
2026 em pauta. Lideranças da direita e do centrão estão costurando um acordo para eleger ao menos 44 senadores nas eleições de 2026. A articulação, segundo apuração da coluna de Raquel Landim, do UOL, prevê o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a dois nomes por estado: um com perfil bolsonarista e outro alinhado ao centro político.
Caso o plano se concretize, o bloco alcançaria uma bancada de 59 senadores ao somar os mandatos já em curso de parlamentares eleitos em 2022 com mandato até 2030. O número representa a maioria absoluta da Casa, composta por 81 senadores, e abriria caminho para iniciativas de grande tração política — entre elas, a abertura de processos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), sobretudo Alexandre de Moraes.
De acordo com um importante líder da oposição citado na reportagem, o ponto central da articulação é o Centro-Sul, onde o bolsonarismo é mais forte e pode garantir até 40 cadeiras. A expectativa é conquistar ao menos quatro vagas no Nordeste, reduto tradicional do lulopetismo.
A movimentação já preocupa o governo. Durante discurso no Congresso Nacional do PSB neste domingo (1º), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um alerta direto sobre os riscos dessa possível composição no Senado:
“Para o Brasil, tem que pensar onde a gente pode eleger e pegar os melhores quadros e eleger senador, deputado, porque nós precisamos ganhar maioria no Senado. Porque, senão, vão avacalhar a Suprema Corte”, disse Lula.
O Senado tem a prerrogativa constitucional de julgar ministros do STF em casos de crime de responsabilidade, o que exige maioria absoluta — 54 votos — para cassação. Com 59 senadores alinhados, a oposição ganharia força inédita desde a redemocratização para tensionar institucionalmente o Supremo.
Por Conexão Política

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