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Um mês após vulcão e tsunami, ‘besuntado de Tonga’ alerta para lenta recuperação do país

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O cenário é consequência da erupção do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha’apai, em 15 de janeiro, localizado a cerca de 65 km ao norte da capital, Nukualofa, que provocou um tsunami de 1,2 metro, segundo o Escritório de Meteorologia australiano

Um mês depois de um tsunami ter destruído boa parte de Tonga, o país ainda contabiliza seus danos. Há gargalos no fornecimento de água e itens de socorro, a comunicação ainda opera em níveis insuficientes, parte da população perdeu a fonte de renda e a chegada da Covid-19 motivou um severo lockdown.

O cenário é consequência da erupção do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha’apai, em 15 de janeiro, localizado a cerca de 65 km ao norte da capital, Nukualofa, que provocou um tsunami de 1,2 metro, segundo o Escritório de Meteorologia australiano. A erupção durou oito minutos e foi tão forte que foi ouvida “como um trovão distante” a mais de 800 km de distância, disseram autoridades das ilhas Fiji na ocasião.

A ilha de Hunga Tonga-Hunga Ha’apai praticamente desapareceu após a explosão, de acordo com as imagens de satélite capturadas cerca de 12 horas depois da erupção, tornando difícil para os vulcanologistas monitorar a atividade em andamento.

Foram três vítimas em Tonga: uma mulher de 65 anos em Mango, um homem de 49 em Nomuka e uma britânica de 50 anos que morreu tentando salvar seu cachorro. As altas ondas do tsunami impactaram ainda as comunidades pesqueiras de Japão, Estados Unidos e Peru -onde duas pessoas morreram.

Pita Taufatofua, atleta de taekwondo que ficou conhecido nas Olimpíadas de Rio-2016 e Tóquio-2020 como “besuntado de Tonga” e realizou uma campanha para angariar fundos destinados à recuperação do país, diz à Folha, por mensagem, ser “um milagre absoluto” o número de mortes ser relativamente baixo.

Filho do governador das ilhas Ha’apai, ele estava na Austrália no momento da erupção -o atleta se reveza entre os dois países. Sua família mora em regiões menos impactadas pelo tsunami e sofreu apenas danos materiais. Até agora, sua campanha já arrecadou 833,5 mil dólares australianos (R$ 3,1 milhões) da meta de 1 milhão.

Taufatofua relata que o país vem se recuperando muito lentamente, com as telecomunicações operando em níveis básicos, pois o cabo submarino ainda está danificado, e áreas atingidas, principalmente as ilhas Ha’apai e parte de Tongatapu, estão destruídas. “As outras áreas onde o tsunami não atingiu apenas foram danificadas pelas cinzas, e as chuvas recentes começaram lentamente a limpar isso.”

Essas cinzas têm impedido ainda a operação de voos de repatriação de e para Tonga, que devem ser retomados nesta terça-feira (15), de acordo com o Escritório Nacional de Gerenciamento de Emergências (Nemo, na sigla em inglês).

Nas regiões mais impactadas, comunidades enfrentam ainda dificuldades para obter renda, segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha, na sigla em inglês). Pescadores como Fangupo Latu, 74, tiveram seus barcos destruídos pelo tsunami, assim como a maioria das pessoas em sua aldeia, relata a agência da ONU.

A comunidade vivia da venda diária de peixes e hoje, mesmo quem conseguiu manter seus instrumentos de trabalho não tem ido pescar devido aos avisos de toxicidade, conta Latu, em referência a temores relacionados às cinzas do vulcão.

Para auxiliar nessa questão, cerca de US$ 354 mil (R$ 1,8 milhão) do Fundo Especial para Atividades de Emergência e Reabilitação foram destinados para Tonga por meio da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). O Comitê Nacional de Gerenciamento de Emergências de Tonga também aprovou um financiamento para apoiar uma redução no custo das licenças de pesca em alto mar.

A Ocha, no entanto, aponta ainda desafios de médio e longo prazo em recuperação e segurança alimentar, além de uma preocupação sobre o retorno às aulas. À medida que os esforços de limpeza avançarem, as escolas serão reabertas, mas há o risco de muitas famílias não poderem pagar as taxas exigidas.

Mesmo assim, a entidade diz que a maioria das necessidades de emergência foram ou estão sendo atendidas, embora ainda existam alguns gargalos no fornecimento de água e outros itens de socorro, principalmente em ilhas periféricas e outras áreas remotas -Tonga é um arquipélago formado por 170 ilhas, 36 das quais inabitadas.

Outra dificuldade já presente no país da Oceania é a chegada da Covid-19. Segundo dados do Our World in Data, de 2 a 13 de fevereiro, Tonga contabilizou 72 casos de Covid-19. Antes disso, o arquipélago havia registrado apenas um caso confirmado, em 29 de outubro do ano passado. O maior salto no número de infecções seu deu nos últimos sete dias, quando os pacientes com coronavírus saltaram de 7 para 73.

A chegada da Covid levou a um severo lockdown, até o dia 20 de fevereiro, na ilha principal Tongatapu, que inclui a capital, e em Vava’u –outros lugares já suspenderam a medida. Sob o bloqueio, lojas e serviços essenciais só podem abrir às terças e sextas-feiras, das 6h às 18h, para as pessoas reabastecerem suas casas.

“O povo já passou por muita coisa e agora a Covid está por todas as ilhas”, afirma Taufatofua. “O número de pessoas infectadas cresceu massivamente, o que é muito triste em um país tão pequeno, e os líderes estão fazendo o melhor que podem, apesar das circunstâncias difíceis.”

As amostras do vírus testadas na Austrália confirmaram a disseminação no país da variante ômicron, mais contagiosa. Apesar do aumento de casos, há uma boa cobertura de imunização: 60,6,% da população está com esquema vacinal completo, de acordo com o Our World in Data.

Há ainda, no entanto, um desafio maior e de longo prazo para Tonga. O país ocupa o terceiro lugar no WorldRiskIndex 2021 entre aqueles com o maior risco de desastres naturais em todo o mundo, atrás apenas de Vanuatu e Ilhas Salomão.

Com os eventos climáticos extremos se multiplicando por cinco nos últimos 50 anos, o arquipélago fica em situação ainda mais vulnerável. “Eu vi o nível do mar subir ao longo dos anos… é muito triste”, relata o “besuntado”. “Estamos tentando conscientizar, mas infelizmente grande parte da mentalidade ao redor do mundo é: ‘nós só vamos nos preocupar com isso quando acontecer conosco’. Bem, está acontecendo.”

Em vista da calamidade, a Austrália prometeu gastar US$ 500 milhões (R$ 2,6 bi) até 2025 para fortalecer as mudanças climáticas e a resiliência a desastres no Pacífico, com foco especial nas ilhas de Tonga. Para Taufatofua, porém, as medidas adotadas por líderes mundiais não têm sido suficientes.

“É difícil para nós estarmos na linha de frente dos impactos, mesmo sem contribuir com quase nada para os danos climáticos”, diz o atleta. “A mudança climática induzida pelo homem é real. Já chegou e afetará a todos.”

Por Folhapress

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Aliado de Trump compara Biden a tio Paulo, cadáver levado ao banco no RJ

O ativista Ryan Fournier comparou o cadáver ao atual presidente americano, o democrata Joe Biden.

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O caso da mulher que tentou sacar um empréstimo de R$ 17 mil com um parente que estava morto, no Rio de Janeiro, já havia ganhado repercussão internacional, mas agora entrou até na campanha para a eleição presidencial dos Estados Unidos. O ativista Ryan Fournier, apoiador do republicano Donald Trump, comparou o cadáver ao atual presidente americano, o democrata Joe Biden.

Fournier comentou em um vídeo compartilhado na rede social X que mostra o momento em que Erika de Souza Vieira Nunes, 43, tentava fazer o idoso, que não tinha reação, a assinar um documento para formalizar o empréstimo.

“Faça-o presidente”, escreveu Fournier no comentário, em referência irônica a Biden.

Embora a frase publicada por Founier também possa ser associada a Trump, uma vez que ela estampa uma série de acessórios com a imagem do ex-presidente, é possível deduzir que o ativista se referia a Biden, 81, em seu comentário –o democrata tem sido alvo de críticas e questionamentos sobre sua idade avançada na corrida eleitoral.

Apoiador ferrenho de Trump, Founier é cofundador do grupo “Students for Trump”, de apoio ao ex-presidente. Em novembro, ele chegou a ser detido após acusações de agressão contra uma mulher, mas pagou fiança e foi liberado, segundo a rede americana CBS.

O caso do cadáver na agência bancária vem ganhando manchetes mundo afora. Nunes, que afirma ser sobrinha da vítima, foi presa em flagrante. A defesa da mulher afirma que o homem estava vivo quando chegou ao banco, e a polícia investiga como e quando ele morreu. O episódio aconteceu em Bangu, na zona oeste do Rio, em uma agência do Itaú que fica dentro de um shopping.

A mulher foi presa por suspeita de fraude e vilipêndio de cadáver, crime contra o respeito aos mortos, previsto no artigo 212 do Código Penal brasileiro, com pena de 1 a 3 anos de prisão, além de multa.

O laudo do IML (Instituto Médico Legal) aponta que Paulo Roberto Braga, 68, morreu entre 11h30 e 14h da última terça. Assim, não é possível afirmar se a morte ocorreu antes de o homem entrar na agência ou se ele faleceu quando já estava no local.

Na corrida eleitoral americana, a idade tem sido um dos pontos centrais da disputa. Tanto Biden quanto seu adversário Donald Trump, 77, lidam com questionamentos sobre a idade em ano de eleição. Caso vença o pleito, o atual presidente terá 86 anos no fim de um possível segundo mandato, enquanto Trump encerraria com 81 anos.

Enquanto o democrata tem sido cada vez mais questionado sobre o assunto, Trump não enfrenta o mesmo impacto político. Segundo uma pesquisa da NBC divulgada em setembro de 2023, quase 60% dos eleitores americanos afirmam que a saúde de Biden é uma grande preocupação.

Durante a campanha, Trump tem provocado o democrata por conta de sua idade. Em janeiro, o republicano divulgou um anúncio falso que se referia à Casa Branca como um lar de idosos, onde os residentes se sentem presidentes.

Trump e Biden estão tecnicamente empatados na disputa, de acordo com pesquisa feita pelo New York Times e o Siena College divulgada neste sábado (13). Os resultados mostram que 46% dos entrevistados votariam no republicano se o pleito para decidir o novo chefe da Casa Branca fosse realizado naquele momento. Outros 45% dizem que sua escolha seria o democrata Biden. Os 8% restantes estão indecisos.

Foto Getty

Por Folhapress

           

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Milhares de pessoas são retiradas de área de vulcão na Indonésia

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Milhares de pessoas são retiradas de casa nesta quinta-feira (18) pelos serviços de emergência da Indonésia devido ao risco de tsunami, caso os destroços provocados pelo vulcão em erupção na ilha de Ruang caiam no mar.

As autoridades anunciaram a retirada de 11 mil pessoas da área próxima do vulcão, que inclui a ilha de Tagulandang, onde vivem cerca de 20 mil pessoas, e que se situa perto de Ruang, uma pequena ilha na província de Celebes, no Norte do país, em área isolada do arquipélago.

O vulcão Ruang registrou cinco erupções desde terça-feira e projetou uma nuvem de cinzas com mais de um quilômetro de altura, obrigando o Ministério dos Transportes a suspender as operações no Aeroporto Internacional de Manado, localizado a mais de 100 quilômetros de distância.

A cratera do vulcão voltou a expelir lava durante a madrugada de hoje, o que levou as autoridades a elevar o nível de alerta para o mais alto numa escala de quatro.

Na ilha de Tagulandang, as casas estão cheias de buracos causados pela queda de rochas vulcânicas. Os moradores se preparam para sair, pelo menos temporariamente, sendo que alguns tentaram fugir durante a madrugada, em pânico.

“Ontem [quarta-feira] à noite, as pessoas fugiram por conta própria, em desordem, devido à erupção do vulcão e aos materiais – pequenas pedras – que caíram”, disseram as autoridades em comunicado.

Uma equipe de cerca de 20 pessoas está retirando os moradores que vivem ao longo da costa, levando-os em barcos insufláveis para locais seguros.

Mais de 800 pessoas tinham sido transferidas de Ruang para Tagulandang após a primeira erupção, na noite de terça-feira.

“Os moradores da ilha Tagulandang, especialmente aqueles que residem perto da praia, devem estar alerta para o risco de projeções de rochas incandescentes, nuvens de fogo e de ‘tsunami’ causados pelo colapso de destroços do vulcão no mar”, avisou o diretor da Agência de Vulcanologia da Indonésia, Hendra Gunawan, em nota.

Em 2018, a cratera do vulcão Anak Krakatoa, localizado entre as ilhas de Java e Sumatra, desabou parcialmente durante uma erupção, provocando um tsunami que matou mais de 400 pessoas.

As autoridades também esvaziaram uma prisão de Tagulandang, transportando 17 presos, 11 funcionários e 19 moradores de barco até o porto marítimo de Likupang, no norte da ilha de Sulawesi.

A retirada foi solicitada pelo diretor da prisão porque a instalação fica em frente ao vulcão, disse um socorrista.

Moradores e turistas foram aconselhados a se manter a pelo menos seis quillômetros do vulcão.

A Indonésia está localizada no chamado Anel de Fogo do Pacífico, onde o encontro das placas continentais causa atividade vulcânica e sísmica significativa. O país tem quase 130 vulcões ativos.

Fonte: Agência Brasil

 

 

           

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Em Paris, uso de bicicleta já supera o de carro como meio de transporte

Os resultados do estudo, divulgados no começo deste mês, apontam que 11,2% dos parisienses utilizam bicicleta para deslocamentos na cidade, frente a só 4,3% que fazem uso de carro.

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Pela primeira vez, a bicicleta superou o carro como meio de transporte favorito dos parisienses, segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Paris Região (IPR), um consórcio de empresas públicas e privadas da região da capital francesa.

Os resultados do estudo, divulgados no começo deste mês, apontam que 11,2% dos parisienses utilizam bicicleta para deslocamentos na cidade, frente a só 4,3% que fazem uso de carro.

Os dois métodos preferenciais continuam sendo o deslocamento a pé (53,3%) e o transporte público (30%).

A bicicleta também supera o carro no deslocamento entre Paris e os subúrbios mais próximos, com 14% contra 11,8%. O estudo, divulgado em 4 de abril, indica ainda que 66,1% dos moradores da capital da França usam transporte público, e 5,5% caminham para se deslocar.

Em sua conta no X (ex-Twitter), o prefeito-adjunto para a transformação dos espaços públicos e mobilidade de Paris, David Belliard, compartilhou a pesquisa e se mostrou contente com os resultados obtidos dentro do plano de modificação da cidade para se tornar mais verde.

“Agora é oficial: atualmente, há mais deslocamentos por bicicleta do que por carro na cidade de Paris, no momento dos Jogos Olímpicos! É o objetivo que nós havíamos fixados dentro do plano #vélo [nome dado ao programa da prefeitura]”, disse.

Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 começam em 26 de julho. De acordo com o comitê organizador do evento, os visitantes poderão chegar aos locais de competição por ciclovias. A prefeitura vai disponibilizar mais de 2.000 bicicletas elétricas.

A pesquisa do IPR teve duas metodologias. A primeira consistiu na captação por GPS (dados de deslocamento por satélite) da movimentação, por sete dias, de 3.337 moradores da região da Île-de-France (onde fica Paris) com idade de 16 a 80 anos. Os dados analisados corresponderam ao período de outubro de 2022 a abril de 2023.

Depois, os pesquisadores realizaram inquéritos sociodemográficos com os participantes por telefone para confirmar as preferências de deslocamento dos parisienses. Essa etapa durou de maio a outubro de 2023.

Além da constatação da preferência pela bicicleta na cidade, quase um quinto (18,9%) dos deslocamentos feitos na hora do pico da manhã (de 6h às 9h de segunda a sexta-feira) entre o centro parisiense e a periferia (na chamada “pequena cintura”) foi de bicicleta, contra 6,6% de carro.

No mesmo período, para os deslocamentos dentro da própria capital, 42,7% disseram usar o transporte público, 36,6% o deslocamento a pé e 15,5% bicicleta -e só 5% carro.

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, também celebrou o anúncio, em sua conta no Instagram: “Em Paris, a bicicleta deixa o carro para trás!”.

Em uma entrevista ao jornal Financial Times em 2023, Hidalgo destacou como uma meta ambiciosa da sua gestão conseguir reduzir a dependência de carro dos parisienses, com o objetivo de melhorar a mobilidade urbana e também fazer um aceno para a adaptação frente à crise climática.

O plano para a transformação da cidade de Paris teve duas etapas. A primeira, de 2015 a 2020, contou com investimento de € 150 milhões (cerca de R$ 825 mi) e teve como objetivo ampliar em 1.094 km a malha de ciclovias na capital até 2021, além de criar vias expressas conectando a região da Île-de-France.

Houve também um aumento de 47% dos usuários de bicicleta na cidade.

A segunda etapa, lançada em 2021, traz a meta de tornar Paris 100% adaptada a bicicletas até 2026. Para isso, houve outros € 100 milhões (cerca de R$ 550 mi) de investimento. Está prevista a ampliação de mais 180 km de ciclovias, sendo 130 km em novas faixas e 52 km de restauração de vias já existentes.

O objetivo agora é ampliar o acesso a ciclovias também na região metropolitana de Paris. Segundo a pesquisa do IPR, nessas áreas o uso do carro ainda é maior do que o de bicicletas.

Além da construção de ciclovias, a Prefeitura de Paris também tem dado incentivos fiscais para moradores comprarem motos e carros elétricos. Entre as estratégias estão a redução de impostos, estacionamento gratuito para donos desses veículos na região central e dezenas de postos de carregamento espalhados pela cidade.

Para Belliard, tais ações comprovam a preocupação da prefeitura com a adaptação para a crise climática. “Isso demonstra a transição rápida de modo de vida que a população de Paris passou, a adoção de uma nova prática de transporte, a bicicleta, no dia a dia de uma cidade que se adapta para as mudanças climáticas”, escreveu ele em sua conta no X.

O Plano Clima 2024-2030 de Paris, lançado em dezembro do último ano, prevê que 100% das emissões de gases de efeito estufa sejam neutralizadas até 2050. A expectativa é conseguir reduzir as emissões em até 50% até o final desta década.

De 2004 a 2021, a administração de Paris afirma ter reduzido em 36% as emissões locais (que incluem o consumo energético residencial, as emissões de transportes e da cadeia produtiva e industrial). A transformação da rede de transportes urbanos provocou uma queda de 60% na emissões de gases de efeito estufa, com aumento da frota de ônibus elétricos e restrição de circulação de carros.

O estudo do IPR foi produzido em conjunto com o governo da região da Île-de-France, os conselhos dos quatro departamentos periféricos de Paris (Seine, Marnes, Yvelines, Essone e Val-d’Oise), a Prefeitura de Paris, as empresas de transporte público SNCF (trens), RATP (ônibus e metrô), Transdev, Keolis e RATP Cap Île-de-France, a concessionária de estrada Vinci Autoroutes e o Instituto IFP de Energias Renováveis (IFPEN), com apoio da Direção Regional Interdepartamental de Meio Ambiente, Moradia e Transportes da Île-de-France.

Foto Getty

Por Folhapress

           

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