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Corpo do verão a qualquer custo? Os riscos das fórmulas emagrecedoras

Especialistas alertam sobre os perigos de substâncias para emagrecimento rápido, que podem causar danos graves a órgãos vitais.

A busca pelo corpo ideal no verão impulsiona o uso de fórmulas emagrecedoras, mas especialistas alertam para os graves riscos à saúde, incluindo danos a órgãos vitais.

Com a proximidade do verão, a busca por um “corpo ideal” impulsiona a procura por métodos rápidos de emagrecimento. Fórmulas emagrecedoras, chás laxativos e combinações sem prescrição médica circulam amplamente, prometendo resultados quase imediatos.

No entanto, por trás dessas promessas sedutoras, escondem-se riscos sérios e subestimados à saúde, capazes de comprometer diversos órgãos e sistemas do corpo humano.

A popularização de medicamentos como Ozempic e Mounjaro intensificou o debate sobre o emagrecimento acelerado. O Brasil se destaca como o segundo país com maior volume de buscas por esses fármacos, segundo dados da Conexa Saúde baseados no Google, evidenciando um interesse massivo.

Somente em julho, o Mounjaro registrou 586 mil buscas, e o Ozempic, 715 mil, ressaltando a urgência de um acompanhamento médico rigoroso para seu uso seguro.

Dr. Lucas Nacif, cirurgião gastrointestinal e membro do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD), alerta para os perigos de buscar soluções rápidas e financeiramente acessíveis sem supervisão profissional. “O uso indiscriminado dessas substâncias pode ter consequências graves para o corpo, afetando principalmente o fígado, os rins, coração, intestino, o cérebro e, em casos extremos, podendo levar até mesmo à morte”, enfatiza o especialista.

Danos específicos a órgãos vitais

Essas “fórmulas emagrecedoras”, muitas vezes vendidas sem controle ou prescrição, contêm ingredientes que podem ser extremamente nocivos. Dr.

Nacif explica que são compostas por estimulantes, diuréticos e outras drogas que prometem acelerar o metabolismo e suprimir o apetite, mas cujos efeitos colaterais severos não são amplamente divulgados. O fígado, por ser o principal órgão de metabolização e detoxificação, é frequentemente sobrecarregado.

Isso pode resultar em inflamação, esteatose hepática, hepatite tóxica e, em casos mais graves, insuficiência hepática aguda.

Além do fígado, o trato intestinal também sofre com a irritação gastrointestinal, causando sintomas como dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia. A longo prazo, isso compromete a absorção de nutrientes essenciais, levando a deficiências nutricionais.

O risco de morte associado a essas fórmulas não deve ser subestimado, pois, em altas doses ou em indivíduos com condições pré-existentes, podem desencadear arritmias cardíacas, hipertensão arterial severa e eventos cardiovasculares fatais.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reitera que apenas farmácias e drogarias autorizadas podem vender medicamentos. A agência tem intensificado as fiscalizações e, desde 2020, tomou mais de 60 medidas preventivas contra produtos similares às fórmulas emagrecedoras vendidas irregularmente.

“É fundamental que as pessoas entendam que não há atalhos seguros para a perda de peso”, conclui o Dr. Nacif, reforçando a importância de abordagens saudáveis e supervisionadas por profissionais.

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