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Batalha do Ana Rosa: MCs celebram cultura de rua em duelo de rimas

A Batalha do Ana Rosa reúne dezenas de pessoas interessadas em celebrar a cultura de rua todas as quintas-feiras. O encontro acontece ao lado da estação de metrô, na zona sul, e completa oito anos agora em setembro. É um dos três principais lugares de São Paulo onde MCs duelam com rimas em busca do reconhecimento e da consagração.

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Batalha do Ana Rosa, onde ocorrem disputas com rima e cultura de rua

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A disputa funciona como em um torneio mata-mata no futebol, de onde sai um único campeão por edição ao final. O veredito sobre quem vai sobreviver a cada duelo é dado pelo público, que faz barulho e levanta os braços para definir aquele que fez as melhores rimas. É preciso pensar rápido e ter repertório variado para bater o adversário e seguir em frente.

A disputa já chegou a reunir cerca de 3.000 pessoas, entre MCs e espectadores, em uma edição comemorativa em 2023, segundo o atual organizador, Bruno Baueb. Ele explica que, além da satisfação pela vitória, o campeão também recebe um incentivo material.

“Até o mês passado a gente tinha uma premiação de R$ 1.000 por edição”, diz. “Só que é muito difícil. É um movimento de rua, então às vezes tem, às vezes não tem. Atualmente, temos vouchers de uma hamburgueria e de uma loja de roupa que são nossas parceiras”, afirma.

Baueb diz que há muitas batalhas de rima espalhadas pela Grande São Paulo. As maiores são a da Aldeia, em Barueri, e a da Norte, em Santana. Já uma das mais tradicionais e que acontece a cada duas semanas é a do Santa Cruz, próxima da Ana Rosa, que, segundo pessoas ouvidas pelo Metrópoles, reúne verdadeiros poetas das ruas.

Na noite da última quinta (11/9), sobraram boas rimas e disposição entre os participantes. Até quem foi só para acompanhar trazia consigo um sorriso no rosto e palavras na ponta da língua para definir a paixão pelas disputas.

“É um movimento cultural que me agrega muito, tanto em conhecimento, quanto em como me portar na sociedade. É uma das poucas coisas que venho e me vejo crescendo e com perspectiva de vida”, diz o MC QRZ, de 21 anos. “Temos debates ideológicos. Mesmo a cultura sendo marginalizada, é o lugar onde mais aprendi na vida”, diz.

Já produtora cultural Latina Paranoia, de 24 anos, acompanha desde o fim da infância o movimento e diz que participar das batalhas em praças públicas é importante. “Conquistamos pequenos espaços. Os espaços que são nossos por direito. É fazer parte da cultura de rua na própria rua”, afirma.

O MC Lil Vi, de 19 anos, já conquistou a Batalha do Ana Rosa em outras oportunidades e diz que é preciso falar com coesão e tocar a plateia para atingir o objetivo. “Como em qualquer trabalho como freelancer, nas batalhas você tem que ter um destaque, sempre se movimentando. Se você para, também tem um paralelo com os esportes, porque o pessoal te vê como aposentado”, diz.

Cultura de rua

A disputa por meio de rimas abre espaços também para que os jovens consigam se manifestar. MC Lecroy diz que as batalhas são os lugares onde se sente mais à vontade para se expressar plenamente. “É o movimento, a cultura da qual eu faço parte. Deu a maturidade e a personalidade da pessoa que sou hoje”, afirma.

Conhecida como Guerra, seu sobrenome, Aline tem 24 anos e veio do Espírito Santo para participar das batalhas em São Paulo. Para ela, os duelos vão além das rimas e são também uma forma de representar as mulheres. “Quando comecei, havia poucas mulheres. E hoje, por causa da gente, chegam novas meninas. É muito da hora, é muito legal isso”, diz.

Quem vê os duelos e não tem proximidade com o mundo do rap pode imaginar que os MCs cultivam o ódio entre si. “Não briguem, se matem”, diz um dos convites à batalha. É tudo um sentido figurado e, na real, o objetivo é bem diferente. “A batalha é um debate rimado. Fora de lá, a amizade continua”, diz o MC Tubarão.

Fonte: Metropole

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