A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) foi palco de intensos debates sobre o andamento de obras públicas. Em resposta às críticas da oposição sobre atrasos nas obras de creches estaduais, deputados da bancada governista, incluindo Socorro Pimentel e Antonio Moraes, cobraram explicações sobre a situação de projetos conduzidos pela administração municipal do Recife, liderada pelo prefeito João Campos.
O deputado Antonio Moraes questionou especificamente o atraso na conclusão de diversas obras na capital, como a Orla de Boa Viagem, a Ponte Giratória, o Hospital da Criança e o Parque Eduardo Campos. Moraes enfatizou o tempo de gestão do atual prefeito, no segundo mandato, contrastando com o período de governo de Raquel Lyra e os avanços na recuperação de rodovias. Socorro Pimentel, líder do governo na Alepe, reforçou as cobranças e mencionou a existência de aditivos contratuais que estariam prolongando o prazo de conclusão dessas obras.
Ainda durante a sessão, Socorro Pimentel acusou o PSB de antecipar o debate eleitoral e de atrasar a aprovação de projetos de interesse do governo estadual, citando o caso de um pedido de empréstimo que teria levado meses para ser aprovado. Em contrapartida, o deputado Sileno Guedes defendeu o papel da oposição em cobrar agilidade do governo estadual e negou as acusações de obstrução.
A troca de acusações entre os parlamentares governistas e da oposição sinaliza um acirramento do clima político na Alepe. Embora outros deputados já tivessem mencionado obras da Prefeitura em atraso, os questionamentos de Antonio Moraes e Socorro Pimentel trouxeram maior amplitude ao debate. A expectativa é que a disputa entre governo e oposição intensifique as discussões no legislativo pernambucano.
O debate entre governo e oposição tem atraído mais parlamentares às reuniões plenárias da Alepe. Sessões que antes se limitavam ao pequeno expediente, com tempo limitado para cada orador, agora se estendem até o grande expediente, com ampla participação e apartes dos dois lados.