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Autogestão em Saúde: Novas Regras Visam Equilíbrio e Sustentabilidade Financeira

Uma nova resolução da Nacional de Saúde Suplementar (ANS) promete modernizar e impulsionar as operadoras de planos de saúde de autogestão no Brasil. A medida, aprovada em reunião da Diretoria Colegiada, flexibiliza as normas do setor e busca enfrentar os desafios econômicos que essas operadoras têm enfrentado.

A principal mudança é a ampliação do leque de beneficiários, permitindo a inclusão de parentes até o quarto grau do titular ou cônjuge. Além disso, as operadoras poderão contar com múltiplas fontes de financiamento, unir empresas de diferentes segmentos para criar uma operadora e compartilhar redes com operadoras privadas.

A norma, que entrará em vigor em julho de 2026, é vista como uma oportunidade para fortalecer e dar mais robustez às operadoras de autogestão, contribuindo para a sustentabilidade do setor. Essas operadoras, que operam sem fins lucrativos e possuem uma carteira de beneficiários com idade média mais alta, registraram um prejuízo operacional de R$ 1,2 bilhão no primeiro semestre de 2025, com uma sinistralidade de 94,1%.

Atualmente, 144 operadoras de autogestão atendem 4,54 milhões de beneficiários em todo o país. No entanto, a dependência do crescimento das empresas às quais estão atreladas dificulta a expansão da base de clientes. A nova resolução visa mudar esse cenário, permitindo um melhor equilíbrio entre diferentes faixas etárias e a entrada de novos beneficiários.

As operadoras de autogestão são responsáveis por prover serviços de saúde aos funcionários de uma empresa. A alta proporção de idosos em suas carteiras, com uma média de 27,9% contra 15,2% no setor como um todo, é um dos fatores que contribuem para o desequilíbrio financeiro. A norma busca promover uma maior isonomia regulatória, ajustando as regras para que as exigências e diretrizes aplicáveis às autogestões estejam alinhadas com o presente momento.

Embora a nova resolução seja vista como um avanço, especialistas ressaltam a necessidade de cautela ao avaliar seus resultados. A compreensão das operadoras sobre as novas possibilidades e sua capacidade de se reinventar serão cruciais para o sucesso da medida. Resta aguardar para observar os efeitos práticos e o impacto real no setor.

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