
O Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), um dos maiores eventos culturais do Nordeste, virou palco de polêmica neste ano. A gestão do prefeito Silvaldo Albino (PSB) tem sido duramente criticada por isolar o público em pleno evento popular e usar dinheiro público para montar um camarote exclusivo para seus convidados, afastando o povo — que é quem banca a festa — da área mais próxima ao palco principal.
Com grades e seguranças, o espaço VIP se tornou símbolo de uma segregação que tem incomodado não apenas os moradores da cidade, mas também os visitantes que se deslocaram até o Agreste de Pernambuco para prestigiar o festival. Muitos relatam frustração ao verem áreas privilegiadas destinadas apenas a políticos, empresários e aliados do prefeito, enquanto o cidadão comum é mantido à margem.
A revolta chegou até os artistas. O cantor Zeca Baleiro (@zbaleiro), um dos nomes que se apresentou no FIG, não ficou calado e criticou abertamente a separação durante sua apresentação, demonstrando solidariedade ao público. “Essa festa é do povo, e o povo tem que estar na frente, vibrando, não atrás de grades”, teria dito o artista, em um desabafo que foi aplaudido pela plateia.
A atitude da prefeitura levanta questionamentos sobre o real objetivo do festival: celebrar a cultura pernambucana ou servir de vitrine para elites e políticos? Em um momento em que a democracia e o acesso à cultura devem ser fortalecidos, o prefeito Silvaldo Albino parece caminhar na contramão, elitizando uma festa que historicamente pertence à população.
A exclusão promovida pela gestão municipal mancha o espírito do FIG e acende o alerta para a necessidade de mais respeito com quem, de fato, mantém viva a cultura: o povo.

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