O presidente do Banco de Brasília (BRB), Nelson Souza, disse que a instituição financeira “não vai quebrar”. “Pelo contrário: vai sair mais forte disso tudo. Nós somos de Brasília. Estou há 22 anos aqui”, declarou nesta sexta-feira (12/12), em almoço com representantes do setor de construção civil.
Nelson Souza afirmou que não aceitou assumir o BRB “por dinheiro”. “Até porque onde eu estava era privado”, disse, em referência ao cargo de vice-presidente que ocupava na Elo.
Durante o encontro com empresários, o presidente falou sobre a situação do BRB nas últimas semanas, após a deflagração da Operação Compliance Zero pela Polícia Federal, que apontou suposta fraude bilionária em negócios com o Banco Master.
PF cumpre mandados de busca e apreensão no BRB
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Policiais federais deixam prédio do BRB
Ao todo, os policiais federais cumprem cinco mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária e 25 de busca e apreensão em cinco unidades da Federação
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A Operação Compliance Zero tem como alvo um esquema de emissão e negociação de títulos de crédito falsos envolvendo instituições financeiras do Sistema Financeiro Nacional, entre elas o Banco de Brasília (BRB), onde policiais fazem buscas
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Segundo o novo presidente do BRB, nos primeiros dias, a instituição registrou reserva bancária de menos R$ 4 bilhões, com saída de clientes em reação à operação policial. Nelson Souza disse que, “depois das intervenções tomadas em tempo hábil”, o BRB agora tem R$ 1 bilhão positivo.
“Quem tiver dinheiro, aplique no BRB que vai ganhar dinheiro. Eu estou dizendo isso pela primeira vez”, declarou.
Nelson Souza disse que, dos R$ 12 bilhões em ativos comprados pelo BRB e que seriam referentes à fraude, R$ 10 bilhões foram substituídos ou liquidados. O novo presidente afirmou que o BRB é o credor da história e contratou uma auditoria forense renomada para analisar os negócios com o Master.
Em paralelo, a Justiça Federal determinou ao Banco Central a realização de uma “auditoria minuciosa” no BRB.

