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TV estatal mostra confissão de blogueiro na Belarus; família diz que houve tortura

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O jornalista foi detido em 23 de maio, quando o avião em que viajava para a Lituânia foi interceptado e desviado para Minsk

O blogueiro belarusso Roman Protassevich, 26, foi mostrado pela emissora estatal ONT numa entrevista que, segundo sua família, foi feita sob coação. Líderes europeus, como a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, condenaram a gravação, feita na prisão. O jornalista foi detido em 23 de maio, quando o avião em que viajava para a Lituânia foi interceptado e desviado para Minsk.

As imagens deixam ver marcas roxas nos pulsos do blogueiro e ele chegou a chorar no final da entrevista, que durou uma hora e meia e foi ao ar na quinta (3). Crítico do ditador Aleksandr Lukachenko desde os 16 anos de idade, Protassevich o elogiou na TV: “Percebi que muitas coisas pelas quais Aleksandr Grigorievich [Lukachenko] é criticado são apenas tentativas de pressioná-lo e que em muitos momentos ele agiu como… um homem com bolas de aço”, disse.

O jornalista também “confessa” ter “organizado protestos contra o regime” -atividade considerada crime na Belarus. Ele diz ter decidido falar voluntariamente “para corrigir seus erros” e afirma que nenhuma maquiagem foi aplicada para esconder vestígios de tortura.

No mês passado, ele apareceu em outro vídeo divulgado pela ditadura, também se declarando culpado e desmentindo rumores de que estaria hospitalizado. Segundo seus pais e membros da oposição, o rosto de Protassevich naquele primeiro vídeo tinha sinais de espancamento cobertos por pó.

O blogueiro é ex-fundador do canal jornalístico Nexta, que foi crucial para a organização de protestos contra a reeleição -considerada fraudada- do ditador Aleksandr Lukachenko. O regime tentou desmobilizá-los bloqueando sites independentes e derrubando a internet no país, mas canais por aplicativo mantiveram os manifestantes informados.

Com a repressão crescente de Lukachenko contra jornalistas, ativistas e opositores em geral, Protassevich se exilou na Polônia no final do ano passado e, de lá, foi para a Lituânia. Lukachenko usou um caça militar para interceptar o voo em que ele seguia de Atenas para Vilnius, e desviou o avião para a Belarus, onde foi preso o blogueiro e sua namorada, a russa Sofia Sapega, 23.

As declarações do blogueiro sob custódia da ditadura contrastavam radicalmente com manifestações dadas por ele quando estava em liberdade. Protassevich disse na TV que membros da oposição belarussa eram “vermes que vivem estilos de vida luxuosos na Lituânia e na Polônia e estão na folha de pagamento desses países” – mesmo argumento usado por Lukachenko em seus discursos.

A suposta confissão levada ao ar pela TV estatal belarussa foi classificada de “completamente indigna e implausível” pelo departamento de comunicação do governo alemão, e o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido pediu punição a “todos os envolvidos na filmagem, coerção e direção da entrevista”. Analistas europeus compararam a transmissão aos julgamentos públicos espetaculares do soviético Josef Stálin nos anos 1930.

Dmitri Protassevich, pai do blogueiro, afirmou à emissora independente russa TV Rain que a entrevista do filho era pura propaganda estatal. “Estou certo de que essas são as consequências de sua permanência nas masmorras do centro de detenção, de tortura. A princípio tentaram estrangulá-lo, espancá-lo, agora ficam visíveis os traços das algemas. É assustador até imaginar”, disse. Segundo ele, a ditadura não permitiu que nem seu advogado nem médicos falassem com Protassevich, o que impede avaliar “sua real condição”.

“Conhecendo nosso filho como conhecemos, é claro que Roman não está dizendo o que pensa. Fica evidente uma luta interna entre o que ele está sendo obrigado a dizer e o que não quer dizer”, afirmou o pai do blogueiro. Para Dmitri, a ditadura pode ter chantageado o jornalista com ameaças a sua namorada, que está presa na KGB (agência de inteligência da Belarus).

Há mais de 450 presos políticos na Belarus, de acordo com consórcio de direitos humanos, e centenas de denúncias documentadas de torturas. Nesta semana, um deles cortou a própria garganta com uma caneta durante julgamento, após denunciar coerção policial para que confessasse.

Enquanto Lukachenko mantém a escalada de repressão sobre seus opositores, o Conselho Europeu oficializou nesta sexta sua “condenação veemente” à interceptação do voo em 23 de maio e à detenção do jornalista e sua namorada, para os quais “exige libertação imediata”.

A partir da 0h de sábado, fica formalizada a orientação -já seguida por alguns países- de não sobrevoar a Belarus. Companhias belarussas também ficam proibidas de passar pelo espaço aéreo da UE ou pousar em seus aeroportos. O bloco europeu ainda definirá uma quarta leva de sanções contra empresas e pessoas ligadas à ditadura.

Por Folhapress

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Indianos vão às urnas em eleição nacional

O primeiro-ministro Narendra Modi busca um terceiro mandato.

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Um número substancial de indianos vai às urnas nesta sexta-feira (19), na primeira fase da maior eleição do mundo, de acordo com autoridades. O primeiro-ministro Narendra Modi busca um terceiro mandato histórico com base em questões como crescimento econômico, bem-estar e nacionalismo hindu.

O pleito coloca o Partido Bharatiya Janata (PBJ), de Modi, contra uma aliança de duas dúzias de partidos de oposição que prometem maior ação afirmativa e mais ajuda, ao mesmo tempo em que enfatizam o que chamam de necessidade de salvar as instituições democráticas.

Três horas antes do fechamento das urnas, os números da Comissão Eleitoral mostraram que o comparecimento dos eleitores variou entre 40% no extenso estado de Bihar, no Norte do país, e 68% no pequeno estado de Tripura, no Nordeste.

“Os eleitores demonstram grande entusiasmo à medida que a votação atinge a metade do caminho”, disse um porta-voz do painel eleitoral na rede X. “Foi registrada participação substancial de eleitores.”

A primeira de sete fases, a votação desta sexta-feira abrangeu 166 milhões de eleitores em 102 distritos eleitorais em 21 Estados e territórios, de Tamil Nadu, no sul, a Arunachal Pradesh, na fronteira do Himalaia com a China.

Quase1 bilhão de pessoas no país mais populoso do mundo estão aptas a votar na eleição, que vai até 1º de junho, com os resultados previstos para 4 de junho.

“Modi voltará ao poder porque, além do impulso religioso, seu outro trabalho, em áreas como segurança e proteção, é bom”, disse Abdul Sattar, de 32 anos, um eleitor muçulmano da cidade de Kairana, no estado de Uttar Pradesh.

As pesquisas sugerem que o PBJ conquistará facilmente a maioria, embora os eleitores se preocupem com o desemprego, a inflação e as dificuldades rurais na economia de crescimento mais rápido do mundo.

Os críticos acusam o governo e o partido de Modi de mirar os 200 milhões de muçulmanos minoritários da Índia para agradar sua base hindu – acusações que ambos negam.

Modi pretende conquistar 370 das 543 cadeiras do Parlamento, ante 303 em 2019, na esperança de obter maioria de dois terços, que alguns analistas e membros da oposição temem que possa permitir que seu partido promova mudanças constitucionais de longo alcance.

A campanha do PBJ se concentra na garantia de Modi de cumprir as promessas feitas aos eleitores.

“Esta eleição não é apenas para escolher um membro do Parlamento”, disse Modi nesta sexta-feira. “É para garantir o futuro das gerações que virão depois de vocês.”

A Índia precisava de um governo “forte”, em um momento em que “nuvens de guerra pairam sobre o mundo”, acrescentou.

A vitória de Modi o tornaria apenas o segundo primeiro-ministro indiano a ser eleito três vezes consecutivas, depois do líder pós-independência Jawaharlal Nehru.

Foto Reuters / Jayanta Dey

Por Agência Brasil

           

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Adolescente de 12 anos sofre infarto e morre após ficar isolada em escola na França

Escola foi isolada após um ataque com faca numa outra escola nas redondezas.

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Uma jovem de 12 anos sofreu uma ataque cardíaco e morreu depois de a sua escola ter sido isolada, devido a um ataque com faca.

Nesta quinta-feira (18), duas meninas, de 6 e 11 anos, foram esfaqueadas em Souffelweyersheim, na França, junto a uma escola.

Depois de tomar conhecimento dos fatos, a diretora da escola emitiu um alerta para proceder ao fechamento, que foi simultaneamente efetuado por uma outra escola localizada nas proximidades.

“Os professores fizeram isso com extrema precisão e rigor e, infelizmente, esta estudante sofreu um episódio de pânico crítico que lhe provocou uma parada cardíaca”, explicou um diretor da escola, Olivier Faron.

A menina foi transportada para uma unidade hospitalar “em estado grave”. O Le Monde revelou que ela não resistiu e morreu.

“Foi socorrida por professores, que rapidamente chamaram os bombeiros. Morreu ao fim da tarde”, declarou Olivier Faron, reitor da autoridade educativa, à Agence France-Presse (AFP).

O agressor, que fontes de investigação identificam como um homem de 30 anos com problemas psiquiátricos, foi detido após o ataque.

A polícia francesa declarou que o suspeito não tem antecedentes criminais e a Procuradoria de Estrasburgo informou que os motivos do ataque permanecem desconhecidos e que não há razão para suspeitar de intenções terroristas.

Foto Getty Images/MATHILDE CYBULSKI/

Por Notícias ao Minuto

           

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Guerra Mundial: entenda riscos de um conflito entre Israel e Irã

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O risco de uma nova guerra mundial existe caso Israel revide o último ataque do Irã, o que pode arrastar o planeta para uma crise econômica de grandes proporções, segundo especialistas entrevistados pela Agência Brasil.

O mundo aguarda qual será a resposta militar de Israel ao ataque sofrido do Irã que, por sua vez, estava revidando o ataque à sua embaixada em Damasco, na Síria. Os aliados de Tel Aviv apelam, publicamente, para que o país não amplie a guerra no Oriente Médio, Já o Irã promete uma “resposta feroz”, rápida e “ainda mais dura” caso Israel revide o ataque.

O doutor em história pela Universidade de São Paulo (USP), José Arbex Junior, avalia que estamos caminhando para um cenário que, se não for contido, pode levar a uma guerra mundial.

“Quando você engaja o Irã no conflito, você está mexendo com toda a estrutura geopolítica de poder e, historicamente, os Estados Unidos mantém uma relação bastante hostil com o Irã desde pelo menos 1979, quando teve a Revolução Iraniana”, comentou.

Para o especialista, os Estados Unidos (EUA) e seus aliados vivem agora um novo impasse. “Eles não têm como entrar com tudo em uma guerra contra o Irã. Afinal, isso arruinaria a economia mundial e arruinaria as chances do [Joe] Biden se reeleger presidente dos EUA”, destacou.

Arbex lembrou que o Irã controla o Estreito de Hormuz, pequeno pedaço de oceano por onde passa boa parte do comércio mundial de petróleo. “Imagina se o Irã, em uma situação de conflito, resolve fechar o Estreito de Hormuz? O preço do barril do petróleo sobe, tranquilamente, para 150 dólares ou mais. Isso explode a economia europeia. Por isso que os europeus estão em pânico”, completou.

O professor de jornalismo da USP, que foi correspondente internacional em Moscou e Nova Iorque, citou ainda que o Irã é fundamental para economia chinesa.

“[O petróleo do Irã] é o sangue da economia chinesa. Então, se for interrompido o fornecimento de petróleo para a China, por força da guerra, não tenho dúvida nenhuma de que a China vai se alinhar com o Irã”, completou José, acrescentando que, diplomaticamente, Pequim já é próximo de Teerã.

A professora de Relações Internacionais do Ibmec de São Paulo, Natalia Fingermann, também avaliou que a guerra, hoje regional, pode escalar para uma guerra global devido ao cenário de grande instabilidade, que vem se agravando desde a Guerra na Ucrânia.

“O risco existe. Não é uma coisa totalmente distante, louca ou sem sentido nenhum. O risco existe e acho que ele nunca foi tão possível, pelo menos nos últimos 40 anos”, destacou a professora, acrescentando que há ainda o risco do uso de armas nucleares.

Fingermann lembrou que a escalada do conflito pode aumentar a inflação global, afetando todo o mundo. “[Se o conflito aumentar], vamos ter um aumento do preço do petróleo e, consequentemente, um processo de inflação global porque, querendo ou não, o petróleo ainda é a principal fonte de energia e de transporte do alimento do mundo”, acrescentou

O professor José Arbex avaliou que Israel atacou a Embaixada do Irã, em Damasco, com objetivo de envolver Teerã no conflito para, com isso, tentar trazer os EUA para mais perto de Tel Aviv.

O especialista argumentou que Israel estava isolado internacionalmente e, internamente, o governo vinha sofrendo pressões pela saída do primeiro-ministro, Benjamim Netanyahu, que corre o risco ser preso se deixar o poder. Além disso, citou a econômica do país, parcialmente paralisada pela guerra, como outro fator preocupante para Israel.

“Netanyahu jogou todas as fichas no agravamento do conflito com o Irã para puxar apoio dos Estados Unidos, que ele estava perdendo por causa das eleições nos EUA.” Ele acrescentou que Gaza tem afetado a perspectiva eleitoral de Biden.

A professora Natalia Fingermann lembrou que, oficialmente, Israel justificou o ataque contra a embaixada do Irã para desarticular o apoio que do país ao Hezbollah, grupo do Líbano em conflito na fronteira Norte de Israel. Porém, ela avaliou que Netanyahu teve outros ganhos com o envolvimento direto do Irã.

“Primeiro, ele tira o foco sobre Gaza, que sai da pauta internacional, e ele volta a ter apoio internacional e doméstico. Então, em certa medida, ele consegue fazer a sua manutenção de poder”, resssaltou.

Fingermann disse ainda que a entrada do Irã pode ter consequências negativas para causa palestina. Para a especialista, Netanyahu foi quem mais tirou vantagem na nova situação.

“Quando todos os grandes aliados de Israel, como Estados Unidos, França e Inglaterra, param de olhar para Gaza e focam mais no Irã, a gente tem, assim, o receio de que aquela população fique abandonada.”

Para o professor José Urbex, a questão palestina se fortalece, pois mostra que eles não estariam sozinhos contra Israel. Ele citou ainda a manifestação da presidente da União Europeia, Ursula von der Leyen, que, apesar de condenar o Irã, pediu que a questão palestina seja resolvida.

“Não é por acaso que ela faz uma declaração dessa. O Irã demonstrou que, se essa coisa prosseguir e a guerra prevalecer, a coisa vai ficar muito feia”, disse. Além disso, Arbex avaliou que o ataque do Irã revelou certa fragilidade de Israel, que precisou dos aliados para conter os drones de Teerã.

“[Ajudaram Israel] os Estados Unidos, Inglaterra, Jordânia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e a fragata francesa, que está estacionada lá perto. O que sobrou para Israel fazer? Sobrou pouquíssima coisa. Israel é integralmente dependente desses aliados externos”, acrescentou.

Fonte: Agência Brasil.

 

           

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