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Política

Senador diz ter recebido R$ 50 milhões em emendas por apoio a Pacheco

O senador bolsonarista disse ter recebido R$ 50 milhões em emendas do orçamento secreto por ter apoiado a campanha de Rodrigo Pacheco (PSD-MG)

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O senador Marcos do Val (Podemos-ES) disse ao Estadão que recebeu R$ 50 milhões em emendas do orçamento secreto por ter apoiado a campanha de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à presidência do Senado, em fevereiro de 2021. Relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023, do Val afirmou que os recursos seriam uma forma de “gratidão” pelo apoio. Relatou, ainda, ter sido informado sobre a verba por Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), articulador da campanha de Pacheco ao comando do Senado, após o resultado da disputa.

As afirmações de do Val expõem, pela primeira vez, como são feitos, nos bastidores, os acordos em torno da divisão do orçamento secreto, esquema revelado pelo Estadão.

O orçamento secreto fere a Constituição por não respeitar a “transparência” na divisão das verbas, na avaliação do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal de Contas da União (TCU). O modelo também distorce as regras ao permitir que os presidentes da Câmara, do Senado e o relator do Orçamento decidam quem vai indicar as emendas parlamentares e receber dinheiro público.

Procurado pela reportagem, o presidente do Senado disse desconhecer o assunto. Davi Alcolumbre não quis se manifestar. Após a publicação desta entrevista pelo site do Estadão, do Val divulgou uma nota na qual afirmou ter sido “mal interpretado”. O senador destacou, ainda, que todo recurso recebido foi destinado ao Espírito Santo. “Pelo desculpas por eventual mal entendido”, escreveu.

Qual foi o critério de divisão das emendas do orçamento secreto no Senado?

O Rodrigo Pacheco falou para mim: “Olha, Marcos, nós vamos fazer o seguinte: líderes vão receber tanto, líderes de bancada tanto, essa foi a nossa divisão”. E ele me passou isso porque fui um dos que ajudei ele (sic) a ser eleito presidente do Senado. Eu falei: “Pô, legal, está transparente e tal”. Ele falou: “Olha, se a gente conseguir mais uma gordura, direciono para você”. Não foi uma coisa (do tipo): “Mas eu preciso que você me apoie”.

Isso foi quando?

Quando ele assumiu. Ele já tinha sido eleito.

E como funcionou?

Ele chamou quem eram os mais próximos, que apoiaram a campanha dele, os líderes, e disse: “Olha, o meu critério vai ser esse”. E todo mundo concordou.

Ele falou em valores?

Não, porque ele não sabia o que viria, o que o Executivo iria encaminhar, mas que era em proporcionalidade. E assim, de todo o coração, o Rodrigo para mim é um cara fora da curva, corretíssimo, muito equilibrado. Vamos dizer assim, distensionou as cordas entre os Poderes. Eu até perguntei para ele se ele pensa em se reeleger. Ele falou que está pensando. Falei: “Olha, então você vai ter um cabo eleitoral porque eu vou brigar para que você continue”. Muita gente que era contrária a ele, o Podemos, que era contrário, hoje fala: “Pô, você me surpreendeu”.

Qual foi a proporção que ele prometeu para o Podemos? Ou era individual?

Eu não sei qual é a conversa que ele teve em valores com os outros. Para mim, quem me ligou dizendo foi o Davi (Alcolumbre), não foi o Rodrigo. Com o Davi que eu perguntei. Achei até muito para eu encaminhar para o Estado (Espírito Santo), mas como (é) questão de saúde, não vou negar. Perguntei: “Mas teve algum critério?” Ele só falou: “Aquele critério que o Rodrigo falou para vocês lá no início”. “Ah, tá, entendi.” Mas ele falou: “Só que o Rodrigo te colocou no critério como se você fosse um líder pela gratidão de você ter ajudado a campanha dele a presidente do Senado”. Falei: “Poxa, obrigado, não vou negar e vou indicar”.

Quanto foi o valor?

Foi R$ 50 milhões.

Foram R$ 50 milhões do orçamento do ano passado?

Isso. Do ano passado, para ser executado neste ano.

Esse relato do sr. pode ser em on (jargão jornalístico para se referir a declaração a ser publicada com o nome do entrevistado)?

Pode ser em on. É público, eu já comuniquei isso ao Ministério Público na época (os valores e a destinação dos recursos). É o valor que todo mundo dizia que é o tal do orçamento secreto, da compra de votos. Eu acho que foi o mesmo valor que os líderes receberam. E o critério que ele colocou para mim foi o critério de eu ter apoiado ele (sic) enquanto outros não apoiavam. Mas ele não prometeu. Em nome da minha filha, eu tenho uma, tem 16 anos, em nome dela eu digo: em momento algum ele me prometeu um real, tipo: “Me apoie que eu te dou R$ 1. Ou: “Me apoie que eu te dou a presidência de uma comissão”. Absolutamente nada.

O termo usado por Alcolumbre foi gratidão?

É, isso, boa, palavra excelente. Vou usar, se você me permitir.

Estou perguntando qual palavra porque eu lembro que o sr. citou isso.

Gratidão, você resumiu. Gratidão, gratidão.

Mas não é a mesma coisa que compra de voto?

Olha, assim, no critério que ele tinha colocado, acho que eu ia receber… A minha parte seria de R$ 10, 15, 20 (milhões), entendeu? Então, como ele me colocou, me deu essa gratidão, como você falou, eu recebi. E aí pode ser que eu esteja enganado, vocês que levantam tudo.

Pelo apoio ao Pacheco?

Com base (no apoio), certeza. Porque, como eu tornei transparente, eu não sei os outros.

O sr. indicou emendas de relator neste ano?

Até agora, não, nada. Boa pergunta. Eu até tenho de ver para correr atrás.

Por Estadão

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Política

Lula diz que não esqueceu da ‘cervejinha’ nem da ‘picanha’ que prometeu durante campanha

Lula falou que tem clareza de todas as coisas que prometeu para o povo brasileiro, além de “todas as coisas que eu disse que ia fazer e todas as coisas que vou fazer, certamente”.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta terça-feira, 23, que não se esqueceu da “cervejinha” e nem da “picanha” que prometeu durante campanha eleitoral quando era, até então, candidato. Em café com jornalistas, o presidente falou que tem clareza de todas as coisas que prometeu para o povo brasileiro, além de “todas as coisas que eu disse que ia fazer e todas as coisas que vou fazer, certamente”.

“Sei que estamos plantando desenvolvimento, geração de emprego, melhoria das condições salariais, melhoria do salário mínimo. E tudo isso está acontecendo. Você pensa que eu esqueci da cervejinha e da picanha? Eu não esqueci e falo até hoje de que o preço da carne já baixou e tem que baixar mais.”

A fala veio quando o presidente minimizou os resultados negativos em pesquisas com o argumento de que “sabe o que está fazendo”. Segundo ele, “um político qualquer que tiver preocupação com pesquisa no começo de seu mandato, efetivamente ele não está preparado”. No começo deste ano, diversas pesquisas revelaram resultados negativos sobre a gestão 3 de Lula.

“No momento que as coisas começarem a acontecer, o povo vai fazer a avaliação correta do que está acontecendo no Brasil. As pessoas podem não gostar de um presidente, mas podem gostar da política que está sendo colocada em pratica nesse país”, argumentou.

Foto Getty

Por Folhapress

           

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Política

Moraes manda PF aprofundar investigação sobre fraude em cartão de vacina de Bolsonaro

O pedido foi feito pelo PGR Paulo Gonet.

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou que a Polícia Federal (STF) aprofunde as investigações que ligam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a uma fraude no cartão de vacinação.

O pedido do PGR, Paulo Gonet foi feito após análise do relatório em que a PF imputou ao ex-presidente e mais 16 investigados supostos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informação.

Moraes quer que a PF esclareça se algum certificado de vacinação foi apresentado por Bolsonaro e pelos demais integrantes da comitiva presidencial quando entrou nos EUA e se havia, à época, norma que exigisse apresentação de certificado de vacina de todo estrangeiro, mesmo que fosse detentor de passaporte e visto diplomático.

Também determinou que a PF aprofunde as investigações sobre os indícios de falsidade dos registros de vacinação em nome dos familiares do deputado Gutemberg Reis de Oliveira (MDB-RJ) e para que seja relatado o resultado da quebra de sigilo do seu celular.

Por fim, Moraes quer que sejam anexados os laudos periciais dos demais aparelhos eletrônicos apreendidos, além daqueles do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, e sua esposa, Gabriela Cid.

Foto Getty

Por Estadão

           

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Política

PT e PL entram com recurso contra absolvição de Moro na Justiça Eleitoral do Paraná

No PL, o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, decidiu prosseguir com o recurso apesar da resistência do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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O PT e o PL entraram nesta segunda-feira (22) no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Paraná com recursos contra a decisão da corte que rejeitou a cassação do senador Sergio Moro (União Brasil). Os apelos devem ser encaminhados ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Os recursos foram protocolados por volta das 23h30 -o prazo para contestações no TRE terminou às 23h59.

No PL, o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, decidiu prosseguir com o recurso apesar da resistência do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O recurso do PT, com 218 páginas, foi assinado pelos advogados Luiz Eduardo Peccinin, que já atua para a sigla no Paraná, e Ângelo Ferraro, ligado ao diretório nacional da legenda e que entrou no caso agora. O partido diz que o relator do caso no TRE, Luciano Falavinha Carrasco, “cometeu equívocos na análise das provas”.

Em 9 de abril, por maioria de votos, os juízes do tribunal eleitoral rejeitaram pedido do PT e também do PL para tirar o mandato do ex-juiz da Lava Jato sob a justificativa principal de que o senador teria cometido abuso de poder econômico durante a pré-campanha eleitoral de 2022.

Cada partido entrou com uma proposta de Aije (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) contra Moro, no final de 2022, mas as duas representações acabaram tramitando em conjunto no TRE, em função das semelhanças das acusações.

Os partidos pediram a cassação do mandato de Moro, a inelegibilidade dele por 8 anos e a realização de uma eleição suplementar no Paraná para a cadeira de senador.

O julgamento do caso no TRE durou quatro sessões e terminou com um placar de 5 a 2 a favor de Moro, em relação à acusação de abuso de poder econômico.

Além disso, todos os juízes rejeitaram a acusação de uso indevido dos meios de comunicação social e também não reconheceram indícios de caixa dois e triangulação de recursos, mencionados nas Aijes.

Em pronunciamento feito logo após a decisão da Justiça Eleitoral, Moro disse que o julgamento foi “técnico e impecável” e “representa um farol para a independência da magistratura frente ao poder político”.

“As ações rejeitadas estavam repletas de mentiras e de teses jurídicas sem o menor respaldo”, afirmou ele.

Foto Getty

Por Folhapress

           

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