O Brasil acaba de anunciar a construção do Instituto Tecnológico de Medicina Inteligente (ITMI-Brasil), o primeiro hospital inteligente do país. A iniciativa é resultado de uma colaboração entre o Ministério da Saúde, o Governo do Estado de São Paulo e o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
Com um investimento de US$ 320 milhões, aproximadamente R$ 1,7 bilhão, proveniente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), ligado ao Banco do BRICS, o novo hospital será erguido no Complexo da Faculdade de Medicina da USP, em São Paulo.
A unidade de saúde contará com 800 leitos, destinados ao atendimento de emergências adulto e pediátrica em diversas especialidades, incluindo neurologia, neurocirurgia, cardiologia e terapia intensiva. O projeto foi concebido com foco em tecnologias inovadoras, como Internet das Coisas (IoT), data center, interoperabilidade, telessaúde, 5G e inteligência artificial.
A previsão é que as obras comecem no início de 2026 e sejam concluídas em um prazo de três anos.
Segundo autoridades, a integração da tecnologia ao cuidado médico permitirá agilizar os atendimentos e reduzir o tempo de espera dos pacientes. A expectativa é que o hospital possibilite o atendimento já em curso dentro da ambulância, com conexão direta com médicos e a estrutura da UTI, além da análise de dados para otimizar o fluxo de pacientes e acelerar o atendimento.
O instituto servirá também como centro de formação para a nova geração de profissionais de saúde, capacitando-os no manuseio de tecnologias de ponta.
Além do hospital inteligente em São Paulo, está prevista a criação de uma rede com dez UTIs inteligentes em capitais brasileiras, incluindo Belém, Teresina, Fortaleza, Salvador, Recife, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e Rio de Janeiro. A implementação completa da rede está prevista para ocorrer em até quatro meses após a aprovação do financiamento.
A escolha de São Paulo para a construção do primeiro hospital inteligente do Brasil foi estratégica, devido à concentração de indústrias, startups e empresas de tecnologia na área da saúde no estado, o que fomenta a inovação. O projeto visa fortalecer a capacidade nacional de produção dessas novas tecnologias e impulsionar o desenvolvimento da medicina inteligente no país.