
A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) negou pedido de habeas corpus do ex-diretor do Presídio de Igarassu Charles Belarmino de Queiroz, alvo da Operação La Catedral, que investiga corrupção passiva, prevaricação, facilitação de entrada de mercadorias proibidas, tráfico de drogas e associação para o tráfico na unidade prisional.
A defesa do ex-diretor alega que a decisão que decretou sua prisão preventiva se baseia em suposições e não apresenta provas concretas. A defesa também relata que Charles Belarmino é casado e tem filhos, que estariam abalados com a prisão do pai.
Os advogados argumentam que o ex-diretor “sempre colaborou com as autoridades policiais” e chegou a inserir aparelhos celulares monitorados no Presídio de Igarassu para ajudar em investigações.
A Procuradoria de Justiça emitiu parecer opinando por negar os pedidos. Para o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), a decisão que decretou a prisão preventiva está devidamente fundamentada, com base em indícios concretos.
Ao analisar o pedido de habeas corpus, o desembargador Evandro Magalhães Melo, do TJPE, avaliou que as investigações da Operação La Catedral indicam que Charles Belarmino era conivente com os crimes praticados pelo preso Lyferson Barbosa da Silva, vulgo Lobo, que era chaveiro do pavilhão
“Nas provas trazidas no inquérito vê-se fotos de uma ‘farra’, regada a cerveja, whisky e pagode, ao que indica ocorrida dentro da unidade prisional, e, o cúmulo, um laboratório de preparação de crack supostamente instalado no centro cultural da unidade”, menciona o desembargador, citando que prints de mensagens mostram Lyferson tratando com Charles a autorização para a entrada de 50 pacotes de cerveja, pagando por cada um a propina de R$ 100.
Por Diário de Pernambuco

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