Medida do Ministério da Justiça visa agilizar a proteção de vítimas de furto ou extravio de smartphones, ampliando o alcance da ferramenta.
O aplicativo Celular Seguro agora permite que vítimas de furto ou extravio bloqueiem seus aparelhos mesmo sem cadastro prévio, agilizando a proteção.
O aplicativo Celular Seguro, iniciativa do Ministério da Justiça e Segurança Pública, implementou uma atualização crucial: agora é possível realizar o bloqueio de um aparelho em caso de furto ou extravio mesmo sem um cadastro prévio na plataforma. A mudança, anunciada nesta quinta-feira (11), visa ampliar o alcance da ferramenta, garantindo que mais vítimas possam acionar a proteção de forma emergencial, independentemente de terem utilizado o serviço antes.
Para os usuários que não possuíam cadastro, o processo foi simplificado. Basta acessar o Celular Seguro por qualquer outro dispositivo – seja um celular, tablet ou computador – e registrar a data, o horário aproximado e a linha telefônica que estava em uso no aparelho subtraído. A boa notícia é que não é necessário informar o número IMEI, e o prazo para registrar a ocorrência é de até 15 dias após o incidente.
Agilidade e Abrangência no Bloqueio
A funcionalidade do Celular Seguro abrange o bloqueio da linha telefônica, do próprio dispositivo e de aplicativos financeiros vinculados ao aparelho. Essa integração foi desenvolvida para agilizar procedimentos que, anteriormente, demandavam contatos separados e demorados com operadoras de telefonia e instituições bancárias.
Lançado em dezembro de 2023, o aplicativo surgiu como uma resposta direta à crescente onda de furtos e roubos de smartphones, impulsionada pela facilidade de transações financeiras via Pix.
O sistema opera em uma rede colaborativa que inclui operadoras de telecomunicações, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e plataformas como Mercado Livre e iFood. Ao registrar a ocorrência no aplicativo, um único alerta é encaminhado a todos esses parceiros, que então procedem com a suspensão dos serviços associados ao dispositivo.
O governo tem demonstrado um compromisso contínuo em aprimorar o programa. Em abril, uma nova função foi adicionada, que notifica usuários que ativarem um chip em um aparelho previamente registrado como roubado.
A orientação é que a pessoa procure uma delegacia para devolver o telefone, evitando assim o risco de responder por receptação, dependendo da investigação policial.
Até o momento, o Ministério da Justiça informa que mais de 3,6 milhões de pessoas já se cadastraram na plataforma. É importante ressaltar que, embora o bloqueio seja rápido e abrangente, ele pode ser revertido posteriormente junto às operadoras, bancos e Anatel, mediante a apresentação do protocolo gerado pelo sistema.
Contudo, o registro no Celular Seguro não substitui a necessidade de registrar um boletim de ocorrência, que continua sendo essencial para as investigações da Polícia Civil.

