Intenção do governo é adiar a declaração separatista da região.
O Tribunal Constitucional da Espanha suspendeu nesta quinta-feira (5) por medida cautelar a sessão do Parlamento da Catalunha agendada para a próxima segunda-feira (9), na qual era esperado que o governo catalão declarasse a independência do território.
A decisão ocorre após o tribunal aceitar um recurso do Partido dos Socialistas da Catalunha (PSC), contrário à separação, que argumenta que um declaração de independência na sessão parlamentar será uma agressão à Constituição.
A sessão parlamentar em questão tinha como ordem de trabalho a legitimação dos resultados do referendo de independência da Catalunha, realizado no último domingo(1), onde o “sim” ganhou com cerca de 90% dos votos.
Também nesta quinta-feira (5), o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, pediu ao presidente do governo da Catalunha, Carles Puigdemont, que anule seu projeto de independência para “evitar males maiores”.
Já o ex-presidente espanhol, José María Aznar, exigiu que Rajoy atue diante da crise política após o referendo ou, caso não consiga lidar com a situação, convoque novas eleições. Por sua vez, Puigdemont disse não ter medo de ser preso por organizar um referendo considerado proibido. ” Pessoalmente, eu não tenho medo disso”, disse Puigdemont em entrevista ao jornal alemão “Bild” publicada nesta quinta-feira (5), quando perguntado sobre sua possível prisão.
“E não estou mais surpreso com o que o governo espanhol está fazendo. Minha prisão também é possível, o que seria um passo bárbaro”, acrescentou.
No último domingo (1), a polícia espanhola usou força para tentar impedir que as pessoas votassem no referendo separatista.
Mais de 800 pessoas ficaram feridas.
Com informações da Ansa.
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