)

De acordo com o presidente da CNseg, Marcio Coriolano, a recente regulamentação dos desmanches ainda não criou um mercado grande o suficiente para atender à demanda das seguradoras.

Ou seja, se for obrigatório fazer o conserto apenas com itens usados, ele pode demorar por falta de peça. Por isso, as seguradoras querem que seja permitido também o uso de peças independentes, sem a marca das montadoras.

“São peças geralmente feitas pelo mesmo fabricante que vende para as montadoras, mas que vão direto para o ‘aftermarket’ (mercado de reposição). São fabricadas exatamente dentro das especificações das montadoras, mas têm preço menor do que na concessionária”, explica Sérgio Barros, diretor de produto automóvel do grupo BB e Mapfre.

A Susep diz que vai autorizar, “desde que as seguradoras expliquem aos clientes que isso vai impactar no preço”, afirma a diretora Helena Venceslau.

Mas a mudança na regra vai demorar um pouco porque depende do aval do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP).

Outro problema é que algumas montadoras não permitem a comercialização de peças “genéricas”, o que está sendo motivo de julgamento no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).Volkswagen, Fiat e Ford foram acusadas de conduta anticompetitiva por impedir a venda de peças de reposição produzidas por fabricantes independentes. Elas alegam que têm propriedade industrial dos desenhos.

Seguro Auto Popular  (Foto: Arte/G1)

Para baratear as apólices, as seguradoras querem exigir que os proprietários façam os reparos apenas em oficinas “parceiras”, não mais com liberdade de escolha e reembolso posterior.

Segundo Coriolano, isto permite que as empresas negociem descontos com as oficinas. “É como o seguro saúde. O médico cobra um valor menor porque ele ganha um volume maior de consultas”, afirmou o presidente da CNSeg. “No momento da contratação, o segurado vai ter a opção de autorizar o uso de peças novas não originais e de levar o carro exclusivamente para oficinas referenciadas. Isto tudo será sempre como opção”, ressalta Barros da BB e Mapfre.

A Susep diz que não mudará as normas em relação às oficinas, mas que caberá a cada seguradora determinar os critérios do seguro que quiser oferecer.

Seguro Auto Popular  (Foto: Arte/G1)

Idade do carro
Antes da edição das novas regras, a CNSeg já pedia para que o “seguro popular” pudesse ser contratado apenas para carros com mais de 5 anos de uso. Isto porque muitas montadoras já dão garantia para as principais peças por até 5 anos. Mas a regulamentação do seguro popular não restringiu a idade do veículo.

“Se quero um seguro segmentado, ele tem que ser diferente daquilo que já existe. Precisa focar em quem não tem mais garantia das peças originais”, afirmou Coriolano. No entanto, esta questão não é unanimidade nem entre as seguradoras.

Para Helena Venceslau, não cabe à Susep restringir a idade dos veículos para o “seguro popular”, mas isso poderá ser feito pelas próprias montadoras. “Queremos estimular a concorrência”, diz a diretora.

Cuidado para não se enganar
Rodolpho Gurgel, CEO da corretora online Bidu, alerta que algumas empresas pegaram outros produtos e passaram a chamar de seguro “popular”, mas eles não estão dentro das definições da Susep.

“Alguma corretora pode chamar um seguro não compreensivo de ‘popular’, mas não é a mesma coisa. Ele cobre roubo, furto e perda total. Somos pressionados, os clientes perguntam por que a gente não tem. Aí temos explicar que ele não existe ainda”, afirmou.

A mudança no “seguro popular”, que poderá fazer o produto finalmente “decolar”, depende de reunião da Susep com o CNSP, que é presidido pelo secretário-executivo da Fazenda, Eduardo Guardia. O encontro é previsto para julho, mas ainda não foi marcado.

“(O seguro auto popular) gerou um pico de atendimento de e-mails. É um momento de grande confusão, mas estamos aproveitando essas interações para cumprir o papel de esclarecer. O lado bom é que colocou essa discussão na mesa. (…) Tem muita demanda. Certamente quando sair, se for bem regulamentado, vai ser um sucesso”, completou Gurgel.

(Do G1 SP)

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A dois dias das eleições, Fabinho lidera com quase 20% das intenções de votos em Salgueiro

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Faltando dois dias para que a população vá as urnas para escolher seus representantes (prefeito/vice e vereadores), o candidato Fabinho Lisandro, aparece na frente com 19,2% na modalidade “estimulada”, que aquela onde os nomes dos candidatos são apresentados para os pesquisados. Fabinho tem 54,4% das intenções de votos, o seu principal concorrente o médico e atual prefeito Dr. Marcones Sá, recebeu 33,2% e o candidato Antônio Rocha, teve 1,6% da preferência dos eleitores salgueirense.

Já quando partimos para a modalidade “espontânea”, quando não apresentamos os nomes dos candidatos aos entrevistados, Fabinho continua na frente, 48,2%, Marcones também continua na segunda colocação com 31,0% e Antonio Rocha, recebeu 0,6% dos votos.

Mas o prefeito Marcones Sá, não perde em tudo, ele vence na questão REJEIÇÃO, recebeu 30,2%, Fabinho ficou com 18,8%, Antonio Rocha com 14,4%, não rejeitam nenhum dos candidatos foram 19,4%, para 5,4% todos são rejeitados e 11,8% não souberam ou não quiseram opinar.

 

Já quando vamos para os votos válidos, descartando os brancos e nulos, Fabinho, ainda aumenta a vantagem. Lisandro recebeu  60,4%, Marcones  38,2% e Antonio Rocha  1,4%.

O Instituto Majoritário de Pesquisas e Estatística (IMAPE), foi contratado pelo Blog do Didi Galvão, ouviu 500 entrevistados entre os dias 30 de setembro e 02 de outubro de 2024, a margem de erro é de 4,36% pontos percentuais para mais ou para menos e o índice de confiabilidade, aquele que os números sejam iguais com os apresentados na pesquisa é de 95%. A pesquisa foi registrada no TSE sob o nº 06794/2004

 

 

           

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Governo divulga lista de bets autorizadas a ofertar apostas até dezembro

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A Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda (SPA-MF) divulgou, nesta terça-feira (1º), a lista dos sites de apostas de quota fixa que poderão continuar a operar no Brasil até o fim deste ano.

A lista foi criada com o objetivo de considerar em fase de adequação às novas regras criadas pelo MF apenas as empresas que pediram autorização, por meio do Sistema de Gestão de Apostas do MF (Sigap), para explorar a modalidade lotérica de apostas de quota fixa, até a data de publicação da portaria, demonstrando-se interessadas em seguir adequadamente a regulamentação e a legislação.

Na lista nacional, há 89 empresas com respectivamente 193 bets (marcas). Entre elas estão Bet 365, Aposta Ganha, KTO, Betano, Sportingbet, Blaze, entre outras.

Os sites que não estão na lista divulgada pela Fazenda não podem mais ofertar apostas, em âmbito nacional. Permanecerão no ar, nos próximos dez dias, somente para facilitar o pedido de devolução, pelos apostadores, do dinheiro que está depositado em seus nomes junto a essas empresas.

A partir do dia 11 de outubro, esses sites começarão a ser derrubados, com auxílio da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Mesmo após essa data, continuará sendo de responsabilidade dos operadores do site garantirem os meios para que os apostadores possam levantar os depósitos a que tenham direito.

Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

Por Diário de Pernambuco

           

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Justiça suspende divulgação de 3 pesquisas em Salgueiro

As pesquisas foram suspensas por suspeita de irregularidades

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Atendendo pedido da coligação “Todos Unidos por Salgueiro”, o Juiz eleitoral da 75ª ZE José Gonçalves de Alencar, deferiu o pedido e suspendeu a divulgação de três pesquisas, prevista para serem divulgas entre os dias 4 e 5 desta semana.

De acordo com o magistrado a indícios “no caso vertente, verifica-se que a pesquisa impugnada se encontra registrada. Todavia, aparentemente apresenta algumas inconsistências passíveis de correções“. escreveu o Juiz.

A justiça concedeu um prazo de 48h para que as correções sejam feitas, concedeu 24h,  após para que o MP se manifeste e depois retorne para ele, afim de que seja sentenciado.

Os institutos contratados para realizar o levantamento e que foram impugnados são:

NAIPE’S ASSESSORIA E CONSULTORIA EM MARKETING LTDA – ME;

SX EMPREENDIMENTOS PE LTDA;

TML DE SOUZA PAIVA PUBLICIDADES;

Já o IMAP – Instituto Majoritário de Pesquisas e Estatísticas,  está com sua pesquisa apta e será divulgada na meia-noite desta quinta-feira(4), e será divulgada pelo Blog do Silva Lima

Leia Aqui a decisão do Juiz.

 

           

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