Alvo de representação que será analisada pelo Conselho de Ética e na lista dos parlamentares que podem ser suspensos pelo motim que impediu o trabalho da Câmara Federal por mais de 30 horas, o deputado Marcos Pollon (PL-SC) se defendeu nas redes sociais dizendo que é autista e que, por isso, não estava entendendo o que acontecia no momento em que o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) tentou retomar a cadeira para comandar a sessão da última quarta-feira, 6.
Pollon e o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) foram os últimos parlamentares a deixarem o espaço no momento em que Motta tentou assumir sua função para iniciar os trabalhos.
“Estão dizendo que ele (Marcel van Hattem) sentou na cadeira do Hugo Motta e que ele me incentivou a ficar lá. Isso é mentira. Olhem as imagens. Eu sou autista e não estava entendo o que estava acontecendo ali naquele momento”, argumentou Pollon.
O vídeo traz um trecho de um momento anterior em que ele diz para o colega do Novo: “Eu não entendi. Não vou sair”.
Segundo a versão de Pollon, ele afirmou que pediu que Marcel van Hattem o acompanhasse até lá para orientá-lo.
“E eu sentei na cadeira do Hugo Motta e ele sentou ao meu lado pois é uma pessoa que eu confio. E falei: ‘Me orienta pois pelo que nós combinanos haveria um rito para a desocupação do espaço e esse combinado não foi cumprido. Nós desceríamos antes que o presidente subisse”, afirmou.
Segundo Pollon, “Marcel estava lá como uma pessoa para dar suporte para um autista”. Apesar disso, o deputado admitiu que havia um acordo para não desocupar o espaço sem uma resposta ao pleito da anistia aos golpistas do 8 de janeiro.
“Várias vezes, pelo vídeo que eu fiz, você pode ver eu falando que eu não estava entendendo e só sairia dali, e deixei isso bem claro, só sairia dali quando nós tivéssemos uma resposta positiva para as vítimas do 8 de janeiro”, afirmou. Com informações do Estadão Conteúdo.