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Política

Candidatos mudam estratégias de segurança após ataque a Bolsonaro

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Quatro candidatos tiveram o número máximo de agentes da PF disponíveis aumentado de 21 para 25 já nesta semana

Na semana seguinte ao atentado contra o candidato do PSL ao Planalto, Jair Bolsonaro, durante um evento de campanha em Minas Gerais, outros presidenciáveis optaram por mudar, de forma discreta, seus esquemas de segurança em agendas públicas.

Os quatro candidatos que, além de Bolsonaro, tinham solicitado proteção da Polícia Federal – Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT) e Álvaro Dias (Podemos) – tiveram o número máximo de agentes da PF disponíveis aumentado de 21 para 25 já nesta semana.

A decisão tinha sido anunciada pelo diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, em reunião no último sábado (8).

Além do maior efetivo, no entanto, algumas campanhas, como a de Marina, optaram por redobrar a cautela nas atividades de corpo a corpo em locais públicos.

Em uma caminhada no sábado (8) na movimentada rua 25 de Março, em São Paulo, a principal preocupação de sua equipe era manter livre o espaço à frente de Marina. O receio era que a aglomeração se fechasse em torno dela, causando tumulto ou impedindo a presidenciável de avançar.

O número de policiais que a acompanham foi aumentada de 13 para 25, em esquema rotativo. Geralmente, apoiadores e membros da Rede auxiliam na tarefa de fazer um cordão humano para proteger a candidata e manter o espaço em torno dela sob controle. Auxiliares dizem, no entanto, que manifestações hostis são raras.

Tanto na 25 de Março quanto na caminhada que ela fez no centro de Belo Horizonte na quarta-feira (12), os trajetos foram encurtados em relação ao previsto inicialmente.

Membros da campanha têm dito que as mudanças de roteiro não estão associadas a protocolos de segurança, mas ao relógio. Como a agenda da presidenciável é cheia e ela depende de voos comerciais nos deslocamentos, atrasos podem prejudicá-la. No avião, aliás, Mariana viaja com uma agente da PF.

Segundo a reportagem apurou, também após o ataque, o candidato Álvaro Dias ligou para um policial federal para pedir informações sobre o preparo de agentes que faziam a sua escolta.

No caso de Fernando Haddad (PT), a mudança na segurança foi feita após a oficialização da sua candidatura, na última terça (11). Antes, ele tinha apenas um segurança em sua equipe, além dos assessores pessoais que costumavam o acompanhar em todas as agendas -então como vice na chapa do ex-presidente Lula.

Quando a candidatura foi autorizada por Lula, mais três seguranças foram incorporados à comitiva, nenhum da PF. Segundo auxiliares, não há restrição de local para a realização de eventos de campanha, desde que cumpram os procedimentos usuais de segurança.

Os candidatos Geraldo Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT), que estão embolados no segundo lugar com Marina e Haddad, dizem não ter reforçado sua segurança.

“Olha aqui a minha segurança: é o povo, governador, deputado, senador, deputada”, disse Ciro, ao ser questionado em uma caminhada em Mauá (SP), na segunda (10), se aumentaria os cuidados após Bolsonaro ter sido agredido.

Alckmin também afirmou que não reforçaria sua segurança para não restringir o contato com o povo. “O lado bom da política são as pessoas”, justificou na segunda enquanto tomava um café em uma padaria em Pinheiros. Um dos policiais militares que se revezam nas suas agendas públicas o observava de longe.

A campanha do tucano, porém, privilegia encontros em ambientes fechados. O candidato faz algumas caminhadas ao ar livre, mas seu contato com a população se dá mais nas paradas para o cafezinho.

Dono de uma fortuna de R$ 377 milhões, Henrique Meirelles (MDB) preferiu dispensar, durante a campanha, a oferta de escolta da PF, ficando apenas com os dois guarda-costas particulares que o acompanham há anos. Ele também optou por não contratar mais seguranças após o ataque a Bolsonaro.

Houve, contudo, rearranjos na logística das caminhadas de campanha na última semana. A proteção ficou mais ostensiva e os motoristas do candidato e de sua mulher, Eva Missine, passaram a fazer um cordão de braços dados com os seguranças para seguir andando atrás do casal.

Por Folhapress.

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Política

‘É preciso parar de ter filhos’: falas polêmicas de Lula desagradam mulheres e derrubam aprovação no segmento

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Historicamente apoiadoras de Lula, as mulheres têm mostrado descontentamento com o governo e com a postura do petista, seja por falas machistas ditas de improviso em seus discursos ou relacionadas à alta dos preços dos alimentos. 

A queda na avaliação positiva do governo nesse grupo, mostrada pelas últimas pesquisas Genial/Quaest e Datafolha, combina com a conclusão do levantamento da consultoria Gobuzz: as mulheres, que representam 52% do eleitorado, foram impactadas por declarações do presidente, como a que ele diz que é um amante da democracia, “porque, na maioria das vezes, os amantes são mais apaixonados pela amante do que pelas mulheres”. Ou quando, ao comentar sobre aumento dos casos de agressão doméstica em evento no Palácio do Planalto, disse que “depois de jogo de futebol, aumenta a violência contra a mulher. Inacreditável. Se o cara é corintiano, tudo bem”.

A Gobuzz levantou 80.809 comentários nas redes sociais da Meta e no X que mencionam Lula. Dentro dessa amostra, a consultoria selecionou as menções a frases ditas pelo presidente que mais repercutiram e que foram direcionadas a mulheres.

Segundo o levantamento da Quaest divulgado no mês passado, o índice de aprovação do governo, além de cair cinco pontos percentuais no público em geral (de 52% para 47%), diminuiu no segmento feminino: 49% das entrevistadas afirmam agora aprovar o governo, contra 54% em dezembro.

A tendência de queda também apareceu na última pesquisa Datafolha, que mostrou que o percentual do eleitorado que considera Lula 3 ótimo ou bom caiu 11 pontos em apenas dois meses, de 35% para 24%. Entre as mulheres, a parcela que vê o governo positivamente caiu 14 pontos, de 38% para 24%.

‘Não vai resolver de um dia para o outro’

Próxima a Lula e indicada na sexta-feira para assumir o lugar de Alexandre Padilha na articulação política do governo, a presidente nacional do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann afirma que o governo terá a resolução dessa questão como prioridade.

— Não vai resolver de um dia para o outro, mas podemos confiar em quem já conseguiu, em dois anos, reduzir o desemprego ao menor nível e retomar o aumento real do salário e da renda das famílias — disse Gleisi. — Não conheço uma liderança que tenha se empenhado tanto quanto Lula no reconhecimento e promoção do espaço político feminino. As eleições da primeira mulher presidenta do Brasil e da primeira presidenta do PT estão diretamente associadas a ele. Isso é muito importante do ponto vista simbólico, num país de tradição patriarcal e machista.

A Gobuzz levantou 80.809 comentários nas redes sociais da Meta e no X que mencionam Lula. Dentro dessa amostra, a consultoria selecionou as menções a frases ditas pelo presidente que mais repercutiram e que foram direcionadas a mulheres.

Segundo o levantamento da Quaest divulgado no mês passado, o índice de aprovação do governo, além de cair cinco pontos percentuais no público em geral (de 52% para 47%), diminuiu no segmento feminino: 49% das entrevistadas afirmam agora aprovar o governo, contra 54% em dezembro.

A tendência de queda também apareceu na última pesquisa Datafolha, que mostrou que o percentual do eleitorado que considera Lula 3 ótimo ou bom caiu 11 pontos em apenas dois meses, de 35% para 24%. Entre as mulheres, a parcela que vê o governo positivamente caiu 14 pontos, de 38% para 24%.

Matéria completa: https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2025/03/02/e-preciso-parar-de-ter-filhos-falas-polemicas-de-lula-desagradam-mulheres-e-derrubam-aprovacao-no-segmento.ghtml

Por O Globo

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Política

Barroso decide que Dino, Moraes e Zanin julgarão Bolsonaro por suposta tentativa de golpe

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, negou os pedidos feitos pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para impedir a participação do ministro Alexandre de Moraes, do advogado Cristiano Zanin e do ministro Flávio Dino no julgamento da Primeira Turma da Corte. Bolsonaro foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suposto envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado.

Além de Bolsonaro, Barroso também indeferiu pedidos semelhantes feitos pelos advogados do ex-ministro Walter Braga Netto e do general da reserva Mario Fernandes, que solicitaram a suspeição de Moraes e o impedimento de Flávio Dino, respectivamente.

O pedido de Bolsonaro baseava-se em declarações controversas feitas por Dino, que em 2022 afirmou que Bolsonaro não era “apenas um seguidor do demônio, mas o próprio demônio”. Dino também fez afirmações em 2023, considerando Bolsonaro como “o representante do diabo”, em um discurso onde afirmou ser cristão e acreditava que o ex-presidente encarnava o mal. Tais declarações foram usadas pela defesa de Bolsonaro como argumento para questionar a imparcialidade de Dino no julgamento.

No entanto, Barroso manteve a composição da Primeira Turma do STF, rejeitando as ações de suspeição e impedimento dos magistrados. Alem deles, compõe o bloco os ministros Luiz Fux, como também a ministra Cármen Lúcia.

Por Conexão Política

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Política

Moraes diz que Braga Netto tem acesso a provas e nega mais prazo

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta sexta-feira (28) pedido dos advogados do general Braga Netto para ampliar o prazo para apresentação de defesa sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) envolvendo o inquérito do golpe.

Braga Netto, o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros investigados foram denunciados pela trama golpista para impedir o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na petição enviada a Moraes, o advogado José Luiz de Oliveira disse que a defesa necessita de prazo dobrado de 30 dias para se manifestar nos autos. O prazo dado pelo ministro é de 15 dias, está previsto na legislação e termina no dia 7 de março. Segundo a defesa, o material a ser analisado tem cerca de 70 gigabytes e 1.400 arquivos.

O advogado também afirmou que não teve acesso à íntegra da delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. A defesa de Braga Netto também quer apresentar sua manifestação após a defesa de Cid.

Ao analisar o pedido, Alexandre de Moraes disse que a defesa de Braga Netto possui amplo acesso às provas documentadas nas investigações e as que constam na denúncia da PGR.

“Mais uma vez, não assiste razão à defesa, que, parece, não ter consultado os autos”, afirmou o ministro.

Prisão

Em dezembro do ano passado, Braga Netto foi preso por determinação de Alexandre de Moraes.

Segundo as investigações da Polícia Federal (PF), o general da reserva e vice na chapa de Bolsonaro em 2022 estaria obstruindo a investigação sobre a tentativa de golpe. 

A PF identificou que o general, indiciado por ser um dos principais articuladores do plano golpista, tentou obter dados sigilosos da delação de Mauro Cid.

Após a prisão, a defesa negou que Braga Netto tenha obstruído as investigações.

Fotos: Rovena Rosa/Agência Brasil e Reprodução YouTube/TV Brasil

Por Agência Brasil

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