A deputada estadual Dani Portela (PSOL) aguarda apenas a janela partidária abrir, em março de 2026, para se filiar ao PT. Mas diante do racha escancarado entre a parlamentar e sua atual sigla, aliados de Portela temem que a associação aos petistas seja a oportunidade que o PSOL espera para pedir o mandato, usando o argumento de infidelidade partidária.
Com direito a vestido vermelho, Dani esteve ao lado dos deputados petistas Doriel Barros e Rosa Amorim nos compromissos do presidente Lula (PT) em Pernambuco na última quinta (14), um dia depois da publicação da nota do PSOL que levou o racha à mídia. Foi o maior aceno que fez à sua futura filiação até o momento.
A deputada evita fazer qualquer declaração direta a uma troca de partido justamente para não fundamentar um entendimento de infidelidade a sua atual legenda, visto que sua suplente na Assembleia Legislativa (Alepe) é a vereadora do Recife Jô Cavalcanti. Ex-deputada estadual pelo coletivo Juntas e pré-candidata ao Senado em 2026, ela integra a Revolução Solidária – corrente majoritária do PSOL.
A tendência, que tem a direção estadual do partido com o presidente Samuel Herculano, está por trás da nota publicada, na última quarta-feira (13), acusando Dani de não participar da vida interna do partido, de construir alianças envolvendo deputados do PL na Alepe, e de exonerar pessoas de seu mandato que teriam se negado a trocar o PSOL pelo PT. A corrente Subverta, do pré-candidato a governador Ivan Moraes, também referendou a nota.