Ao contrário do período em que era aliada, Lyra não apontará recursos vultosos para Festa de Setembro. Luciano Duque faz defesa e acusa gestão de desorganizada ao elaborar projetos.
A ida de Raquel Lyra a Serra Talhada nesta quinta para o Ouvir Para Mudar inaugura o novo modelo de relação da gestão estadual com o governo da prefeita Márcia Conrado, que após um período como “aliada chave no Sertão”, definiu pelo apoio ao socialista João Campos.
Segundo Josenildo Barbosa, Presidente da Fundação Cultural de Serra Talhada, o governo Raquel Lyra não contribuiu financeiramente nem institucionalmente com o evento.
“A Prefeitura de Serra Talhada está fazendo todo esse esforço está sendo feito sem qualquer patrocínio do Governo do Estado. Nem um centavo, nem da Fundarpe, nada. A Fundação Cultural encaminhou diversos ofícios solicitando apoio e, até agora, não obtivemos nenhuma resposta positiva. Isso é uma falta de respeito”, reclamou.
Pouco mais de um ano atrás, antes das notícias de rompimento político, de abril desse ano, Márcia Conrado ia às redes celebrar que as atrações eram bancadas graças à Raquel Lyra.
“Acabei de receber uma ligação onde a nossa governadora Raquel Lyra libera para Serra Talhada além de Limão Com Mel, Solange Almeida para completar nossa festa dia 5. Espero todos vocês lá”, comemorou Márcia em 5 de maio do ano passado, nos preparativos para a Emancipação. Na festa de setembro do ano passado, também houve suporte estadual
Agora, pão e água. Na imprensa, o Deputado Luciano Duque culpou a desorganização na elaboração de projetos da gestão Márcia e apontou os problemas enfrentados na organização do evento.
Duque até revelou o ofício de Josenildo, que pedia atrações como Wesley Safadão, Eric Land, Felipe Amorim, Tarcísio do Acordeon, Simone Mendes, Zé Vaqueiro, Leonardo e Rey Vaqueiro.
Duque chegou a apontar o prazo do ofício, mas convenhamos, isso nunca foi problema quando Márcia e Raquel era aliadas.
Por outro lado, Márcia expõe a governadora através de aliados já antecipando o ambiente eleitoral. Mas sabia das dificuldades de acesso após seu reposicionamento político.
O episódio praticamente confirma que não haverá clima para a presença da prefeita no Ouvir Para Mudar, nesta quinta-feira. Havia dúvidas sobre sua presença. Agora, há quase certezas de que a prefeita não vai.
O fato é que o fechar de portas do Estado gera um desafio para a gestão: manter o nível da programação recorrendo a outras fontes de financiamento, sem comprometer as contas municipais. Emendas parlamentares seriam um caminho.
Quanto à governadora, um recado óbvio: ela tem priorizado apoio a prefeitos alinhados politicamente, como no circuito Pernambuco Meu País, presente na sua ampla maioria em cidades cujos gestores têm alinhamento político. Nenhuma novidade.
Por Nill Junior

