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Saúde

Por que o intestino é considerado nosso ‘2º cérebro’ e outros 5 fatos surpreendentes sobre o órgão

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Os médicos acreditam cada vez mais que a função do nosso sistema digestivo vai muito além de processar a comida que ingerimos. Nesta reportagem, apresentamos 7 dados sobre o intestino que explicam por que sua saúde é chave para o bem estar geral do corpo.

Ele tem mais neurônios que a espinha dorsal e age independentemente do sistema nervoso central.

Do que estamos falando?

Certamente, o intestino não foi a primeira opção em que você pensou ao analisar a pergunta, mas trata-se dele – e é justamente por isso que muitos o consideram de “o segundo cérebro” do corpo.

Esse cérebro “independente” em nossas entranhas e sua complexa comunidade microbiana influem no nosso bem-estar geral.

Assim, os médicos acreditam cada vez mais que a função do nosso sistema digestivo vai muito além de simplesmente processar a comida que ingerimos. E mais, eles estão investigando se ele poderia ser usado para o tratamento de doenças mentais ou do sistema imunológico.

A BBC conversou com a doutora Megan Rossi, especialista australiana em saúde intestinal, para descobrir por que devemos prestar mais atenção às nossas barrigas. Aqui, apresentamos alguns fatos surpreendentes sobre o nosso “segundo cérebro”:

1. Um sistema nervoso autônomo

“Diferente de qualquer outro órgão do corpo, nosso intestino pode funcionar sozinho. Tem sua própria autonomia para tomar decisões, não precisa que o cérebro lhe diga o que fazer”, explica a doutora Rossi.

O que “governa” o intestino é o chamado sistema nervoso entérico (SNE), que é uma “sucursal” do sistema nervoso autônomo do corpo – o responsável por controlar diretamente o sistema digestivo.

Esse sistema nervoso se estende pelo tecido que reveste o estômago e o sistema digestivo, e possui seus próprios circuitos neurais.

Embora funcione de forma independente, ele se comunica com o Sistema Nervoso Central (SNC) através dos sistemas simpático e parassimpático.

2. 70% das células do nosso sistema imunológico vivem no intestino

Segundo Rossi, isso torna a saúde do nosso intestino a chave para nossa imunidade às doenças.

A especialista diz que as pesquisas mais recentes indicam que, se você tem problemas intestinais, é mais provável que seja mais vulnerável a doenças comuns, como uma gripe, por exemplo.

3. 50% das fezes são bactérias

Não são apenas restos de comida: aproximadamente metade de nossas fezes é formada por bactérias.

Muitas dessas bactérias são boas, e por isso os transplantes de fezes podem ser uma forma de tratamento vital para alguns pacientes com um microbioma intestinal debilitado.

Por outro lado, ainda falando em fezes, a BBC perguntou a Rossi com que frequência é normal ir ao banheiro.

A especialista respondeu que, segundo pesquisas, é considerado normal defecar de 3 vezes ao dia até 3 vezes por semana.

4. Quanto mais diversificada a dieta, mais diversificado é o microbioma

Em nosso intestino vivem trilhões de micróbios, que gostam de diferentes alimentos.

Esses micróbios são fundamentais para a digestão porque sua atividade permite que nosso corpo absorva certos nutrientes dos alimentos.

“Eu gosto de dizer que os micróbios são como os nossos bichinhos de estimação internos, então, você deve cuidar deles e alimentá-los”, diz a especialista.

Diferentes micróbios prosperam com diferentes alimentos e, por isso, o microbioma intestinal melhora com uma dieta diversificada.

Um microbioma rico e variado está associado a uma maior saúde intestinal, segundo Rossi, e, por consequência, a um bem estar geral maior.

Por outro lado, as pessoas que sempre comem as mesmas coisas têm um microbioma mais pobre.

5. Seu intestino está ligado aos seus níveis de estresse e ao seu estado de ânimo

Se você tem problemas intestinais, segundo Rossi, “algo fundamental que precisa fazer é obsevar a quanto estresse você está submetido”.

“Na minha prática clínica eu sempre digo aos pacientes que façam 15 ou 20 minutos por dia de meditação. Depois de fazer isso todos os dias durante quatro semanas, e transformar em hábito, vejo que apenas com isso os sintomas já melhoram.”

Então, “desestressar é muito, muito importante”, diz a especialista.

Também é interessante pensar que a maior parte da serotonina do corpo, estima-se que uma proporção de 80% a 90%, é encontrada no trato gastrointestinal.

A serotonina é um neurotransmissor que afeta muitas funções corporais, como o peristaltismo intestinal – o movimento involuntário que o intestino faz para empurrar o bolo alimentar e permitir que a digestão aconteça no lugar certo.

Ela também está associada a muitos transtornos psiquiátricos. Sua concentração pode ser reduzida pelo estresse e influencia o humor, a ansiedade e a felicidade.

Vários estudos com seres humanos e animais têm mostrado evidências sobre diferenças encontradas no microbioma intestinal de pacientes com transtornos mentais, como a depressão.

Por isso, uma área incipiente de investigação psiquiátrica tem a ver com a prescrição de “psicobióticos”: em essência, um coquetel probiótico de bactérias saudáveis, para melhorar a saúde mental.

6. Se você teme os efeitos de algum alimento e o consome… cuidado

É verdade que há alguns intestinos mais sensíveis do que outros, mas, de acordo com a dra. Rossi, pesquisas recentes surpreendentes sugerem que, se você tem medo de um determinado alimento e o come, pode desenvolver sintomas fisicamente.

“Na clínica, vejo constantemente como as crenças podem desencadear problemas intestinais.”

Há muitas pessoas que acreditam, às vezes por causa de uma moda passageira, que o glúten ou a lactose irão prejudicá-las, sem que tenham realmente uma alergia ou intolerância.

7. Você pode melhorar sua saúde digestiva e o seu microbioma intestinal

Veja abaixo, de acordo com Megan Rossi, alguns caminhos possíveis para melhorar sua saúde intestinal:

  • Siga uma dieta diversificada para diversificar o microbioma intestinal;
  • Reduza o nível de estresse, fazendo meditação, relaxamento, mindfulness (atenção plena) ou ioga;
  • Se você já tem sintomas de algum problema intestinal, é melhor evitar álcool, cafeína e comidas apimentadas – eles podem agravá-lo;
  • Tente dormir melhor: um estudo mostrou que, se você muda ou interrompe o relógio biológico alterando seus padrões de sono, também prejudica seu intestino.

Por BBC

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Saúde

Campanha Nacional de Vacinação Influenza contra é ampliada

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A vacinação contra a Influenza foi ampliada e agora todas as pessoas com idade a partir 6 meses já podem se vacinar.

A vacina está disponível em todos os municípios pernambucanos. Não perca tempo e proteja-se contra a gripe e também de possíveis complicações que podem surgir com a doença.

           

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Saúde

Recife amplia vacinação para todas as pessoas acima de seis meses

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A Secretaria de Saúde do Recife expandiu a oferta da vacina contra a Influenza para a população não imunizada a partir dos seis meses de idade nesta quinta-feira (2). Antes, o imunizante estava disponível somente para pessoas com comorbidades e grupos prioritários.

As vacinas já estão disponíveis em 170 salas, que estão nas unidades de saúde da família, unidades básicas tradicionais e policlínicas, e em cinco centros de vacinação instalados nos shoppings centers Recife, RioMar, Tacaruna e Boa Vista, além do Centro Médico Senador José Ermírio de Moraes, em Casa Forte. Confira todas as salas de vacinação no link: bit.ly/SalasDeVacinação.

A ampliação foi autorizada pelo Ministério da Saúde nessa quarta-feira (1º). “Essa medida busca não apenas fortalecer a imunização da população em geral, mas também contribuir significativamente na redução da morbidade e mortalidade associadas à gripe, especialmente durante períodos sazonais de maior incidência de doenças respiratórias”, explica a gerente do programa de imunização do Recife, Nádia Carneiro.

Contudo, a recomendação é que seja mantida a prioridade para os grupos mais vulneráveis a complicações da gripe: gestantes, puérperas, idosos, crianças menores de cinco anos e pessoas com comorbidades ou condições clínicas especiais.

A vacina contra influenza é atualizada anualmente para proteger contra as cepas mais recentes do vírus da gripe, demonstrando eficácia contra os tipos H3N2, H1N1 e Influenza tipo B neste ano. É importante ressaltar que indivíduos com doenças febris agudas, moderadas ou graves, assim como casos confirmados de covid-19, devem adiar a vacinação até a total recuperação, seguindo as recomendações médicas.

O esquema vacinal varia de acordo com a faixa etária. Para essa primeira fase da campanha, ela é administrada em dose única. Já para crianças de 6 meses a menor de 6 anos, que serão incluídas na campanha posteriormente, são necessárias duas doses, a depender do esquema vacinal do ano anterior. Crianças nessa faixa etária que já tomaram esse imunizante antes só precisam de uma aplicação.

A Secretaria de Saúde do Recife recomenda que os usuários levem um documento de identificação, a carteira de vacinação e o cartão SUS (se tiverem esses dois últimos).

Atualmente a cobertura da campanha, que iniciou com grupos prioritários no dia 13 de março, está em 28,58%. A meta preconizada pelo Ministério da Saúde é de 90% da população até o fim da campanha, 31 de maio de 2024.

SINTOMAS E ORIENTAÇÕES

Fonte: JC

 

           

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Saúde

Cigarros eletrônicos e agrotóxicos são desafios na prevenção do câncer

De acordo com o Inca, são estimados 32.560 casos novos de câncer de traqueia, brônquios e pulmão para cada ano do triênio de 2023 a 2025. Eles ocupam a quarta posição entre os tipos de câncer mais frequentes.

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De acordo com projeção do Inca (Instituto Nacional do Câncer), em cerca de dez anos o país deverá chegar a um milhão de novos casos de câncer. A estimativa atual, para cada ano do triênio 2023-2025, está em 704 mil.

Para inverter a tendência e diminuir a incidência da doença no país, que é uma das metas da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer -lei 14.758, sancionada em dezembro de 2023-, é necessária a prevenção. Roberto de Almeida Gil, diretor geral do Inca, conversou com jornalistas sobre o tema na 3ª edição do Global Fórum, promovido pelo Instituto Lado a Lado pela Vida. O evento aconteceu nos dias 24 e 25 de abril, em Brasília.

Segundo Gil, que também é oncologista, membro da American Society of Clinical Oncology, da European Society of Clinical Oncology e do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais, somente de 10% a 12% dos cânceres são hereditários. A maioria é de causas esporádicas, mutações adquiridas ao longo da vida.

“A gente quer diminuir a incidência com a lei. Como é que faz isso? Com prevenção. Por isso que enfatizamos tanto a prevenção. Como é que eu reduzi a incidência e mortalidade por câncer de pulmão? Com a diminuição da prevalência do tabagismo. Caímos de 35% para 10%. Qual é o nosso risco agora? Os vapes”, afirma Gil.

“Se eu me exponho mais precocemente aos fatores que provocam câncer, por exemplo, se eu começo a fumar os dispositivos eletrônicos com idade mais precoce, como aos 14 anos, esses anos de carcinogênese ocorrem muito mais cedo. Eu acumulo as mutações mais precocemente”, explica o oncologista.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) manteve, no dia 19 deste mês, a proibição da comercialização de DEFs (Dispositivos Eletrônicos para Fumar), conhecidos como vapes ou cigarros eletrônicos. Também são proibidos propaganda, fabricação, importação, distribuição, armazenamento e transporte dos dispositivos eletrônicos para fumar.

Não há campanhas de conscientização sobre os riscos dos vapes, como ocorre com os cigarros normais, observa o médico. Cada vez mais jovens se sentem atraídos pelos formatos coloridos e cheiros de frutas, café, doce ou outros. Não se sabe ao certo se a nicotina é a única substância no dispositivo.

“O ideal é que ninguém utilize. Ele é um produto de tabaco como os cigarros comuns e vai escravizar o jovem na dependência da nicotina.” Por outro lado, o especialista afirma que não há uma explosão do consumo no país. A prevalência está estabilizada.

“Há uma percepção de que os jovens estão consumindo mais e são os maiores consumidores, mas quando pegamos os dados de prevalência no Vigitel [Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico], vimos que não aumentou. Então a lei que faz a proibição da comercialização e da propaganda está conseguindo manter essa taxa. Ela não teve aumento e é muito menor do que nos países que fizeram essa regulação. É de 7,5% contra menos de 1% que a gente tem no Brasil”, explica.

De acordo com o Inca, são estimados 32.560 casos novos de câncer de traqueia, brônquios e pulmão para cada ano do triênio de 2023 a 2025. Eles ocupam a quarta posição entre os tipos de câncer mais frequentes.

“Quando a gente pensa em promoção da saúde e prevenção, existe uma escolha pessoal, a escolha de fumar ou não. Os programas e as políticas, quando bem implementadas e conduzidas, fazem com que as pessoas mudem esse desejo particular”, afirma Marcia Sarpa de Campos Mello, responsável pela Conprev (Coordenação de Prevenção e Vigilância do Câncer) do Instituto Nacional de Câncer do Ministério da Saúde.

Estudo realizado pelo Inca/Conprev em 2023 indica que, para tratar as enfermidades associadas ao uso do tabaco, o Brasil gasta em torno de R$ 125 bilhões por ano. No entanto, os impostos que o país arrecada com a venda dos produtos de cigarro estão em torno de R$ 13 bilhões de reais.

O aumento dos casos de câncer também tem outros fatores, como o envelhecimento da população. “O Brasil envelheceu em 40 anos o que a Europa demorou 400. A gente não fala mais em pirâmide populacional, mas em moringa populacional”, diz o oncologista.

Entram na conta a concentração em grandes centros urbanos dos fatores que provocam câncer, com maior número de casos, a poluição ambiental e o tipo de alimentação.

O consumo de ultraprocessados está relacionado com o desenvolvimento de pelo menos 14 tipos diferentes de câncer. Um deles é o colorretal.

“Mudamos a indicação de colonoscopia dos 50 anos para os 45 anos, e provavelmente vai ter que mudar para os 40.”

Estima-se que o Brasil tenha 45.630 casos novos de câncer colorretal para cada ano do triênio de 2023 a 2025 -é o terceiro entre os tipos de câncer mais frequentes no Brasil.

Roberto de Almeida Gil afirmou, durante a conversa com os jornalistas, que há políticas a serem implantadas para melhorar a qualidade de alimentação -taxação dos ultraprocessados, merenda escolar melhor, programas de incentivo à agricultura familiar com alimentos mais baratos.

O combate ao sedentarismo é outro desafio. No mundo moderno, é impactado pela violência. As pessoas têm medo de sair de casa para praticarem caminhada ao ar livre e serem assaltadas. “Superar a violência nos grandes centros urbanos não é uma política fácil”, comenta o especialista.

Em algumas cidades do Brasil, o câncer de mama precoce foi relacionado com o uso de alguns agrotóxicos. “É absurdo que o Brasil ainda use agrotóxicos que já estão contraindicados em outras partes do mundo. É claro que a gente é uma potência do agro, mas exatamente por isso temos que ser uma potência também do agro bom, do agro que hoje não precisa utilizar defensivos agrícolas de péssima qualidade que já foram proscritos em outros lugares.”

“Você vai ter no mundo inteiro um aumento dos casos de câncer, mas será muito maior nos países em desenvolvimento, pela melhora da capacidade de diagnóstico e porque a gente tem uma transição epidemiológica. À medida que você controla as doenças infecciosas, vive mais e vai tendo outras doenças crônicas não transmissíveis. O local onde mais vai aumentar o câncer é na África, porque lá estão tentando fazer o diagnóstico -o câncer passa a ser um problema para eles- e eles têm muitos fatores que já foram superados em outros locais”, explica o diretor do Inca.

Um exemplo é a vacinação contra o HPV. “No Brasil, já atingimos 76% de uma dose nas meninas. A Organização Mundial de Saúde falou que só com uma dose do HPV a gente já consegue a imunização. Os casos de câncer de colo uterino ainda são muito frequentes na África.”

“O câncer será a primeira causa de mortalidade, superando as doenças cardiovasculares, num futuro que não vai demorar muito”, afirma Gil.

Foto  iStock

Por Folhapress

           

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