Em uma clara demonstração de desgaste político, a Câmara Municipal de Cedro, no Sertão de Pernambuco, impôs uma derrota contundente à prefeita Riva Bezerra ao aprovar, em sessão extraordinária, uma emenda que reduz drasticamente sua margem de manobra no orçamento de 2026.
Durante a sessão, o vereador Carlinhos Novais apresentou uma emenda que limita a suplementação orçamentária — o percentual que o Poder Executivo pode remanejar dentro do orçamento sem precisar de nova autorização legislativa — ao mínimo legal de 2%. A proposta foi aprovada pela maioria dos parlamentares, numa votação que evidenciou o isolamento político da prefeita dentro da Casa Legislativa.
No orçamento de 2025, Riva Bezerra operou com 60% de suplementação, percentual concedido ainda durante a gestão da ex-prefeita Marly Quental. A nova restrição representa uma queda drástica na autonomia da gestora, que agora dependerá da aprovação do Legislativo para praticamente qualquer ajuste orçamentário, tornando a condução da administração municipal ainda mais desafiadora.
A decisão da Câmara revela um cenário político tenso entre o Executivo e o Legislativo. A prefeita, que já vinha enfrentando críticas por sua falta de articulação política, sai enfraquecida do episódio. Com a margem de suplementação limitada ao mínimo legal, a gestão municipal de 2026 deverá enfrentar dificuldades adicionais para responder com agilidade às demandas do município.
A redução da suplementação é vista por analistas locais como um sinal claro de insatisfação da base parlamentar com o desempenho da atual gestão, e um indicativo de que a prefeita Riva Bezerra poderá ter ainda mais dificuldades para governar durante todo seu mandato, que está apenas começando.
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