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Apevisa revela detalhes do 1º caso suspeito de intoxicação em Serra Talhada

O Farol de Notícias revela com exclusividade o resultado da testagem do caso suspeito de intoxicação por metanol por ingestão de bebidas adulteradas em Serra Talhada. Em entrevista com a diretora-geral da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), Karla Baêta, nesta segunda-feira (20), no Programa Falando Francamente, a gestora detalhou a investigação e resultado do primeiro caso notificado na cidade.

De acordo com a Karla Baêta, a crise sanitária que atingiu o país, comprova uma suspeita já investigada pelas organizações de saúde com as falsificações de bebidas, desde o metanol, a rótulos, álcool de posto de gasolina, e as supostas bebidas importadas. Sobre o caso serra-talhadense que recusou atendimento e evadiu-se do Hospital Eduardo Campos (HEC), ela descreveu:

“No último final de semana, o nosso número de casos – 77 casos – mas é importante falar que 43 casos foram descartados. Sejam por critérios laboratoriais ou clínico-epidemiológicos. Quatro desses casos eram de outros estados. Então, de 73 de Pernambuco tivemos 3 confirmados, e 43 descardados. Mas seguidos atentos para identificar de forma oportuna nas unidades de saúde, e tratar esses casos para que a gente não tenha óbito. Quando é possível fazer a vigilância ativa, ir até o paciente e ter mais informações e coletar sangue para exame, é bastante importante. “, afirmou, complementando:

“Nesse caso específico, no dia 11/10, de acordo com os critérios clínicos-epidemiológicos que foram realizados de exames desse paciente, o caso foi descartado. Eu acredito que esse paciente que se evadiu esteja bem, uma vez que não era um caso por metanol. Importante falar também que como a rede está muito sensível, a gente acaba captando casos que são de embriaguez, os primeiros sintomas são parecidos. É importante falar para qualquer pessoa que tenha sintomas e que comece a progredir a dor de cabeça, a privação da visão, que busque sim a unidade de saúde e continue até que os exames sejam feitos, mesmo que tenha melhora”.

CUIDADO COM A RAIZADA

Ainda de acordo com a representante, a Apevisa tem identificado e alertado para os riscos provenientes de cachaças artesanais e de raizadas. Segundo ela, no processo natural de fermentação da bebida adicionada de ingredientes como frutas e raízes, há geração de metanol e a qualidade da bebida, no âmbito da vigilância sanitária, não está garantida.

“O artesanal tem um risco, a partir do momento que eu uso fruta na bebida tem essa possibilidade de gerar o metanol próprio do processo de fermentação da fruta. Tem esse risco nas cachaças temperadas, que é muito comum no interior. A raizada, a gente sabe que é cultural e histórico, mas é uma bebida que do ponto de vista sanitário ela não garante que seja um produto de qualidade. Tem ali frutas, raizes, que fermetam que podem gerar o metanol. Não naquelas quantidades que estamos vendo adicionado, mas que pode causar lesão no organismo das pessoas”.

Por farol de notícias

 

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