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Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caem 10 mil, para 214 mil

Redução inesperada surpreende analistas e indica resiliência do mercado de trabalho americano.

Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caem inesperadamente para 214 mil na semana encerrada em 20 de dezembro, contrariando projeções de analistas.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos registraram uma queda inesperada de 10 mil na semana encerrada em 20 de dezembro, atingindo um total de 214 mil. O dado, divulgado nesta quarta-feira pelo Departamento do Trabalho, surpreendeu os analistas de mercado, que projetavam um aumento para 232 mil, segundo estimativas da FactSet.

Essa redução aponta para uma resiliência contínua no mercado de trabalho americano, mesmo em um cenário de incertezas econômicas.

A semana anterior havia registrado 224 mil pedidos, número que permaneceu inalterado após revisão. A diminuição observada na última semana é um sinal positivo para a economia, indicando que menos pessoas estão perdendo seus empregos ou que a taxa de novas demissões está diminuindo. Isso pode reforçar a percepção de um mercado de trabalho ainda robusto, capaz de suportar pressões inflacionárias e altas taxas de juros.

Contraste nos Pedidos Continuados

Apesar da queda nos pedidos iniciais, os pedidos continuados de auxílio-desemprego, que refletem o número de pessoas que permanecem recebendo o benefício após o pedido inicial, apresentaram um comportamento diferente. Na semana até 13 de dezembro, esses pedidos subiram 38 mil em relação ao nível revisado, alcançando 1,923 milhão.

Essa alta também contrariou as expectativas dos analistas, que esperavam uma queda para 1,865 milhão.

Esse dado dos pedidos continuados é divulgado com uma semana de atraso em relação aos pedidos iniciais e sugere que, embora menos pessoas estejam solicitando o benefício pela primeira vez, aqueles que já estão desempregados podem estar demorando mais para encontrar um novo emprego. A divergência entre os dois indicadores pode ser um ponto de atenção para os formuladores de políticas econômicas, indicando uma complexidade maior do que a observada apenas nos dados semanais de novas solicitações.

A resiliência do mercado de trabalho é um fator crucial para a política monetária do Federal Reserve. Um mercado de trabalho apertado, com baixa taxa de desemprego e salários em alta, pode contribuir para pressões inflacionárias.

No entanto, a queda nos pedidos iniciais de auxílio-desemprego, combinada com a estabilidade recente na taxa de desemprego geral, pode dar ao Fed mais flexibilidade em suas futuras decisões sobre as taxas de juros.

Ainda assim, a leitura mista dos dados — queda nos pedidos iniciais, mas alta nos pedidos continuados — sugere que o cenário não é homogêneo. Enquanto a criação de empregos pode estar se mantendo firme, a recolocação profissional pode estar enfrentando desafios em setores específicos ou para grupos demográficos específicos.

Os próximos relatórios de emprego serão essenciais para consolidar uma visão mais clara da trajetória do mercado de trabalho americano.

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