O Brasil encerrou 2024 com o maior número de feminicídios já contabilizados desde que o crime passou a ser tipificado, em 2015. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, foram registradas cerca de 1,5 mil mortes de mulheres motivadas por violência de gênero no ano passado — uma média de quatro casos por dia.
Especialistas afirmam que, o recorde ainda acontece durante o atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o Organizações apontam que os números refletem problemas estruturais, como desigualdades sociais, raciais e falhas na proteção a mulheres vítimas de violência doméstica.
Grande parte dos casos ocorre dentro de casa, e a maioria das vítimas é de mulheres negras. Para pesquisadores, o perfil evidencia que a violência de gênero no país acompanha um histórico de vulnerabilidade social e falta de acesso a mecanismos de segurança.
Apesar de alguns indicadores criminais gerais mostrarem queda, como homicídios totais, a violência contra mulheres segue trajetória distinta. Entidades cobram fortalecimento de políticas de prevenção, atendimento e aplicação efetiva de medidas protetivas, além de campanhas contínuas de enfrentamento à violência doméstica.
Com a tendência de aumento nos últimos anos, o tema permanece como um dos principais desafios de segurança pública e direitos humanos no país.

