BRASÍLIA – O governo federal manifestou preocupação com o relatório apresentado por um parlamentar sobre o projeto de lei antifacção, sinalizando a intenção de adiar a votação da proposta. A administração federal pretende destacar o que considera falhas substanciais no texto em questão.
Entre os pontos de maior apreensão, o governo acredita que o relatório contém elementos que podem ser interpretados como um ataque direto à Polícia Federal. Existe um receio de que o conteúdo, da forma como está redigido, possa enfraquecer a atuação da instituição no combate ao crime organizado.
A estratégia do governo, ao apontar supostos problemas no texto, visa ganhar tempo para promover um debate mais aprofundado sobre o tema. O objetivo é garantir que a legislação, ao ser aprovada, seja eficaz no combate às facções criminosas sem, no entanto, comprometer o trabalho das forças de segurança ou gerar potenciais injustiças.
A expectativa é que, com o adiamento da votação, seja possível construir um texto mais equilibrado e que atenda às necessidades de segurança pública sem abrir margem para interpretações equivocadas ou colocar em risco o trabalho da Polícia Federal e de outros órgãos de combate ao crime. O governo busca um amplo diálogo com o parlamento para refinar a proposta.

