Nessa quinta-feira (07), o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) autorizou que a Polícia Federal abra um inquérito para investigar as irregularidades dos repasses de recursos do fundo partidário do PSL para ‘candidatas laranjas’ registradas em Pernambuco.
Segundo a nota encaminhada pela PF, a instauração de inquérito policial deverá ocorrer aproximadamente nos próximos dias e que nenhuma informação sobre o andamento das investigações serão divulgadas.
Confira a nota na íntegra:
“A PF informa que já existe autorização do TRE para instauração de inquérito policial (o que deve ocorrer nesses dias) e consequente investigação do caso envolvendo supostas irregularidades na aplicação de recursos de fundo partidário! Nenhuma informação será repassada sobre as investigações que estão em curso!”.
Investigação em Pernambuco
Candidata à deputada federal na última eleição, a secretária do PSL ficou conhecida após uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo revelar que a sua campanha recebeu R$ 400 mil de contribuição da direção nacional da legenda e apontar a suspeita de que ela tenha sido uma candidata “laranja”.
O dinheiro foi enviado, segundo a Folha, no dia 3 de outubro, quatro dias antes da eleição. Desse total, Lourdes Paixão gastou 95% em uma gráfica para a impressão de 9 milhões de santinhos e cerca de 1,7 milhão de adesivos. Ela só recebeu apenas 274 votos. Questionada, a candidata não informou o motivo do repasse e de ter sido escolhida para disputar o cargo.
Além disso, afirmou não se lembrar do nome do contador que aparece na declaração. “Recebi um valor expressivo do partido, mas acontece que quando eu vim a receber já era campanha final, entendeu, e não deu tempo para eu meu expandir”, disse. À Folha, o presidente nacional do PSL, deputado federal Luciano Bivar, atribuiu a decisão sobre o dinheiro ao ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno.
Segundo Ademar Rigueira, advogado de Lourdes, a saúde da mãe da candidata afetou diretamente a sua campanha. “Ela teve um grande problema que foi o estado de saúde da mãe dela, que se internou, e perto da campanha ficou em home care na casa dela. E logo depois da campanha, a mãe faleceu. E isso desestimulou”, explicou o advogado.
Ademar ainda explicou que o repasse feito quatro dias antes da eleição foi um dos principais fatores para a falta de visibilidade da campanha. “Uma ação discutida no Supremo estava estudando essa possibilidade, mas o Supremo só veio decidir isso muito próximo a campanha. Isso dificultou muito a campanha dela”, completou.
(Por PE notícias)
Seja sempre o primeiro a saber. Baixe o nosso aplicativo gratuito.
Siga-nos em nossas redes sociais Facebook, Twitter e Instagram.Você também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9101-6973.