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Têxteis se reinventam com máscaras e moletons durante a pandemia

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Entre as empresas do setor, 70% afirmam que criaram novos produtos durante a pandemia, assim como 80,9% adotaram novos meios de vendas

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Mesmo durante a maior crise da história do setor têxtil, que registrou recuo recorde em sua produção industrial durante o avanço da Covid-19 no Brasil, o segmento vem tentando se reinventar.

Entre as empresas do setor, 70% afirmam que criaram novos produtos durante a pandemia, assim como 80,9% adotaram novos meios de vendas, segundo estudo do Ibre/ FGV antecipado à reportagem.

Itens confortáveis, como peças de moletom, pijamas e pantufas, artigos que possam ser utilizados tanto dentro de casa quanto em uma reunião online, assim como máscaras, materiais antivirais ou de proteção, estão entre as apostas do setor têxtil no período de pandemia.

Já o comércio online se multiplicou. Os produtos passaram a ser vendidos ao vivo, pelo WhatsApp, em redes sociais e até via drive thru.

Para Fernando Pimentel, presidente da Abit (Associação Brasileira das Indústrias Têxteis), o momento sanitário é desafiador para o mundo dos negócios e acelera transformações nas empresas que conseguem captar alterações de comportamento causada pelo distanciamento social.

“Tudo que é digital se acelerou, pois a pandemia trouxe novas necessidades que abriram frentes no mercado”, diz.

Pimentel explica que uma série de companhias têm anunciado transformações, especialmente mudanças voltadas à produção de produtos de proteção. Na lista estão linhas de máscaras, materiais sustentáveis e insumos para evitar a proliferação de vírus.

Com as mudanças, as vendas, segundo ele, explodiram, principalmente nas empresas que já estava preparadas para vender pela internet.”Quem não estava digitalizado, infelizmente, passou por momentos difíceis”, afirma.

A estimativa do setor é que, atualmente, até 4% do comércio das indústrias têxteis seja virtual, mas é provável que isso alcance 35% em dez anos.

“É grande o movimento de reinvenção para faturar e atender ao consumidor empobrecido ou em quarentena”, apontou o presidente da Abit.

A Farm, que desde 1997 desenvolve produtos voltados principalmente ao público feminino, com estampas floridas e de animais, foi uma das empresas que apostaram em novas técnicas de vendas.

A empresa apresentou, na segunda-feira (20), sua primeira loja 100% interativa e digital, com atendimento, em tempo real, de colaboradores voltados à produção de moda.

No lançamento, a companhia apresentou novas peças, shapes e estamparia. Chegou a ter o acesso simultâneo de 7.000 pessoas na live feita pela nova plataforma.

Outra iniciativa foi a criação de uma linha de 50 mil máscaras para doação, a partir do reaproveitamento de tecido de lojas que estiveram fechadas na quarentena.

A DeMillus, referência em lingeries, converteu parte de sua linha de produção na fábrica do Rio de Janeiro para criar uma coleção de máscaras. Por R$ 9,99 cada uma, foram vendidas mais de 4 milhões de peças durante a pandemia do novo coronavírus.

O sucesso fez a empresa buscar novas tecnologias para desenvolver mais artigos com tecidos de proteção antiviral, segundo Viviane Figueiroa, superintendente de marketing da marca.

Produtos com proteção antiviral também viraram o foco da sapateira Virginia Barros, que vai inaugurar em 20 de agosto uma nova loja em São Paulo lançando seu primeiro sapato com tecnologia do gênero, além de máscaras e produtos antibacterianos.

Além do foco em proteger o usuário, as indústrias têxteis direcionaram a produção para o conforto dos clientes que, em razão da pandemia, ficam mais em casa.

Grandes redes ouvidas pela reportagem apostaram no lançamento de produtos com tecidos aconchegantes e na transformação digital das marcas, aderindo a vendas por novas plataformas, aplicativos e redes sociais.

A C&A, por exemplo, registrou no segundo trimestre de 2020 recordes no ecommerce, com alta de 2.034% nas buscas por pantufas, 656% por moletons e 1.183% por pijamas.

Os desejos e hábitos de compra da consumidora brasileira mudaram. Ela procura uma moda ainda mais pessoal, que atenda suas necessidades e valorize a comodidade e conforto”, diz o vice-presidente de operações da marca, Fernando Brossi.

A Hering lançou itens nessa linha de produção e teve um giro superior a 85% na semana de lançamento, com várias peças sendo totalmente vendidas. “Os produtos mais procurados são associados ao moletom, ao esportivo e ao conforto”, afirma Thiago Hering, diretor-executivo de negócios.

Segundo ele, uma das principais evoluções da empresa no período será nos centros de distribuição, para atender com mais agilidade às demandas do novo consumidor.

Marcella Kanner, responsável pela comunicação corporativa e de marca da Riachuelo, aponta que o distanciamento social fez a empresa triplicar o tráfego em seu site oficial, com 2 milhões de downloads do aplicativo da marca nos dois primeiros meses da crise.

A empresa apostou em camisetas e máscaras de proteção para adultos e crianças, estampadas com mensagens positivas, e kits de máscaras com preços acessíveis, a R$ 2,95 cada uma.

A Renner, por sua vez, observou, em abril, que uma média de 30% dos clientes que entraram em contato pelo WhatsApp finalizaram a compra, ainda por valores superiores aos observados nos demais canais digitais. Os meios de compra online da companhia tiveram crescimento de 32,9% no primeiro trimestre de 2020 e superaram a casa dos três dígitos nos últimos meses. Em abril, o aplicativo da marca atingiu 1 milhão de downloads, 164% a mais que o mesmo período do ano passado.

As apostas das companhias em inovação nas formas de vendas são principalmente em serviços de drive thru, comercialização por WhatsApp e redes sociais, como o Instagram, além do desenvolvimento de novas plataformas digitais.

É unânime entre as redes que o comportamento e os hábitos dos consumidores mudaram. Elas pretendem expandir os investimentos no ambiente online e de integração com os clientes e apostar ainda mais em projetos virtuais daqui em diante.

PERDAS HISTÓRICASOs desenvolvimentos de novos artigos e formas de vendas surgem como alternativa para superar um período difícil no setor dos vestuários.

De acordo com dados do IBGE, a fabricação de produtos têxteis caiu 51,1% em abril e mais 46,5% em maio, as piores perdas da história do setor. Já o comércio nos segmentos de tecidos, vestuário e calçados registrou, de março para abril, uma queda 60,6%.

O recuo fez com que a Abit estimasse que até 80 mil postos de trabalho formais sejam perdidos até o fim de 2020. O número de demissões só não será maior porque muitas companhias aderiram à MP (medida provisória) 936, que autoriza o corte de salários e jornadas de trabalhadores.

A projeção das indústrias têxteis no momento é a de que o faturamento seja abaixo de 70% do que seria esperado antes da pandemia.

“Nossa expectativa de queda hoje está em torno de 14% na área de têxtil para o lar e decorativo, e mais 18% na área de moda. Esses números significam perder, apenas em um ano, mais do que perdemos em dois anos na recessão de 2015 e 2016”, disse o presidente Fernando Pimentel.

Para André Macedo, gerente da pesquisa industrial mensal do IBGE, o recuo no segmento têxtil seguiu o movimento da indústria como um todo, com maior frequência de unidades produtivas paralisadas. Também acompanha o movimento de queda observado no setor de vestuário, que reduziu a produção por conta da menor demanda.

“Esse segmento é muito atrelado à demanda doméstica e evolução da renda. Com o aumento no número da taxa de desocupação, e a consequente redução na massa salarial, é natural que esses segmentos voltados ao consumo doméstico mostrem algum tipo de perda”, disse.

Só em maio, a pandemia aniquilou 7,8 milhões de empregos, segundo o IBGE.

Macedo analisou, porém, que, com as flexibilizações das medidas restritivas de distanciamento social ocorridas pelo país, o setor industrial como um todo tende a mostrar algum grau de melhora.

“A grande questão é se a indústria, inclusive a têxtil, conseguirá recuperar as perdas e, se conseguir, em quanto tempo isso ocorrerá”, disse o gerente do IBGE.

Por Folhapress

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Brasil

Projeto que libera estados legislarem sobre armas avança na Câmara

De autoria da presidente da comissão, deputada Caroline de Toni (PL-SC), o projeto vai contra o entendimento de decisões recentes do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o porte de armas.

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A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados aprovou na tarde desta quarta-feira (24) um projeto de lei complementar que concede poderes aos estados para formular leis e flexibilizar as atuais regras de porte de armas, num revés para o governo Lula (PT).

De autoria da presidente da comissão, deputada Caroline de Toni (PL-SC), o projeto vai contra o entendimento de decisões recentes do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o porte de armas e preocupa membros do governo petista. No colegiado, ele foi relatado por outro parlamentar da ala bolsonarista do PL, Paulo Bilynskyj (PL-SP).

Desde que o projeto foi incluído na pauta da CCJ, líderes governistas mobilizaram deputados da base do petista para que eles atuassem no colegiado contra o projeto. A proposta de De Toni foi apresentada ainda em 2023, após o governo do petista reverter parte da flexibilização ao acesso de armas promovida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Nesta quarta, governistas tentaram adiar a votação da matéria, com apresentação de requerimentos de retirada de pauta e adiamento da discussão (que foram derrotados). Foram 34 votos favoráveis ao projeto e 30 contrários, numa votação apertada. Apesar da aprovação no âmbito do colegiado, o texto ainda precisa ser analisado pelo plenário da Câmara.

O projeto aprovado concede aos estados a competência para legislar sobre temas relacionados ao porte e posse de armas de fogo, “tanto para fins de defesa pessoal, como também para as práticas esportivas e de controle da fauna exótica invasora”.

A matéria também determina que as autorizações concedidas pelo estado só valerão no espaço territorial da própria unidade da federação. O texto diz ainda que o estado deverá editar a norma, que será apreciada pelo Poder Legislativo estadual, “regulamentando as autorizações relacionadas às armas de fogo”.

O STF analisa atualmente nove ADIs (Ações Diretas de Inconstitucionalidade) e uma ADPFs (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) contra leis estaduais e municipais sobre o porte de armas.

As ações questionam leis sobre de CACs (colecionadores, atiradores e caçadores) e que asseguram o porte a profissionais como defensores públicos, policiais científicos, vigilantes, seguranças e agentes de segurança socioeducativos.

Os pedidos para o STF invalidar essas leis é assinado pelo próprio presidente Lula e pelo advogado-geral da União, Jorge Messias.

Na CCJ nesta quarta, parlamentares governistas criticaram o teor do projeto, afirmando que ele é inconstitucional, e se queixaram da condução da comissão nas últimas semanas, afirmando que a pauta não está equilibrada.

Eles citaram, por exemplo, a aprovação de projeto que mira o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra) e veta benefícios do governo (como Bolsa Família) a invasores de propriedades na CCJ na terça.

Um dos vice-líderes do governo na Câmara, o deputado Bacelar (PV-BA) afirmou que o colegiado está atuando como um “puxadinho da extrema-direita, um espaço para lacrar”. “Essa é uma comissão que precisa retomar o seu caminho. Fica aqui um apelo a deputada Caroline De Toni, esqueça essas aves agorentas que ficam exigindo e lhe impondo uma pauta que é contra os interesses da nação”, disse.

O deputado Paulo Magalhães (PSD-BA) disse na CCJ que a aprovação do projeto fará com que o STF interfira na discussão. “Esse projeto é flagrantemente inconstitucional. Aliás, votamos mal e convocamos o STF aqui para dentro. Está se convidando que o STF venha legislar por nós, disse.

A deputada Dandara (PT-MG) argumentou que autorizar os estados a legislar sobre armas irá criar no país “mais morte, mais crime de ódio e mais onda de violência”. “Não teremos o fortalecimento de uma política pública de segurança em todo o território nacional capaz de dar conta e, de fato, preservar a vida e frear o crime organizado.”

“Esse projeto não ajuda em nada a esse Parlamento, em nada na promoção da paz e em nada na questão da insegurança, seja de quem for “, disse o deputado Welter (PT-PR).

Parlamentares da oposição, por sua vez, defenderam a matéria e criticaram as medidas do governo Lula que restringiram o acesso a armas no país.

De Toni disse que o país é uma “república federativa só no nome, mas não na prática”. “As federações hoje não têm praticamente competência para legislar sobre os grandes temas da nação brasileira”, disse.

“Nós queremos ter o direito de escolher, ninguém está querendo armar a população. Isso não influencia em nada a questão da segurança”, afirmou o deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM).

Foto  iStock

Por Folhapress

           

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Brasil

Anvisa atende solicitação de Eduardo da Fonte e proíbe venda de cigarro eletrônico no país

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acatou a solicitação do deputado federal Eduardo da Fonte, referente ao PL 2398/2023, e manteve a proibição da venda de cigarro eletrônico no país, que pode apresentar mais de 80 substâncias tóxicas e tornar o fumante propenso ao surgimento do câncer.

Popularmente conhecido como “vape”, a Organização Mundial da Saúde (OMS) relaciona que o uso da nicotina em pessoas com menos de 20 anos pode acarretar em mais chances de se tornarem fumantes do cigarro tradicional na vida adulta. Somente no ano de 2023, segundo dados do Inca, 73.500 pessoas foram diagnosticadas com algum tipo de câncer provocado pelo uso do cigarro. Mais de 156 mil mortes poderiam ser evitadas todo ano se o tabagismo fosse rejeitado.

“É uma vitória para a saúde do povo brasileiro a proibição da venda dos cigarros eletrônicos. Os usuários destes cigarros estão mais propensos a terem AVC e infarto, além de potencializar a ansiedade, depressão, transtornos de humor e síndrome do pânico. A ilegalidade do vape no Brasil, em contraponto à permissividade em outros países, coloca o bem-estar e a qualidade de vida de todos em primeiro lugar”, justificou Eduardo da Fonte.

Apesar de já serem proibidos em todo o território nacional, esses produtos podem ser facilmente encontrados no comércio ou online. Os diretores da Anvisa justificaram na sua decisão o aumento do uso entre os jovens em países que liberaram, como os Estados Unidos; o seu potencial de dependência devido à nicotina, que pode chegar a ter cerca de 20 vezes a mais que o cigarro comum; e a ausência de pesquisas a longo prazo.

Por Alberes Xavier

           

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Brasil

CCJ aprova proibir invasores de terra de receber auxílios do governo

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A CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (23.abr.2024) um projeto de lei que impede invasores de propriedades de receberem ou de participarem de benefícios do governo, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida. O texto foi aprovado por 38 votos a favor, 8 contra e uma abstenção. A expectativa é de seguir ao plenário da Casa Baixa.

A proposta foi pautada pela presidente da CCJ, deputada Caroline de Toni (PL-SC), em resposta ao aumento de ocupações durante o chamado “Abril Vermelho” do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). O movimento realizou 31 invasões neste mês.

O projeto tem só 2 artigos e estabelce que as condições valem para condenados por “crime de invasão de domicílio” ou “esbulho possessório“, ambos determinados no Código Penal.

Além da proibição de participar de programas sociais do governo, os invasores de propriedade não poderão se inscrever em concursos públicos e serem nomeados a cargos públicos comissionados por 8 anos depois da condenação.

Por Poder 360

           

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