Ana Castela revelou que já sofreu bullying por conta do formato de suas orelhas e, por isso, usa cola na região para disfarçá-las. Embora tenha passado por uma cirurgia, o resultado não foi definitivo, o que reacendeu o debate sobre casos em que as orelhas podem voltar a se projetar mesmo após a otoplastia.
A otoplastia é uma cirurgia realizada para corrigir a projeção das orelhas. De acordo com o cirurgião plástico, Carlos Tagliari, a recidiva (quando as orelhas voltam a abrir) pode ocorrer por uma combinação de fatores anatômicos, cicatriciais e até comportamentais no pós-operatório.
“A otoplastia remodela a cartilagem para reposicionar a orelha, mas cada organismo reage de um jeito. Em alguns casos, a cartilagem tem uma ‘memória’ muito forte, tentando voltar ao formato original”, afirma o médico.
Segundo Carlos Tagliari, alguns fatores influenciam no resultado a longo prazo, como a técnica empregada, a qualidade da cartilagem e o grau de projeção.
“Quando a cartilagem é muito rígida ou o descolamento precisa ser maior, o risco de abertura aumenta. Além disso, se o paciente não seguir corretamente o pós-operatório, como evitar dormir sobre a orelha nas primeiras semanas, a estrutura pode perder sustentação”, explica cirurgião plástico.
Ana Castela
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Zé Felipe e Ana Castela
Reprodução/Instagram @zefelipe
Zé Felipe e Ana Castela
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Ana Castela
Reprodução/Redes sociais.
Ana Castela e Zé Felipe
Reprodução/Redes Sociais
Escolha ideal
Carlos Tagliari afirma que a escolha de uma técnica adequada ao formato da orelha ajuda a evitar o retorno da projeção. No entanto, ele ressalta que nenhum procedimento oferece garantia absoluta.
“Mesmo com a técnica correta, há pacientes cujo organismo reage de forma inesperada. A otoplastia costuma ter um índice alto de satisfação, mas pode, sim, apresentar recorrência ao longo dos anos”, afirma o profissional.
Caso as orelhas voltem a se projetar, recomenda-se fazer uma nova avaliação. “Nem sempre é necessário refazer tudo. Às vezes, uma pequena correção resolve. O importante é procurar um profissional habilitado e entender qual foi o motivo da recidiva antes de optar por um novo procedimento”, finaliza o cirurgião plástico Carlos Tagliari.

