A CPMI do INSS vota nesta quinta-feira (11/9) uma lista de 406 requerimentos. Quatro deles têm alto potencial de desgaste para o governo Lula (PT): são os pedidos relativos ao Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos, o Sindnapi.
A entidade tem como vice-presidente o sindicalista José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão mais velho do presidente da República.
Há dois requerimentos para a quebra de sigilo, apresentados pela deputada Adriana Ventura (Novo-SP) e pelo senador Izalci Lucas (PL-DF).
Outros dois requerimentos, de autoria do senador Marcos Rogério (PL-RO) e de Izalci Lucas, pedem ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que encaminhe à CPMI do INSS os relatórios de inteligência financeira (RIFs) que eventualmente tenham sido feitos sobre o Sindnapi.
Como mostrou a coluna Andreza Matais, dirigentes do Sindnapi usavam uma empresa de familiares, chamada Gestora Eficiente LTDA, para receber comissões toda vez que um aposentado tinha desconto em seu benefício do INSS em nome da entidade.
Entre 2020 e 2023, a firma, controlada pelo marido da coordenadora jurídica do Sindicato, Tonia Galleti, e à esposa de Milton “Cavalo” Souza, presidente do sindicato, faturou ao menos R$ 4,1 milhões em repasses feitos pelo próprio Sindnapi, pelo banco BMG e pela seguradora Generali.
Nesse mesmo período, a arrecadação da entidade com descontos saltou de R$ 23 milhões para R$ 154,7 milhões — um aumento de 563,9% —, puxada por um acordo com o BMG que gerou milhares de filiações suspeitas.
Por @mataisandreza / metropoles
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