Documentos e depoimentos da CPMI do INSS são citados em denúncias que ligam Fábio Luís Lula da Silva a suposto esquema com o 'Careca do INSS'.
Senador Eduardo Girão (Novo-CE) alega indícios de envolvimento de Fábio Luís Lula da Silva, 'Lulinha', em fraude do INSS, criticando o silêncio da mídia e a obstrução governista.
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) fez um pronunciamento contundente no Plenário do Senado Federal, nesta segunda-feira (8), afirmando que documentos e depoimentos coletados pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS apontam para um suposto envolvimento de Fábio Luís Lula da Silva, conhecido como “Lulinha”, em negócios obscuros. Girão mencionou diretamente Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, como peça central em um esquema que supostamente envolveria o filho do presidente.
Segundo o senador, as investigações sugerem uma sociedade entre Lulinha e “Careca do INSS”, com a criação de empresas no exterior para disputar contratos no Ministério da Saúde. Entre os empreendimentos citados, estaria a “World Cannabis”, com o objetivo de comercializar produtos à base de maconha.
Outra empresa, a “Candango Consulting”, teria sido registrada em Portugal, com “Careca” como proprietário e Lulinha como sócio oculto. Girão alegou que Lulinha teria recebido R$ 25 milhões de “Careca do INSS”.
O parlamentar também destacou que documentos analisados pela CPMI indicam pagamentos a dirigentes partidários. Edson Claro, um dos alvos das investigações, teria apresentado provas da participação de Ricardo Bimbo, dirigente nacional do PT e coordenador do setor de tecnologia da informação.
Bimbo teria recebido R$ 120 mil em sua conta pessoal e R$ 8 milhões através de sua empresa, a Datacore, em transações supostamente ligadas ao esquema.
Girão expressou sua preocupação com o que chamou de “silêncio da grande mídia” diante da gravidade dos fatos. Ele também acusou a base governista de atuar para impedir o avanço das investigações e “blindar” o filho do presidente.
O senador citou depoimentos que mencionam uma viagem de Fábio e “Careca do INSS” no mesmo voo para Portugal em 2024, e afirmou que a base do governo Lula impediu o acesso aos planos de voo.
O senador reiterou que Lulinha estaria residindo em Madri, na Espanha, desde o início do escândalo, e receberia R$ 300 mil mensais de “Careca do INSS”. Apesar disso, segundo Girão, houve uma mobilização dos governistas para impedir sua convocação e a quebra de sigilo na CPMI.
“A gente precisa jogar luz nessas trevas. Tudo está sendo escondido da população brasileira, mas não dá para esconder durante muito tempo”, declarou o senador.

