A busca por um atendimento mais eficiente e de qualidade impulsiona hospitais públicos a adotarem modelos inovadores de gestão. Uma alternativa cada vez mais presente no Sistema Único de Saúde (SUS) é a gestão compartilhada com Organizações Sociais de Saúde (OSS). Atualmente, mais de 2,5 mil hospitais públicos no país, o que representa cerca de 40% da rede, utilizam esse modelo.
A gestão compartilhada permite que o governo estabeleça parcerias com instituições privadas para administrar unidades públicas de saúde. Esses contratos definem metas, alocação de recursos, critérios de qualidade e os resultados esperados.
Além de aliviar a responsabilidade da gestão pública na administração de um hospital, o modelo oferece maior autonomia para a instituição parceira. Essa autonomia abrange a gestão de recursos, desde a compra de equipamentos até a contratação de profissionais, simplificando processos burocráticos como licitações e concursos públicos.
Indicadores de desempenho são utilizados para avaliar o progresso do hospital no atendimento à população. Entre eles, destacam-se a taxa de ocupação, a renovação de leitos, o tempo médio de internação e a taxa de infecção hospitalar. Este modelo tem se mostrado expressivo, com mais de 50 OSS credenciadas para gestão hospitalar apenas na cidade de São Paulo. Instituições renomadas, como o Einstein, o Sírio-Libanês e o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, já atuam na administração de hospitais públicos.
Outra iniciativa público-privada é o Programa de Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), que visa capacitar serviços públicos em áreas como telessaúde em regiões remotas, gestão de dados e otimização dos processos de atendimento.
