O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, assumiu o controle exclusivo das investigações envolvendo o Banco Master — alvo da Operação Compliance Zero — e decretou sigilo absoluto sobre o processo. 
A decisão, tomada em 3 de dezembro de 2025, retira a competência da Justiça Federal e do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), determinando que qualquer nova diligência dependa de autorização prévia da Corte. 
Poucos dias antes, Toffoli viajou a Lima num jato privado — segundo reportagem — ao lado de advogados que atuam para o Banco Master, com destino a assistir à final da Libertadores envolvendo seu clube de coração. 
A proximidade com pessoas diretamente ligadas ao caso imediatamente reacendeu críticas sobre conflito de interesses, especialmente diante da blindagem conferida ao processo.
O grau de sigilo agora imposto torna praticamente impossível o acompanhamento público dos desdobramentos: nem mesmo as iniciais dos investigados ou a tramitação aparecem no sistema do STF. 
Especialistas e veículos de imprensa já alertam que a combinação de mudança de foro, sigilo total e proximidade do relator com envolvidos no caso compromete a transparência e mina a confiança no sistema judiciário. 
Com o caso transformado em uma espécie de “caixa-preta institucional”, resta saber se haverá pressão pública e política para que os detalhes sejam revelados — ou se o processo seguirá à sombra do sigilo, longe do escrutínio social.

