As sapatilhas são motivo de polêmica dentro do mundo da moda. Ame ou odeie, elas tiveram seu momento de glória, mas ficaram para trás com o inegável domínio dos sneakers na última década. Em 2025, a chegada dos “tênis de balé”, conhecidos como sneakerinas, deram uma nova abordagem a ambos os calçados, que se fundiram em modelos que valorizam leveza, elegância e praticidade.
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Os tênis de balé como tendência
Entre os modelos de tênis mais comentados em 2025, os sneakerinas se destacam pela união do streetwear dos sneakers com a delicadeza das sapatilhas de balé. Os calçados levam para as ruas elementos como os bicos arredondados, solado baixo, tiras na região superior e cadarços e laços delicados.
A Louis Vuitton, responsável pelo termo que dá nome à trend, introduziu a estética ao aplicar nos tênis a silhueta das sapatilhas de balé, apostando em linhas suaves e um calçado baixo, mas com toda a estrutura para o dia a dia. Já a Puma suavizou os cortes de um de seus clássicos ao lançar o Speedcat Ballet, uma reinterpretação do tênis com um acabamento minimalista que remete às sapatilhas.
Os sneakerinas surgem após a consolidação — e enfraquecimento — de tendências como o balletcore, que se inspirava na dança clássica para designs casuais, e outras que valorizavam o lado girlie, com laços exagerados e uma jovialidade quase que caricata.
As estéticas se mostraram pouco adaptáveis à vida real e não sobreviveram ao teste do tempo da moda. A indústria, contudo, não desistiu desse potencial, e aplicou o balé e a feminilidade de uma forma mais sutil, em calçados que são, de fato, sneakers, mas com os elementos que conseguiriam se sustentar fora de um “core” passageiro.
Um novo olhar para tênis e sapatilhas
Os sneakerinas surgem em um momento em que conforto é essencial, mas os fashionistas já demonstram perder o fascínio pelos sneakers tradicionais. Assim, os tênis de balé conquistam com facilidade, graças à praticidade e à elegância, aqueles que valorizam o senso estético no visual.
A proposta da tendência é menos esportiva e mais refinada, já que substitui as solas robustas por linhas suaves e arredondadas, sem abrir mão do conforto exigido pela rotina. O resultado são calçados que transitam com naturalidade entre o casual e o sofisticado, mostrando o caminho que o mercado dos tênis deve ter no futuro, de ressignificar e dar nova cara aos itens.
