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O futuro chegou, trazendo inovações diversas, a sociedade do século XXI almeja mudanças em todos os aspectos. O ser humano deste século precisou se adaptar, filosoficamente sobrevive quem melhor se adapta. São mudanças bruscas, advindas por diversos fatores, a sociedade da informação? A era da tecnologia? Tudo isso e mais uma pouco, situações que ora privilegia, ora banaliza o ser humano, sua vida e sua existência. A figura feminina neste contexto passa por grandes exigências e hoje abordarei sobre o tal assunto.
Em meio a todas essas transformações encontramos a figura da mulher, que no século XXI tem se destacado ainda mais, esse papel de destaque muitas vezes cobra um preço muito alto, ser mulher no século XXI exige muito mais que adaptação. As transformações sociais fragilizaram principalmente os relacionamentos, a liquidez social banalizou os sentimentos, o casamento acontece e se desfaz com total descompromisso, a figura feminina desde muito cedo sofre repressões principalmente advindas de fatores culturais, as impregnações de preconceitos arraigadas na cultura, em especial na cultura nordestina exige muito da mulher, muitas vezes até sufoca nossa liberdade, infelizmente algumas mulheres se mantém em relacionamentos fracassados e indesejáveis pra satisfazer uma imposição cultural mantida até hoje. Também existem ainda relacionamentos que se mantém sobre uma necessidade financeira, muitas mulheres não conseguem sustentar seus lares, acham que não são capazes de educar seus filhos sozinhas e desperdiçam suas vidas utilizando essa justificativa.
Feliz ou infelizmente sempre em uma porcentagem maior, a responsabilidade na criação e educação dos filhos recai sobre a mãe, quando ocorrem os divórcios, afirmo que educar filhos sozinha não é uma tarefa fácil, mas também não é impossível, inacreditável mesmo é desacreditar na sua capacidade e abrir mão dos seus sonhos e de sua felicidade em nome de padrões falidos embasados em resquícios preconceituosos e muitas vezes machista que tentam desvalorizar a figura da mulher, o ser humano independentemente de gênero jamais poderá sacrificar seus sonhos por motivo algum, saber respeitar os limites do outro é primordial, mas exigir respeito aos nossos limites é ainda mais necessário e essencial à felicidade.
Seria uma audácia de minha parte apontar estado civil correto em relação à felicidade, na minha concepção o estado civil perfeito é aquele que possui equilíbrio o suficiente pra te fazer bem proporcionando prazer e felicidade. Conseguir se libertar de um relacionamento violento ou abusivo é uma condição necessária para à felicidade, essa liberdade é muito valorosa, porém cobra um preço bem alto.
Entre as diversas dores e consequências da separação, o medo da solidão tem seu destaque, é preciso muito equilíbrio emocional para estar sozinho e se sentir bem em sua própria companhia. Os filhos são bênçãos em nossas vidas, mas em si tratando de novos relacionamentos, na maioria dos casos se transformam em empecilho, é preciso analisar muito bem a pessoa que conviverá com nossos filhos, principalmente qual a parcela de contribuição educacional será oferecida, sempre lembrando que o falar ensina muito, mas o exemplo será o seguido. Manter uma relação saudável com a família paterna dos nossos filhos é uma atitude de maturidade, respeitar o amor do seu filho em relação aos parentes paternos e principalmente respeitar o sentimento do filho pelo pai, é preciso entender que nessa circunstância o adulto é você e conduzir seu filho respeitando seus limites sentimentais também é educa-lo.
Tenho enorme respeito e admiração por todas as mulheres que conseguem destaque no contexto da sociedade atual, que sabem ser mães, ser filhas, ser profissionais, quando casadas sabem respeitar e exigir respeito, se solteiras são perspicaz na realização dos seus sonhos.
No jogo da vida a mulher ganha destaque espetacular, pois sabe que em qualquer lado desse jogo, haverá sempre os aspectos positivos e negativos, saber usar essa polaridade transformando-a em equilíbrio é o que difere a mulher do século XXI.
Por Suelene Leal
Psicopedagoga Clínica e Institucional, especialista em Avaliação Psicopedagógica e Autismo, Professora Efetiva da Autarquia Educacional de Serra Talhada- AESET, Faculdade de Formação de Professores de Serra Talhada – FAFOPST, Coordenadora de Integração Escola Empresa na Escola Técnica Estadual Pedro Leão Leal.