Candidato republican, Donald Trump, foi entrevistado durante fórum sobre a segurança na quarta-feira (7) (Foto: Evan Vucci/ AP)
O candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, elogiou com insistência na quarta-feira (7) as qualidades como líder do presidente russo, Vladimir Putin, e considerou que eram muito superiores às de seu colega americano, Barack Obama.
“Estimo que teria uma relação muito boa com Putin (…) Foi um líder, muito mais que o nosso presidente”, disse o milionário, em uma defesa muito maior do que as que fez no passado em relação ao russo.
“Não foi o presidente russo que invadiu a Crimeia e apoia Bashar al-Assad na Síria?”, perguntou a Trump o jornalista da NBC, Matt Lauer. Trump respondeu: “Você quer que eu comece a enumerar as coisas que o presidente Obama fez neste mesmo tempo?”.
Em conferência no Laos, Obama considerou a declaração de Trump completamente “inaceitável e ultrajante”.
Reação de Hillary
A candidata presidencial democrata Hillary Clinton considerou “aterrador” o que Trump disse.
“Curiosamente outra vez (Trump) elogiou Vladimir Putin como homem forte da Rússia. Dando surpreendentemente o passo de preferir o presidente russo invés de nosso presidente americano, não apenas é antipatriótico e insultante para os habitantes de nosso país e nosso comandante-em-chefe, é aterrador”, declarou na pista do aeroporto de White Plains (estado de Nova York).
Hillary também declarou que a perseguição ao chefe do grupo Estado Islámico (EI), Abu Bakr al-Bagdadi, deve ser “uma prioridade absoluta”.
“Deter Al-Bagdadi exige esforços ao mais alto nível, mas isso enviaria uma forte mensagem: ninguém pode dirigir ou planejar ataques contra os Estados Unidos e ficar impune”, declarou.
Debate
A três semanas de um primeiro debate muito esperado, e a dois meses das eleições que designarão o sucessor de Obama, Donald Trump compartilhou o mesmo cenário de televisão – embora não no mesmo momento – com a candidata democrata Hillary Clinton.
No início da semana, Hillary expressou sua profunda inquietação pelas “graves” interferências de Moscou nas eleições presidenciais americanas.
Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, participou de conferência de encerramento de Asean, no Laos (Foto: Jonathan Ernst/ Reuters)
(Da France Presse)