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Governadores de oposição se reúnem no Rio para articular aprovação de PL que equipara facções a terroristas

Governadores de oposição se reúnem, hoje, com o do Rio de Janeiro. Ideia é formar frente para articular a aprovação de PL que dá novo enquadramento às facções

Depois de um encontro virtual, ontem, os governadores de oposição vão hoje ao Rio de Janeiro reunir-se com Cláudio Castro e, pessoalmente, prestar solidariedade ao chefe do Executivo fluminense. A ideia é marcar posição contra o governo federal e deixar claro que apoiam incursões nos mesmo moldes da que foi realizada, na terça-feira, nos complexos do Alemão e da Penha contra integrantes do Comando Vermelho (CV), e cujo saldo foi a morte de 121 pessoas — quatro delas policiais.

A principal ausência será a do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que deve mandar como seu representante o vice-governador Felício Ramuth. A reunião está marcada para as 18h, no Palácio Guanabara, sede do governo fluminense.

Os oposicionistas devem seguir a sugestão do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), para formar uma frente a fim de pressionar o Congresso a aprovar o projeto de lei que equipara as facções criminosas a grupos terroristas. O Palácio do Planalto é contrário à proposta por enxergar na atuação do CV e do Primeiro Comando da Capital (PCC) — as duas maiores organizações criminosas do país — apenas motivação financeira, não tendo qualquer conexão ideológica ou política.

Para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a melhor alternativa seria a aprovação da Proposta de Emenda à Constitucional (PEC) da Segurança Pública, que tramita desde abril no Congresso. Os governadores de oposição, porém, rejeitam a PEC por considerarem que perdem poder sobre as polícias — crimes interestaduais ficariam sob a coordenação da Polícia Federal (PF).

Os governadores de oposição têm como respaldo à tese de classificar o PCC e o CV como terroristas uma reunião, em maio, entre membros do governo Trump e do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A pasta, porém, rechaçou a sondagem dos norte-americanos, que pediram tal categorização para as duas facções.

Por Didi Galvão

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