Manuela Dias, autora do remake de Vale Tudo, se pronunciou pela primeira vez sobre as críticas públicas feitas por Taís Araújo aos rumos que a protagonista Raquel, interpretada pela atriz, tomou ao longo da trama.
Em entrevista ao programa TV Fama, a escritora da novela das nove da Globo foi questionada sobre o assunto: “Taís Araújo fez uma crítica pública, né? Você conversou com ela depois e entendeu o lado dela?”, perguntou a repórter da RedeTV!.
Resposta curta
Em resposta, Manuela Dias se limitou a dizer: “Eu acho que a novela é um processo de colaboração, né? É isso!”, sem se aprofundar no tema.
Nas redes sociais, internautas repercutiram as falas de Dias, interpretando que ela quis dizer que Taís não colaborou com a trama ao fazer críticas públicas sobre os acontecimentos da personagem.
“Faz sentido! A Taís não colaborou com ela. Não aceitou as loucuras da madame e protestou mesmo, logo, foi apagada da trama. Todo aquele discurso de que a Raquel de 88 tinha que ter sido negra e bla bla bla pra fazer uma Vale Tudo pela Odete”, opinou um perfil no X, antigo Twitter.
“Não colaborou = não abaixou a cabeça e fingiu que nada estava acontecendo”, disse outro usuário na mesma rede social.
Taís Araújo.
Globo/ Fábio Rocha
Taís Araújo
Reprodução/Instagram @taisdeverdade
A atriz Taís Araújo
Reprodução/ Instagram
Manuela Dias
Divulgação
A autora Manuela Dias
Reprodução.
Entenda a polêmica
Taís Araújo se manifestou, em entrevista à Quem, sobre a mudança na trama de Raquel, que, em determinado momento da trama, perdeu tudo e voltou a vender sanduíches na praia após ter se tornado empresária.
Para a atriz, a decisão destoa da narrativa original e representava uma oportunidade de mostrar uma história ascendente sobre a mulher negra brasileira.
A atriz revelou surpresa e frustração com o retrocesso da personagem, que simbolizava ascensão social por mérito e esforço. Taís reforçou que esperava apresentar uma nova narrativa para mulheres negras na teledramaturgia e lamentou que isso não tenha acontecido.
Ela destacou a urgência de representar mulheres pretas de forma positiva e acredita que o público está pronto para essa virada. Apesar da frustração, reconhece que a narrativa não é escrita por ela e que precisa lidar com a realidade do papel como intérprete.
“É urgente que a gente se veja nesse lugar. E acho que a Raquel tinha todas as possibilidades de contar essa nova narrativa dessa mulher. E quando li, pensei: ‘Ai, meu Deus, não vai ter? Não, não vai ter’. Tenho que lidar com a realidade que me cabe, que é a de uma intérprete, de uma personagem que não é escrita por mim”, desabafou ela.