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Acusado de ordenar morte de PM, Marcola tem processo parado há 20 anos

O Brasil vive um contraste gritante entre a rapidez das ações policiais e a lentidão do sistema de Justiça. Enquanto o Rio de Janeiro executou, em outubro deste ano, uma das maiores operações de sua história recente, um processo crucial contra Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), segue paralisado há quase 20 anos no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Ele é suspeito de coordenar um dos ataques mais letais de São Paulo. A onda de violência, em 2006, resultou na morte de 59 agentes públicos e em rebeliões em 74 presídios paulistas.

Fontes de órgãos de segurança ouvidas pela coluna apontam que a estagnação de um processo dessa relevância, que envolve o principal líder da maior facção criminosa do país, expõe a dificuldade do Judiciário em dar respostas rápidas a casos estratégicos.

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Marcola: líder do PCC é levado a hospital de Base no DF sob forte esquema de segurança

Hugo Barreto/Metrópoles
@hugobarretophoto

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Marcola: líder do PCC é levado a hospital de Base no DF sob forte esquema de segurança

Hugo Barreto/Metrópoles
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Marcola saindo do Hospital de Base

Arquivo cedido ao Metrópoles

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Marcola, líder do PCC, ordenou morte de autoridades caso fosse transferido

Arquivo pessoal

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líder máximo do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola

Reprodução

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Líder do PCC, Marcola foi mentorado de Mauricio Hernández Norambuena

Hugo Barreto/ Metrópoles

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Marcola cumpre pena na Penitenciária Federal de Brasília

Rafaela Felicciano/Metrópoles

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Marcola, líder do PCC

Hugo Barreto/Metrópoles

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Ao menos 90 policiais foram mobilizados para a escolta do preso

Hugo Barreto/Metrópoles

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Marcola estava em Porto Velho e foi transferido para a Papuda

Hugo Barreto/Metrópoles

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Equipes de policiais contaram com integrantes de diferentes corporações e grupamentos

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Marcola está na penitenciária federal de Brasília desde janeiro de 2023

Hugo Barreto/Metrópoles

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Equipes usaram helicóptero para transportá-lo da penitenciária ao hospital

Vinicius Schmidt/Metrópoles

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Marcola está preso há 26 anos

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Agente do Gaep usa um dos fuzis IMBEL 7,62 Parafal durante transferência de Marcola para Brasília

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Detento passou por exames de rotina

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Marcola está detido na Penitenciária Federal de Brasília

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Marcola: líder do PCC é levado a hospital no DF sob forte esquema de segurança

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Marcola escoltado no Hospital Regional do Gama (HRG)

Hugo Barreto/Metrópoles

O processo

O processo judicial, que tramita desde setembro de 2006, imputa a Marcola o papel de mandante do assassinato do policial militar Nelson Pinto e da tentativa de homicídio contra o PM Marcelo Henrique dos Santos Moraes, em Jundiaí.

Os crimes ocorreram em 12 de maio de 2006, na explosão de violência que marcou a resposta do PCC à transferência de seus líderes, incluindo Marcola, para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).

Naquele dia, dois policiais foram atacados a tiros enquanto patrulhavam a Rua Senador da Fonseca. Nelson Pinto morreu na hora; seu parceiro sobreviveu.

A denúncia do Ministério Público de São Paulo afirma que Marcola e Júlio César Guedes de Moraes, o “Julinho Carambola”, “determinaram a todos os seus integrantes que matassem policiais civis e militares e demais autoridades a partir de 12 de maio”. A ordem, segundo o MPSP, foi repassada a células da facção em Jundiaí.

Com base nisso, o líder do PCC foi denunciado por homicídio qualificado e tentativa de homicídio, ambos a serem julgados pelo Tribunal do Júri. Quase 20 anos depois dos ataques, o caso permanece sem sentença definitiva.

A ação está parada no STJ, após um pedido de vistas apresentado por uma das partes.

Em 2023, a Justiça paulista chegou a revogar a prisão preventiva de Marcola no caso Jundiaí por excesso de prazo. Ele não foi solto porque cumpre outras penas.

A posição da defesa

Em nota, o advogado de Marcola, Bruno Ferullo, criticou a lentidão da Justiça e afirmou que o processo viola princípios constitucionais, entre eles o da razoável duração processual.

Segundo a defesa, manter um procedimento pendente por tantos anos configura “pena antecipada”, afronta o princípio da presunção de inocência e pode levar à prescrição ou nulidade do caso.

Fonte: Metropole

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