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Uma das missões do novo ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, será universalizar o ensino de inglês nas escolas para cumprir lei aprovada em 2017. Naquele ano aproximadamente um a cada 15 alunos que cursava o ensino médio ou os anos finais do ensino fundamental não tinha aula desta língua estrangeira. A mudança na legislação, herança do governo Temer, pode trazer dificuldades maiores para alguns estados que, por necessidades locais como a proximidade com vizinhos de língua espanhola ou francesa (como a Guiana Francesa) optam por dar mais espaço a esses idiomas em sala de aula. Em Roraima, que faz fronteira com a Venezuela e é o principal acesso ao Brasil da população que foge da crise econômica no país vizinho, apenas 26% dos alunos nestas etapas tinham aula de inglês, 83%, no entanto, estudavam espanhol.
Isto reflete na escolha dos candidatos roraimenses pela língua estrangeira do Enem: 85% optam por espanhol e apenas 15% por inglês, segundo dados do Inep. Acre e Amapá, também na região Norte, são os estados que aparecem na sequência com menos estudantes de inglês, com 37% e 47% dos alunos sem aula desta língua nas escolas, respectivamente. No Brasil todo, 6,8% dos alunos a partir do sexto ano do ensino fundamental não têm aula de inglês, ou seja, 1,3 milhão de estudantes. Destes, 52% também não tinham aula de espanhol, opção ao inglês no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
No Colégio Estadual Professor Fernando Raja Gabaglia em Campo Grande, Zona Oeste do Rio, as aulas de espanhol são obrigatórias, mas as de inglês são opcionais aos alunos, e nem todos escolhem cursar a disciplina. Jonas Barreto, de 17 anos, que está indo para o terceiro ano do ensino médio no colégio, diz que cursou inglês apenas em 2017:
— Na minha escola a língua inglesa é optativa e os alunos participam de projetos, que eles desenvolvem com o professor. No primeiro ano eu quis ter algum conhecimento da língua inglesa, mas nos outros optei por não [cursar a disciplina], pois queria ter mais tempo para estudar para o Enem, diz o jovem.
Sancionada por Temer em fevereiro de 2017, a lei 13.415, conhecida como Reforma do Ensino Médio, provocou uma reviravolta na legislação sobre o ensino de línguas no Brasil, revogando a obrigatoriedade da oferta do espanhol nas escolas (mas com matrícula facultativa aos alunos), que estava em vigor desde 2005, e incluindo a obrigatoriedade do ensino do inglês para estudantes a partir do sexto ano do ensino fundamental e ensino médio. A nova legislação já foi incorporada pela Base Nacional Curricular Comum (BNCC) tanto do ensino fundamental quanto do médio, aprovada em dezembro pelo Conselho Nacional de Educação.
No documento, o inglês é visto como “língua global” que permitirá “aos estudantes usar essa língua para aprofundar a compreensão sobre o mundo em que vivem, explorar novas perspectivas de pesquisa e obtenção de informações, expor ideias e valores, argumentar, lidar com conflitos de opinião e com a crítica, entre outras ações relacionadas ao seu desenvolvimento cognitivo, linguístico, cultural e social”. (Por PE notícias)
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