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Relatos indicam pressão de Alexandre de Moraes sobre Galípolo para favorecer banco Master

Ministro do STF teria intercedido junto ao presidente do Banco Central em operação de R$ 12,2 bilhões.

Novas informações revelam suposta pressão de Alexandre de Moraes sobre Gabriel Galípolo para aprovar operação bilionária do Banco Master, gerando controvérsia.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, é alvo de acusações de ter exercido pressão sobre o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, em pelo menos quatro ocasiões distintas para favorecer o Banco Master. As informações, reveladas pela jornalista Malu Gaspar e corroboradas por fontes do setor bancário e interlocutores próximos ao próprio ministro, indicam que a intercessão visava a aprovação de uma controversa operação de venda de R$ 12,2 bilhões em créditos do Master para o Banco de Brasília (BRB), que estava sob análise da autoridade monetária.

Este caso traz à tona discussões sobre a autonomia dos órgãos reguladores e a influência de altas autoridades.

De acordo com os relatos detalhados, os contatos entre o ministro e o presidente do BC teriam ocorrido por meio de três ligações telefônicas e um encontro presencial, realizado especificamente em julho de 2025. A pauta dessas conversas seria unicamente direcionada a atender aos interesses de Daniel Vorcaro, controlador do Banco Master, em um momento considerado crucial para a instituição financeira. A insistência em múltiplos contatos reforça a percepção de uma tentativa coordenada de influência.

A Intervenção e a Análise do Banco Central

Nos diálogos descritos, Moraes teria expressado uma notável simpatia por Daniel Vorcaro, alegando que o Banco Master estaria sendo alvo de represálias e perseguição por parte de grandes instituições financeiras do país. Com base nessa premissa, o ministro teria solicitado a celeridade e, implicitamente, a aprovação da venda dos vultosos créditos.

Essa operação, envolvendo um montante significativo, exigia uma rigorosa e imparcial avaliação técnica por parte do Banco Central, dada a sua complexidade e os riscos envolvidos.

Contudo, Gabriel Galípolo, mantendo a postura técnica do Banco Central, teria informado ao ministro do STF que as equipes de análise haviam detectado indícios de fraudes nos repasses relacionados à operação. A constatação dessas irregularidades levantou um alerta crítico para a transação.

Diante dessa informação técnica e dos potenciais riscos legais, Moraes teria admitido que, caso as irregularidades fossem comprovadas de fato após uma investigação aprofundada, o negócio em questão não poderia, sob nenhuma circunstância, prosseguir, conforme a apuração jornalística de Malu Gaspar.

A suposta pressão de uma autoridade do Poder Judiciário sobre uma instituição reguladora tão vital como o Banco Central levanta sérias questões sobre a independência dos órgãos e a integridade dos processos de fiscalização financeira no Brasil. O episódio, que ainda demanda mais investigações e esclarecimentos por parte dos envolvidos, promete gerar intensos debates no cenário político e jurídico, impactando a percepção pública sobre a atuação de figuras proeminentes da República.

A revelação sublinha a complexidade das relações entre os poderes constituídos e o setor financeiro, e a necessidade de transparência em tais interações.

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