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Ramal da Transnordestina entre Petrolina e Salgueiro pode impactar toda a economia do Vale do São Francisco

Lideranças do Vale do São Francisco se reuniram, nesta quarta-feira, 13, em Petrolina, para debater a viabilidade de um ramal ligando Petrolina a Salgueiro, entroncamento da Ferrovia Transnordestina no Sertão Central. Para os participantes do seminário Conexões Transnordestina – A Ferrovia que Mudará Pernambuco, o ramal pode impactar toda a economia do Vale do São Francisco. O evento é uma iniciativa do portal Movimento Econômico, com patrocínio da Sudene e do Governo de Pernambuco e ocorreu na sede do CDL de Petrolina.

“O ramal ferroviário Petrolina-Salgueiro vai gerar negócios para um futuro promissor. O nosso interesse é ter um plano de trabalho para que esse ramal e o trecho Salgueiro-Suape saiam do papel e integrem o Nordeste a outras infraestruturas”, disse o coordenador geral de Estudos e Pesquisas, Avaliação e Tecnologia e Inovação da Sudene, José Farias, que foi um dos debatedores do evento.

A Sudene fez um convênio com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) para atualização dos estudos técnicos do trecho ferroviário entre Petrolina e Salgueiro. “A nossa intenção é finalizar este estudo ainda este ano”, comenta o reitor da UFPE, Alfredo Gomes, que também participou do seminário como debatedor.

O estudo vai mostrar os custos do trecho Salgueiro-Petrolina, os impactos ambientais, entre outras informações que serão usadas, posteriormente, nos futuros projetos básico e executivo do ramal Petrolina-Salgueiro. Alfredo informou também que localizou o projeto original, com mais de 250 caixas do trecho Petrolina-Salgueiro e que as informações serão digitalizadas. O trecho Petrolina-Salgueiro começou a ser implantado no início da década de 1990, mas foi paralisado por falta de recursos em 1992. Só chegou a ser realizada uma parte da terraplenagem.

A ferrovia e o Vale do São Francisco

Também debatedor no evento, o consultor em fruticultura Júnior Silvestre disse que o Vale do São Francisco “tem grandes oportunidades de crescimento”. No ano passado, o Vale exportou cerca de US$ 480 milhões em frutas. O executivo argumenta que a melhoria da logística – com a implantação do trecho férreo Salgueiro-Petrolina “potencializaria” toda a economia da região.

Ele argumentou que a ferrovia também impactaria os insumos comprados pelos produtores do Vale. “Somos um importador de embalagens. Se elas vierem pelo trem isso se traduz em mais competitividade”, comentou, acrescentando “é muito importante ter outras opções de logística”.

A intermodalidade e as vantagens que isso pode trazer ao Vale do São Francisco e a Pernambuco também foi a tônica do debate, sendo abordado na apresentação do professor da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) Rafael Amorim Viana. “A China é barata porque tem complementaridade entre os modais. No Brasil, 61% do transporte depende do modal rodoviário”, comentou. O rodoviário é o meio de transporte mais caro.

Licitação das obras do ramal Salgueiro-Suape sairá no segundo semestre

O diretor de Empreendimentos da Infra. S. A., André Luís Ludolfo, confirmou que o edital para a licitação das obras do trecho Salgueiro-Suape da Transnordestina vai ser publicado no segundo semestre deste ano. Cerca de 38% dos 544 km do trecho estão concluídos. O primeiro trecho a ser licitado vai ser o de 73 km, o lote SPS 4, entre Custódia e Arcoverde.

Ludolfo disse que a TLSA enviou os projetos para a Infra e que também serão aproveitados os licenciamentos ambientais feitos pela antiga concessionária, do SP1 ao SP7, que vão de Salgueiro até o município de Belém de Maria, na Mata Sul.

Os projetos executivos que estão sendo elaborados são os trechos SP8, de Belém de Maria a Ribeirão, e o SP9, que vai de Ribeirão ao Porto de Suape. “Estamos cumprindo tudo que é necessário para que esta obra seja linear e comece com tudo que é necessário”, resumiu Luiz Adolfo. A previsão da Infra é de que as obras do trecho Salgueiro-Suape sejam concluídas até 2029 e a estimativa é de que o empreendimento custe R$ 3,5 bilhões.

Atualmente, a Ferrovia Transnordestina está com o trecho Eliseu Martins-Pecém em obras com financiamentos aprovados pela Sudene, enquanto o trecho Salgueiro-Suape está com as obras paralisadas desde 2016.

Petrolina foi o segundo encontro do Seminário Conexões Transnordestina. O terceiro será em Araripina, nesta sexta-feira (15). Depois o projeto itinerante vai passar por mais quatro cidades: São Bento do Una, Belo Jardim, Caruaru e Recife.

Fonte: Portal Movimento Econômico

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