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Só 30% dos jovens até 24 anos tomaram 3ª dose de vacina contra Covid

Os percentuais diminuem conforme a idade: pouco mais de um terço dos brasileiros com idade entre 25 a 29 anos atualizou a proteção (35%), e menos do que isso na faixa dos 18 aos 24 anos (30%).

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O Brasil patina no processo para conseguir imunizar a sua população acima de 18 anos com a terceira dose das vacinas contra Covid, já recomendada a essa faixa etária desde dezembro de 2021.

Enquanto nos grupos mais velhos, de 70 anos ou mais, cerca de 9 em cada 10 brasileiros apresentam o esquema vacinal com três doses completo e já avançam para a quarta dose (ou segundo reforço), na população abaixo de 60 anos essa parcela não chega à metade, segundo análise da Folha com dados do Ministério da Saúde e do IBGE.

Os percentuais diminuem conforme a idade: pouco mais de um terço dos brasileiros com idade entre 25 a 29 anos atualizou a proteção (35%), e menos do que isso na faixa dos 18 aos 24 anos (30%).

Mesmo considerando que a imunização desses grupos teve início depois e que é preciso aguardar o intervalo de quatro meses após a segunda dose, as faixas mais jovens já poderiam apresentar percentuais elevados. Porém, a maioria ignora a necessidade da dose extra ou não busca a atualização no prazo indicado, como mostrou reportagem da Folha.

Para Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, é importante primeiro diferenciar o conceito de reforço com o de ciclo com três doses. “Hoje já temos um acúmulo de evidências suficiente para saber que o esquema completo é de três doses, e não duas. Só falamos em reforço para os idosos com mais de 60 anos que recebem a quarta dose”, diz.

Se no início, quando as vacinas foram desenvolvidas, não se sabia por quanto tempo iria durar a proteção, agora já há estudos que mostram que o nível de anticorpos induzidos após a imunização cai em cerca de quatro meses. “E isso tem um diferencial porque dizer que é uma dose de reforço é bem diferente de afirmar que o indivíduo só está completamente imunizado com três doses”, reforça.

Paralelamente, dados das Secretarias de Estado de Saúde coletados pelo consórcio dos veículos de imprensa (Folha, UOL, G1, O Globo, Extra e O Estado de S.Paulo) indicam que esse cenário não deve mudar no curto prazo, pois o ritmo de aplicações está em queda no país.

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) chegou a superar a marca de 1 milhão de doses de reforço administradas diariamente, de acordo com a média móvel. Isso ocorreu na segunda quinzena de janeiro, período em que o país enfrentava uma explosão de novos casos devido à variante ômicron.

Desde então, a procura vem diminuindo. Nesta semana, a média de aplicações era de 184 mil terceiras doses por dia no país.

“Houve um julgamento errado de que a ômicron, por provocar casos mais leves em pessoas já vacinadas, era mais leve, como uma ‘gripezinha’. Mas a imunidade conferida por infecção natural não é a mesma conferida por vacinas, que protegem contra casos graves”, pondera a epidemiologista Ethel Maciel, professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

O levantamento mostra ainda um desequilíbrio entre as regiões do Brasil. Enquanto em São Paulo 77% da população com mais de 18 anos já recebeu a terceira dose, essa taxa vai para menos de um terço nos estados do Maranhão, Tocantins, Rondônia, Pará, Amapá e Roraima, segundo as secretarias estaduais. Vale ressaltar que esses dados estão sujeitos a atrasos referentes à digitalização dos registros, especialmente nos municípios com poucos recursos e menos informatizados.

De acordo com dados do consórcio de veículos de imprensa, cerca de 85% da população recebeu a primeira dose e 77% tomou o esquema vacinal primário completo, isto é, duas doses ou dose única. A cobertura da terceira dose está em 47%, e a da quarta dose, em 9,4% (considerando apenas aqueles com 60 anos ou mais, faixa etária elegível para o segundo reforço). Os números são do último dia 18.

Nas últimas semanas, a taxa de positividade de testes de Covid nos laboratórios da rede privada subiu, passando de 12,5%, no final de abril, para 24,1%, no último dia 15. “Esse aumento de casos que estamos vendo agora é fruto da onda da ômicron em janeiro, e agora, passados quase cinco meses, já temos queda na proteção [por infecção]. E o baixo número de pessoas com reforço acaba tendo efeito também na perda da proteção conferida pela vacina”, diz Kfouri.

Como as populações mais vulneráveis são aquelas que serão mais atingidas frente a um recrudescimento de casos, como foi visto em outras ondas da pandemia, a população precisa prevenir a alta de casos atingindo coberturas vacinais de terceira e quarta doses maiores, explica a infectologista Rosana Richtmann, do Instituto de Infectologia Emilio Ribas.

De acordo com ela, estão ocorrendo muitos casos de reinfecção em pessoas que contraíram a ômicron no começo do ano. “Como não estamos mais vivendo aquela tragédia do início de 2021, com falta de oxigênio e as pessoas morrendo sem ar, [as pessoas] não têm essa percepção de risco”, avalia.
O mesmo é refletido em boletim divulgado pela Fiocruz na última quinta (19), que notou uma desaceleração da aplicação das doses de imunizantes nos três momentos distintos da campanha de vacinação, com as primeiras, segundas e terceiras doses.

“O ritmo mais lento no início da vacinação era devido à falta de imunizantes para todos e por isso tinham os grupos prioritários. Isso aconteceu também com a terceira dose. Mas agora não falta imunizante, o que falta é a campanha de comunicação para informar a importância de atualizar”, diz Diego Xavier, pesquisador da Fiocruz e um dos autores do boletim.

Segundo ele, uma campanha de alcance nacional é essencial para qualquer doença infecciosa com vacinas disponíveis, e é por isso que o Brasil enfrenta também baixas coberturas vacinais para doenças que, no passado, haviam sido erradicadas.

A mesma visão é compartilhada por Maciel, da Ufes. “Infelizmente falta informação para as pessoas e desde o início da vacinação foram veiculadas notícias falsas pelo próprio governo que dificultam a adesão”, afirma, ressaltando, por exemplo, falas do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que disse que não ia se vacinar porque já teve Covid.

“O que precisamos agora é que o PNI cumpra seu dever de informar, que as secretarias estaduais e municipais façam busca ativa dos faltosos e que sejam feitas campanhas de vacinação em massa em escolas e empresas”, completa.

Por Folhapress

 

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Brasil

Agendamento de emissão de passaporte pela internet está indisponível

A PF afirma que está trabalhando para o mais rápido restabelecimento do serviço.

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Desde a tarde da quarta-feira, 17, o serviço de agendamento de emissão de passaporte pela internet está temporariamente indisponível, de acordo com divulgação feita pela Polícia Federal. A causa da instabilidade não foi revelada, mas o órgão federal afirma que está trabalhando para o mais rápido restabelecimento do serviço.

Ainda segundo a PF, os agendamentos realizados previamente serão atendidos normalmente na data e horário marcados.

Para os viajantes que não têm viagem programada para os próximos 30 dias, a recomendação é aguardar a normalização do serviço.

“Àqueles que comprovadamente tenham necessidade da emissão do documento de viagem nos próximos dias devem enviar a documentação comprobatória da urgência a uma unidade emissora de passaporte”, disse em nota a PF.

Foto Shutterstock

Por Estadão

           

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Brasil

PF apura fraude em contratos de R$ 190 milhões do Ministério da Saúde

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A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (18/4) a Operação Tríplice Autonomia. A investigação apura a prática de fraude a licitação, no âmbito do Ministério da Saúde, em contratações de empresas para atendimento telefônico automatizado pré-clínico durante a pandemia de Covid.

São cumpridos oito mandados de busca e apreensão em quatro unidades da federação: Distrito Federal, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. No total, 35 policiais federais foram mobilizados.

As investigações apontam para indicativos de superfaturamento e sobreposição de objeto nas contratações. Se somados, os valores dos contratos investigados chegam a aproximadamente R$ 190 milhões. O superfaturamento pode chegar a R$ 80 milhões, além de cerca de R$ 46 milhões de sobreposição de objeto.

O nome da operação faz alusão à contratação, pelo Ministério da Saúde, de três empresas para realizarem o mesmo serviço de atendimento telefônico automatizado.

Os investigados responderão por fraude à licitação, além de outros crimes eventualmente constatados no curso da investigação.

Foto PF/Divulgação

Por Metroploes

           

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Brasil

Quase 4 bilhões de pessoas correm risco de infecção pelo Aedes

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Quase quatro bilhões de pessoas em todo o mundo estão sob risco de infecções transmitidas por mosquitos do tipo Aedes – seja o Aedes aegypi ou o Aedes albopictus que, juntos, respondem por doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela. O alerta é da líder da equipe sobre arbovírus da Organização Mundial da Saúde (OMS), Diana Rojas Alvarez.

Ao participar – por videoconferência – de encontro na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) em Brasília, Diana destacou que a estimativa é que esse número – quatro bilhões – aumente em mais um bilhão ao longo das próximas décadas, sobretudo, por conta de fatores como o aquecimento global e a adaptação do Aedes a grandes altitudes. O mosquito, segundo ela, já pode ser encontrado, por exemplo, em montanhas do Nepal e da Colômbia, além de países da região andina.

A OMS monitora ativamente surtos e epidemias de dengue em pelo menos 23 países, sendo 17 nas Américas – incluindo o Brasil.

Segundo Diana, os casos da doença aumentaram consistentemente ao longo das últimas quatro décadas. Em 2023, entretanto, houve o que ela chamou de aumento muito significativo tanto de casos como de mortes pela doença.

“Um novo recorde”, disse, ao citar mais de seis milhões de casos reportados e mais de sete mil mortes por dengue em 80 países.

Para Diana, a expansão de casos se deve a fatores ambientais como o aumento das chuvas e, consequentemente, da umidade, o que favorece a proliferação do mosquito, além da alta das temperaturas globais, ambos fenômenos provocados pelas chamadas mudanças climáticas.

Ela disse, ainda, que é imprescindível melhorar a comunicação de casos e os sistemas de vigilância dos países em relação a arboviroses para ampliar ações de prevenção e combate em saúde pública.

Ao participar – por videoconferência – de encontro na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) em Brasília, Diana destacou que a estimativa é que esse número – quatro bilhões – aumente em mais um bilhão ao longo das próximas décadas, sobretudo, por conta de fatores como o aquecimento global e a adaptação do Aedes a grandes altitudes. O mosquito, segundo ela, já pode ser encontrado, por exemplo, em montanhas do Nepal e da Colômbia, além de países da região andina.

A OMS monitora ativamente surtos e epidemias de dengue em pelo menos 23 países, sendo 17 nas Américas – incluindo o Brasil.

Segundo Diana, os casos da doença aumentaram consistentemente ao longo das últimas quatro décadas. Em 2023, entretanto, houve o que ela chamou de aumento muito significativo tanto de casos como de mortes pela doença.

“Um novo recorde”, disse, ao citar mais de seis milhões de casos reportados e mais de sete mil mortes por dengue em 80 países.

Para Diana, a expansão de casos se deve a fatores ambientais como o aumento das chuvas e, consequentemente, da umidade, o que favorece a proliferação do mosquito, além da alta das temperaturas globais, ambos fenômenos provocados pelas chamadas mudanças climáticas.

Ela disse, ainda, que é imprescindível melhorar a comunicação de casos e os sistemas de vigilância dos países em relação a arboviroses para ampliar ações de prevenção e combate em saúde pública.

Fonte:AGÊNCIA BRASIL

 

 

           

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