O Banco do Brasil (BB) formalizou uma denúncia à Advocacia-Geral da União (AGU) referente a uma série de publicações nas redes sociais disseminando informações consideradas falsas sobre a instituição e incentivando correntistas a realizarem saques massivos.
De acordo com o ofício encaminhado pelo banco, os ataques nas redes sociais tiveram início em 19 de março. Entre as postagens denunciadas, destaca-se um vídeo divulgado em 20 de março por Eduardo Bolsonaro, no qual o deputado federal afirma que “o Banco do Brasil será cortado das relações internacionais, o que o levará à falência”. O canal de Eduardo Bolsonaro no Youtube possui mais de 1,7 milhão de seguidores.
A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, manifestou publicamente sua insatisfação com o movimento, sem mencionar nomes, durante um evento realizado no dia 20 de março.
Além de Eduardo Bolsonaro, o BB também denunciou outros autores, incluindo o deputado federal Gustavo Gayer e o advogado Jeffrey Chiquini, pelas postagens consideradas difamatórias e contrárias à soberania nacional.
Na comunicação à AGU, os advogados do Banco do Brasil alertam que os ataques podem configurar crimes contra o Estado Democrático de Direito, contra a soberania nacional e contra o Sistema Financeiro Nacional, além de representar violação de sigilo bancário e difamação. O BB busca que a AGU avalie a possibilidade de ação judicial para coibir a disseminação dessas informações.
As postagens mencionadas foram veiculadas em diversas plataformas, incluindo X, Instagram, Threads e Youtube.
O Banco do Brasil destaca, no mesmo ofício, que “a nova estratégia consiste em coagir, ameaçar e colocar instituições financeiras integrantes do Sistema Financeiro Nacional, notadamente o Banco do Brasil, contra o Supremo Tribunal Federal”.
O BB relatou à AGU que a campanha pode levar a uma corrida bancária contra a instituição, em razão de interpretações falsas e incorretas sobre a aplicação da Lei Magnitsky e suas consequências para o banco.
O banco também informou que, em razão da campanha, clientes têm solicitado “esclarecimentos pelo temor de sanções secundárias falsamente propagadas”.
Ministros do governo federal atribuíram a campanha nas redes sociais a grupos bolsonaristas.