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Desigualdade persiste

Brasil celebra 20 anos do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) com desafios persistentes na redução das disparidades sociais e econômicas.

Após 20 anos do SUAS, o Brasil ainda enfrenta abismos sociais e econômicos, com a desigualdade de renda persistindo como um desafio fundamental.

A celebração dos 20 anos do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) no Brasil, marcada pela 14ª Conferência Nacional de Assistência Social em Brasília, traz à tona um balanço de conquistas e, sobretudo, a persistência de um dos mais desafiadores problemas nacionais: a desigualdade. Apesar dos esforços ao longo de duas décadas para unificar a assistência social, o país ainda lida com um abismo social e econômico que exige uma reavaliação profunda das políticas públicas e um compromisso renovado com a inclusão.

É imperativo que os governos, em todas as esferas, direcionem uma parcela substancial dos recursos públicos para equilibrar o atendimento às demandas da população. Aqueles que mais necessitam de serviços públicos de qualidade são justamente os que sofrem os efeitos da desigualdade 24 horas por dia, abrangendo não apenas os marginalizados, mas também os vulneráveis pela pobreza e pela distância econômica em relação às classes mais favorecidas.

A atenção pública não é apenas necessária, mas urgente, para garantir os direitos mínimos.

O evento em Brasília, que contou com a presença do presidente Lula, de 6 a 9 de dezembro, serviu como plataforma para avaliar as políticas em curso e recalibrar diretrizes, buscando o aprimoramento do SUAS e dos benefícios prestados. O tema “20 anos do SUAS: construção, proteção social e resistência” instiga a reflexão sobre o que foi edificado e o que ainda está em processo de construção em termos de proteção social, e qual o real sentido da resistência em um país que, mesmo diminuindo a miséria, não consegue transformar o cenário aviltante da desigualdade.

Desafios na Redução da Disparidade Social

Apesar de o Índice de Gini ter atingido seu menor patamar na série histórica, o Brasil permanece entre os países mais desiguais do planeta. Dados do IBGE de 2024 revelam que a renda individual dos 10% mais ricos foi mais que o triplo da renda dos 40% mais pobres.

Enquanto os 10% mais pobres recebiam menos de R$ 250 por mês, os 10% mais ricos tinham uma média de quase R$ 8 mil mensais, uma proporção de 32 vezes. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) classificou a desigualdade brasileira como a segunda maior do mundo em 2022, atrás apenas da Costa Rica, onde a renda dos 20% mais ricos era cerca de 11 vezes superior à dos 20% mais pobres.

As conquistas do Sistema Único de Assistência Social em duas décadas de organização e intensificação de políticas públicas de inclusão e compensação são inegáveis. No entanto, a urgência dos que mais dependem do poder público exige medidas que transcendam a mera assistência.

É fundamental que as ações visem à inclusão plena dos cidadãos, desde o acesso à saúde e educação de qualidade até a abertura de horizontes no mercado de trabalho, para que a resistência da desigualdade seja finalmente superada por uma sociedade mais justa e equitativa.

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