Iniciativa conjunta do portal Movimento Econômico e Sudene, o seminário “Conexões Transnordestina – A Ferrovia que Mudará Pernambuco” chega a Petrolina nessa quarta-feira, 13, após a estreia em Salgueiro no dia 24 de julho. O encontro acontecerá no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), das 9h às 13h, com objetivo de estimular o debate sobre os impactos econômicos e logísticos do ramal Salgueiro-Porto de Suape da Ferrovia Transnordestina.
Na cidade-polo do Vale do São Francisco será discutida a criação do ramal ferroviário Petrolina-Salgueiro, cujos estudos de viabilidade serão conduzidos pela UFPE, em acordo firmado com a Sudene no seminário de estreia em Salgueiro. A análise deve ser entregue pela universidade à autarquia até o primeiro semestre de 2026.
No seminário em Petrolina devem ser analisados os traçados, custos e impactos socioambientais de um ramal ligando Petrolina até o entroncamento da Transnordestina em Salgueiro. Uma rota que facilitaria o escoamento da produção agrícola do Vale do São Francisco, integrando a hidrovia do Rio São Francisco à ferrovia e ligando a fruticultura irrigada aos portos de Suape-PE e Pecém-CE.
Os estudos desse projeto foram iniciados no início da década de 1990, mas acabaram interrompidos em 1992 por falta de recursos. A retomada busca atualizar o projeto da Transnordestina, respondendo às transformações urbanas e econômicas na região nas últimas três décadas.
O tema será debatido por Guilherme Coelho, presidente da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados; André Luís Rodolfo, diretor de Empreendimentos da Infra S. A.; Alfredo Gomes, reitor da Universidade Federal de Pernambuco; Guilherme Cavalcanti, secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco; Rafael Amorim, professor de Estradas e Transportes do Curso de Engenharia Civil da Univasf; além de representantes da sociedade civil organizada e poder público.
Ramal da Transnordestina em Pernambuco
Com previsão de conclusão até 2029, o novo ramal da Ferrovia Transnordestina que corta Pernambuco de Salgueiro a Suape tem investimento estimado em R$ 3,5 bilhões. A obra está sob a responsabilidade da Infra S. A. e já apresenta avanços nos projetos básicos, estudos técnicos e licenciamentos. Quando estiver em funcionamento, a estrada de ferro pode transformar Pernambuco em um eixo logístico de escoamento da produção agroindustrial, energética e mineral do Nordeste.
Por Chico Gomes
